Formação do Comportamento Alimentar e Hábitos Saudáveis
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Formação do Comportamento Alimentar
*Comer é um dos grandes prazeres da vida e através da alimentação o ser humano busca também a própria satisfação.
*Fazer escolhas alimentares é um processo complexo, dinâmico e multifacetado, embutido nos relacionamentos sociais e que tem consequências a curto e longo prazo para a saúde. As escolhas dos alimentos são formadas pelos sistemas de socialização culturais, e limitados pelo ambiente físico e social. As refeições representam um importante evento nas interações familiares, com estruturas temporais portadoras de significado.
A seleção da dieta depende tanto de história, cultura e ambiente quanto das necessidades orgânicas de energia e demais nutrientes.
Hábito Alimentar: Inclui:
Qualidade: tipo de alimento // Quantidade: volume das refeições /// Forma de preparo de consumo: Atende a necessidades: Orgânicas /// Sociais /// Afetivas
Comportamento alimentar e a EAN crítica:
O comportamento alimentar é complexo, incluindo determinantes externos e internos ao sujeito. O acesso aos alimentos, na sociedade moderna, predominantemente urbana, é determinado pela estrutura socioeconômica, a qual envolve principalmente as políticas econômica, social, agrícola e Agrária. Assim sendo, as práticas alimentares, estabelecidas pela condição de classe social, geram determinantes culturais e psicossociais. Internos: Necessidades de nutrientes Individuais. Externos: Modelos: família, amigos // ESCOLA // Sociedade (Rede social): padrões culturais // Oferta alimentar: acesso ao alimento // Condições Econômicas
Promoção da alimentação saudável:
Mudança de comportamento alimentar e Formação do Hábito Alimentar => LONGO PRAZO - objetivo com elevadas taxas de insucesso e Hábitos alimentares da idade adulta – são aprendidos na infância. A intervenção na promoção de comportamentos alimentares saudáveis deve incidir com maior ênfase nos primeiros anos da infância para que os mesmos permaneçam ao longo da vida.
Fatores que atuam na formação dos hábitos alimentares na infância: Fatores
fisiológicos: Experiências intrauterinas // Paladar do recém-nascido, Aleitamento materno, Neofobia, Regulação da ingestão de alimentos // Fatores ambientais: Alimentação dos pais, Comportamento do cuidador // Condições sócioeconômicas, Influência da televisão, Alimentação em grupoFatores fisiológicos: EXPERIÊNCIA INTRAUTERINA = Exposição do Feto a uma variedade de estímulos sensoriais dentro do útero. => Papilas gustativas => formadas volta da 7a e 8ª semana de gestação => São capazes de conduzir informações sensoriais ao sistema nervoso central => essas conexões neurais provocam alterações na salivação e na sucção dos bebês após o nascimento. Preferências por sabores também pode ser influenciada. O líquido amniótico é aromático e o seu odor é influenciado pela dieta da mãe. A composição do fluido amniótico varia no decorrer da gestação, particularmente na medida em que o feto começa a urinar. Próximo ao parto o feto humano ingere quase um litro de fluido por dia e é exposto a uma variedade de substâncias (glicose, frutose, ácido láctico, ácido pirúvico, ácidos graxos, fosfolipídeos, creatina, uréia, ácido úrico, aminoácidos, proteínas e sais). A sensibilidade ao sabor doce já aparece na fase pré-natal, provavelmente estimulada pelas substâncias químicas do líquido amniótico.
Fatores fisiológicos: PALADAR DO RECEM-NASCIDO = Um estudo de 1999 analisou a preferência dos lactentes pelos sabores através da observação das expressões faciais e também o estimulo de sucção. Doce: expressões faciais de relaxamento e movimentos de sucção em resposta ao sabor doce dos açúcares. Azedo e amargo: provocaram caretas faciais. Salgado: Até 4 meses – Nenhuma resposta facial distinta, Após 4 meses - preferência pela água com sal em relação à água pura Após 1 ano – indiferentes ao sal. Considera-se que o paladar pode do recém nascido pode ser direcionado como um mecanismo de defesa. Associação dos sabores a vantagens e desvantagens dos alimentos. Doce é fonte de energia. Salgado remete à presença de proteínas e minerais. Ácido significa que o alimento está estragado. Amargo mantêm relação com a presença de substâncias tóxicas.
