Fitness ou Wellness: Qual Escolher?

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Do Fitness ao Wellness: As Transformações das Academias

  • De centro de halterofilismo à academia de musculação;
  • O *boom* da ginástica aeróbica e o público feminino;
  • Equipamentos e maquinários e as aulas pré-coreografadas;
  • Sistema de profissionais de administração e marketing.

Os 3 Estágios de Mudança

  1. Administração amadora (halterofilismo);
  2. Surgimento do "fitness" e a busca de estratégias de lucro;
  3. Academia "híbrida": recursos mais avançados de tecnologia e marketing.

Fitness x Wellness

Fitness: foco na dimensão biológica, aspectos estéticos (resistência e rotatividade), performance.

Wellness: participação e manutenção saudável (bem-estar, qualidade de vida).

Wellness

  • Público-alvo;
  • Objetivos com a prática;
  • Professor (vendedor);
  • Aluno (cliente);
  • Mercadoria.

Bem-Estar: As 6 Dimensões

  • Físico;
  • Emocional;
  • Vocacional;
  • Espiritual;
  • Social;
  • Intelectual.

Fitness = Saúde

Wellness = Qualidade de Vida

Wellness

  • Macro;
  • Paradigma holístico;
  • Ser humano como um todo;
  • Relações interpessoais.

Olá, pessoal! Tudo bem? Neste artigo, vamos falar sobre a diferença que existe entre o fitness e o wellness. Como surgiram e o porquê dessa mudança? Vocês sabem o que é fitness e o que é wellness? E o porquê de umas academias escolherem por uma prática ou por outra?

Nobre (1999) cita em uma de suas publicações que o termo “academia” apenas se estabeleceu definitivamente, no Brasil, no início da década de 1980. Porém, segundo ele, havia espaços semelhantes, mas com outros nomes como: “Institutos de Modelação Física”, “Centros de Fisiculturismo”, “Clubes de Calistenia”, entre outros.

As academias, antigamente, eram com pesos fundidos com cimento. Lembram-se disso? As pessoas pegavam brita, cascalho, areia e cimento e faziam os pesos. Os canos eram cortados e serviam de barras. Naquela época, as academias de ginástica não eram vistas como um negócio promissor em que se pudesse obter lucro e prosperar como empreendedor.

No final dos anos 90, a Body Systems chegou ao Brasil com suas aulas pré-coreografadas [aulas prontas], provocando um impacto significativo no mercado. Houve uma grande diversificação das modalidades e de outros produtos vendidos pelas academias.

De acordo com Saba (2006), o fitness enfatiza a dimensão biológica. Esta palavra tem origem na junção dos verbetes “fit” [que significa apto] e “ness” [que quer dizer aptidão]. Na verdade, a expressão correta é *physical fitness*, ou aptidão física”. Saba apresenta a seguinte síntese a respeito do paradigma do fitness adotado pelas academias de ginástica:

O fitness caracteriza-se pela ênfase no condicionamento físico do indivíduo. As academias surgiram tendo essa finalidade. Tanto é que muitos donos de academias eram halterofilistas, atletas, ou pessoas que, em geral, estavam envolvidas com práticas corporais. Com o desenvolvimento do ramo das academias de ginástica como negócio, ou seja, com a boa capacidade de acumulação de capital apresentada por estas empresas, a visão, antes restrita ao fitness, foi sendo ampliada e aos poucos foram sendo incorporados outros enfoques para atingir o mercado de forma mais eficaz e também ampliar o público-alvo.

Saba (2006, p. 143) explica que o wellness “fortalece-se, aumentando cada vez mais a participação e a manutenção saudável de pessoas em programas de exercícios físicos”. Enquanto isso, o fitness com sua ênfase nos “aspectos puramente estéticos, representados pelo modelo da aptidão física, continua aumentando a desistência e promovendo a rotatividade nas academias”.

O wellness engloba o fitness. O conceito de wellness, embora negue o conceito de fitness, também é composto por ele. O condicionamento físico não deixa de ser enfatizado, porém, é trabalhado em perspectivas mais amplas visando à qualidade de vida e o bem-estar. A estética não deixa de ser destacada, porém, é levada em consideração a saúde nessa busca pela estética. Assim, nas academias que seguem o wellness como paradigma, os professores se preocupam em transmitir conhecimentos, explicando para os alunos, por exemplo, prejuízos que podem causar a prática em excesso, os problemas do uso de anabolizantes, a importância da alimentação adequada, entre outras práticas. Dessa forma, o fitness não deixa de ser trabalhado, mas fica subsumido ao wellness.

O nível de wellness de uma pessoa depende muito de suas escolhas. A prática do exercício físico é parte desse processo. O conceito de fitness está dentro do modelo wellness. Esse é o modelo que fortalece a permanência dos clientes nas academias e cria inúmeros vínculos além do estético. Estes exemplos revelam que o mercado já não se contenta mais com ações focadas exclusivamente no fitness. Busca-se uma visão mais ampla de atuação apoiada no wellness (bem-estar). É fundamental que os gestores reformulem seus negócios para atender a esta demanda (SABA, 2006, p. 144-145).

