Freud e Erikson: Conceitos Essenciais da Psicologia

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Conceitos Fundamentais da Psicanálise (Freud)

Atos Falhos

Lapsos de linguagem que evidenciam pensamentos, desejos e sentimentos inconscientes que são suprimidos da consciência devido à censura do Super-ego.

Sonhos

Considerados a via régia para se alcançar o Inconsciente (sede de desejos, motivações, sentimentos, fantasias, etc.). Por meio do simbolismo dos sonhos, podemos conhecer os motivos profundos dos conflitos psíquicos.

Libido

É a energia utilizada para todas as atividades (trabalho, amizades, diversão, produção do conhecimento, etc.). A civilização é fruto da transferência desta energia sexual para fins produtivos (Sublimação).

Para Freud, o homem trocou o prazer pela segurança. Isto se dá por meio do estabelecimento de normas e proibições à sexualidade (ex.: casamento monogâmico, restrições às crianças, trabalho).

Teoria Topográfica e Estrutural

A realidade psíquica é entendida como um conjunto de elementos e processos conscientes e inconscientes, dispostos nos sistemas Inconsciente, Pré-consciente e Percepção-Consciência.

Ego

  • Estrutura-se da percepção e mostra-se enfraquecido nos estados de sono, devaneio, relaxamento e na psicose.
  • Sua função é realizar uma mediação entre a vida instintiva e a realidade (meio ambiente), promovendo a adaptação do indivíduo.
  • Utiliza Mecanismos de Defesa para lidar com impulsos e desejos e manter o equilíbrio psíquico.

Id

  • Lado pulsional da personalidade, em parte hereditário e em parte adquirido.
  • Para Freud, é o reservatório primitivo da energia psíquica e dele se diferenciam o Ego e o Super-ego.
  • Hoje: Id é o que está temporariamente latente e não apenas o que está reprimido.

Super-ego

  • É o censor do Ego.
  • Sua função está ligada à consciência moral, auto-observação e formação de ideais.
  • É herdeiro do Complexo de Édipo: interiorização das interdições e exigências da cultura.
  • Considerado o “lado superior da vida humana”.

Mecanismos de Defesa

  • Recalque: Supressão de parte da realidade, da percepção dela.
  • Formação Reativa: O Ego procura afastar o desejo, manifestando-o na alternativa oposta.
  • Regressão: Retorno a modos de entendimento e expressão anteriores ou primitivos.
  • Projeção: Atribuição ao mundo externo de algo indesejável que a pessoa não aceita em si.
  • Identificação: Construção ou reconhecimento de aspectos de si no outro.
  • Racionalização: Uso da razão para argumentar de modo aceitável os estados deformados da consciência.
  • Negação: Não admitir pensamento ou sentimento que lhe pertencem.
  • Sublimação: Desvio da pulsão sexual para objetos socialmente valorizados, como arte e produção intelectual.

Fases do Desenvolvimento Psicossexual (Freud)

  • Fase Oral: Nascimento até 1 ano e meio.
  • Fase Anal: 2 anos até 3 anos e meio.
  • Fase Fálica: 4 anos até 5/6 anos e meio.
  • Período de Latência: 7 anos até 12 anos.
  • Fase Genital: A partir da adolescência.

Estágios do Desenvolvimento Psicossocial (Erikson)

Primeira Infância (Nascimento até 3 anos)

  • Recém-nascido dependente, mas competente, com todos os sentidos já atuantes.
  • Crescimento físico e desenvolvimento de habilidades motoras rápidos.
  • Capacidade para aprender e lembrar desde as primeiras semanas.

Segunda Infância (3 a 6 anos)

  • Habilidades motoras aumentam.
  • Comportamento egocêntrico, mas início da compreensão da perspectiva do outro.
  • Imaturidade cognitiva: ideias ilógicas.
  • Imaginação se torna mais elaborada; desenvolvimento do autocontrole.

Terceira Infância (6 a 12 anos)

  • Crescimento físico diminui; força e habilidade física se aperfeiçoam.
  • Egocentrismo diminui; as crianças passam a pensar com lógica, embora de modo concreto.
  • Aperfeiçoamento da memória e habilidade de linguagem.

Adolescência (12 a 20 anos)

  • Mudanças físicas rápidas e profundas; atinge-se a maturidade reprodutiva.
  • Capacidade de pensar abstratamente e uso do pensamento científico.
  • Certo egocentrismo adolescente; busca de identidade.
  • Grupos de amigos ajudam a desenvolver e testar a autoimagem.

Jovem Adulto (20 a 40 anos)

  • Auge do vigor físico aos 30 anos.
  • Capacidades cognitivas assumem maior complexidade.
  • Decisões pessoais sobre a vida amorosa; a maioria casa e tem filhos.

Meia-Idade (40 a 65 anos)

  • Mudanças físicas (perda de resistência e perícia, menopausa e andropausa).
  • Excelentes na solução de problemas práticos, mas podem ter dificuldade frente a novos problemas.
  • Identidade continua a se desenvolver.
  • Dupla responsabilidade social: cuidar de filhos e pais (estresse).
  • Possível crise da meia-idade.

Terceira Idade (65 anos em diante)

  • A maioria é saudável, embora haja declínio de saúde e capacidade física.
  • Reações são mais lentas, mas a maioria é mentalmente ativa.
  • Inteligência e memória podem apresentar perdas, mas a maioria encontra modos de compensação.
  • Aposentadoria oferece mais tempo para o lazer.
  • Perdas afetivas; iminência da morte.

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