Fatores fisiológicos: ALEITAMENTO MATERNO : A alimentação das mães durante a lactação pode afetar o sabor do leite. Mas não a composição do leite! Os compostos químicos que dão sabor e aroma aos alimentos são ingeridos pelo lactente através do leite materno, e dessa maneira a criança vai sendo introduzida aos hábitos alimentares da família. Sabe-se ainda que a composição do leite se modifica à medida em que a lactação progride => Os níveis de lactose diminuem e aumentam os de cloreto, tornando o leite levemente salgado. Essa mudança pode favorecer a aceitação dos alimentos complementares no tempo oportuno.
****Quanto maior a variedade de alimentos consumidos pela mãe maior também a alteração no sabor do leite materno auxiliando na construção do paladar das crianças. Ou seja, se a alimentação da mamãe que está amamentando for variada e rica em diferentes nutrientes, a criança tende a acompanhar e ter uma maior flexibilidade em suas escolhas alimentares no futuro.
Fatores fisiológicos: NEOFOBIA: Rejeição em consumir novos alimentos. A transição da dieta láctea da primeira infância para a alimentação da família requer que a criança aprenda a aceitar pelo menos alguns dos novos alimentos oferecidos a ela. Rejeição inicial => a aceitação pode mudar se a criança tiver ampla oportunidade de provar os alimentos em condições favoráveis. A aprendizagem é fator importante na aceitação dos novos alimentos, e está cientificamente provado que existe relação direta entre a frequência das exposições e a preferência pelo alimento. Maior frequência, maior referência. Pesquisas têm mostrado que quando a experiência de introdução dos alimentos ocorre em período oportuno => menor será a neofobia por alimentos. As alterações na aceitação de alimentos resultantes da exposição repetida são provavelmente atribuíveis à “segurança aprendida”. Quando o consumo de um novo alimento, em repetidas ocasiões, não é seguido de náuseas ou vômitos, aprendemos, gradualmente, que se pode comer o referido alimento sem receio e que ele pode tornar-se parte da dieta. Nesta perspectiva, a rejeição precoce de novos alimentos pelas crianças pode ser considerada como um exercício de adaptação.
AS CRIANÇAS E A RECUSA ALIMENTAR=> As crianças não comem aquilo de que elas não gostam. Elas exercem um controle sobre a sua ingestão alimentar recusando ou comendo um alimento específico=> preocupação dos pais com o desenvolvimento e crescimento=> oferta alimentos alternativos => alimentação não saudável
ACEITAÇÃO DE NOVOS ALIMENTOS=> Birch, em uma série de estudos, consistentemente tem mostrado que a aceitação a novos alimentos aumenta por meio de REPETIDAS EXPOSIÇÕES! Entre 8 a 10 exposições → com 2 anos e De 8 a 15 vezes=> entre 4 e 5 anos de idade.
ALGUMAS ORIENTAÇÕES FRENTE À ANOREXIA COMPORTAMENTAL=> Respeitar as preferências alimentares. No caso de recusa alimentar, substituir o alimento recusado por outro do mesmo grupo nutricional. Compreender que após o 1o ano de vida o ritmo de crescimento diminui, diminuindo, portanto, o apetite. Não trocar atenção e carinho pela alimentação. Não recorrer à chantagem para forçar a criança a comer; não recompensar nem ameaçar a criança. Evitar artifícios para estimular a alimentação: “aviãozinho”, televisão, “disfarçar alimentos”, ficar andando ou fazendo coisas que distraiam a criança. A hora da refeição deve ser tranquila. Colocar pouca quantidade no prato e oferecer mais se a criança pedir. Horários regulares para as refeições e lanches. Intervalos de duas a três horas, no mínimo, entre as refeições. Não oferecer nada nos intervalos das refeições.
Seletividade Alimentar => comportamento típico da primeira Infância. Características: fazer birras // demorar a comer // tentar negociar o alimento que será Consumido // levantar da mesa durante a refeição // beliscar ao longo do dia
5 cores no prato: 1 opção de cereais, tubérculos ou raízes // 1 opção de leguminosas // 1 opção de carnes/ovos // 3 opções de vegetais