Esta quebra de paradigma trata de uma mudança determinada pela necessidade de melhoria de desempenho do negócio na acumulação de capital. Apresenta alguns outros aspectos que são fundamentais para sua compreensão, todos eles relacionados com a necessidade de vender a mercadoria produzida, como ampliar o público-alvo para a venda da mercadoria e aumentar a retenção ou aderência do cliente, concretizando uma segunda venda. Há, por exemplo, uma necessidade de ampliar seu público-alvo, com as academias deixando de focar apenas na busca pela estética que estaria muito mais ligada às pessoas jovens e passando a priorizar homens e mulheres com idades mais elevadas e que buscam outros fatores além da estética. Percebe-se esse processo no posicionamento a seguir:

O apelo para o corpo sarado já teve seu tempo na década de 1990. As pessoas hoje buscam, também, qualidade de vida, paz de espírito. Imaginem a foto de uma senhora no outdoor, fazendo ginástica e dizendo: “Osteoporose não tem vez na minha vida, exercício sim!” (PEREIRA, 2005, p. 93).

Podemos perceber, com o passar do tempo, as transformações ocorridas nas academias, onde o aluno não é simplesmente um aluno, é um cliente. A mercadoria não é produzida tendo como principal finalidade ser consumida, mas ser vendida. O professor não é simplesmente um professor, é um vendedor. Professor-vendedor e aluno-cliente em um ambiente onde a mercadoria exerce a função sedutora de atração e conquista.

- Veja mais em: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/blogs-ef/entry/fitness-ou-wellness-o-que-o-seu-cliente-busca-em-sua-academia#sthash.9pu828Cj.dpuf

As 12 Virtudes de um Profissional de Educação Física

1 - Motivação – Se escolheu a profissão certa, estará sempre de bem com a vida, passando isso para todos. Profissional motivado não perde o cliente de vista. Está sempre procurando saber se ele precisa de ajuda e como anda a busca dos objetivos pessoais. Ao cliente desanimado cabe o elogio certo e sutil. É preciso “tato” para fazer isso.

2 - Atenção – Significa estar atento a tudo e a todos na sala de aula. Alguns clientes são mais tímidos e o profissional deve ter sabedoria para perceber quando um deles precisa de ajuda e tem vergonha de perguntar. A pior situação é vermos profissionais dando atenção apenas a “algumas” clientes. Todos estão pagando pelo serviço oferecido pela academia e o profissional é empregado dela.

3 - Estímulo – Algumas pessoas são naturalmente menos perseverantes do que outras. Mais uma vez é preciso “tato” do profissional para dar uma injeção de ânimo no cliente, seja modificando o programa e/ou fazendo um planejamento estratégico de comprometimento com ele mesmo.

4 - Exemplo – Já dizia minha avó e a de vocês também: “O exemplo vem de cima”. O profissional não precisa ser um atleta, mas deve se comportar adequadamente à carreira, tanto na frente do cliente como longe dele. O profissional de Educação Física está sendo visto e observado por todos e em todo lugar. Todos querem imitá-lo.

5 - Compreensão – Nem todo dia o cliente está a fim de “malhar” forte. O profissional precisa ser bastante esperto para perceber isso. Um bom “papo” ou apenas saber ouvir pode resolver, assim como um alongamento passivo e/ou alguns toques de shiatsu e massagem. O profissional deve sempre fazer cursos que agreguem valor ao seu trabalho.

6 - Paciência – Toda profissão exige essa qualidade. Nem todo cliente sabe mexer naquelas máquinas de musculação. Nem todos “pegam de cara” uma coreografia de step. Nem todos gostam de academia e só se matricularam por recomendação médica. Tem cliente que pergunta a mesma coisa todo dia. Paciência. São “ossos do ofício”. Basta responder de má vontade para ele ir embora e nunca mais voltar.

7 - Dedicação – Só vence em qualquer profissão quem se dedica. A de Educação Física lida com o público e dele depende para sobreviver. Todos nós temos problemas, mas na hora do atendimento o cliente não pode saber e ele está ali para resolver o dele e da melhor forma possível.

8 - Orientação – A execução correta dos exercícios deve ser uma constante. O novato pelos motivos óbvios. O veterano pela tendência a relaxar que é próprio de qualquer cidadão. Logo, o bom profissional nunca descansa.

9 - Amizade – Qualquer trabalho flui melhor quando existe confiança mútua desenvolvida através da amizade. Claro, nem todo cliente é bem-humorado e o relacionamento é muito difícil, mas faz parte do ofício tentar conquistá-lo.

10 - Resultados – É isso que o cliente busca. Se não conseguiu de uma forma, tente de outra. São inúmeras as opções no campo da saúde. O profissional limitado perde cliente e campo na profissão. Porque alguns vencem e outros não?

11 - Respeito – É o princípio de tudo e educação vem de berço. Respeitar para ser respeitado antes de reclamar da profissão.

12 - Atendimento – Atender bem as pessoas é uma obrigação, mas quem faz isso por prazer cresce na profissão e vive muito mais feliz. Felicidade contagia. Experimente!

A profissão de Educação Física exige uma responsabilidade grande porque cuida de pessoas. Competência gera respeito.

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