Fundamentos da Educação: Conceitos e Processos
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Conceito inicial: A educação é uma ação reguladora e estimuladora do processo de desenvolvimento humano e da personalidade humana. Para Kant (1724-1804) o ser humano só se torna verdadeiramente humano pela educação.
Raiz etimológica: E-ducere, que significa conduzir (ducere) para fora. Outros sugerem a origem em educare, que significa a ação de formar, instruir, guiar.
O que é Educação? Para muitas pessoas a palavra educação refere-se ao trabalho que se desenvolve no contexto das unidades educacionais que conhecemos mais popularmente como escolas.
Educação e formação:
O conceito de formação está intimamente ligado ao da educação. No pensamento pedagógico alemão, o conceito de formação significa: “o ser humano nasce indivíduo e está destinado a converter-se em pessoa”. A educação pressupõe modelos, formas ideais de ser humano, de mundo e de sociedade. Porém o processo educativo é sempre uma prática, uma ação, não é possível compreendê-la como algo estável.
Educação: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei no. 9.394/96
A educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Educação Formal:
É a que ocorre no sistema regular de ensino – Nas escolas. Este processo educativo tem currículos e regras de certificação bem definidas. Ocorre nas escolas, nas universidades, nos institutos politécnicos e outras instituições de ensino acreditado. Depende de uma diretriz educacional centralizada como o currículo, como estruturas hierárquicas e burocráticas, determinadas em nível nacional, com órgãos fiscalizadores dos ministérios da educação. Utiliza uma dinâmica simplificada a partir de alguns elementos principais: aula expositiva, quadro negro (ou lousa), giz, livros didáticos, cadernos, lápis, borracha, canetas, réguas...
Educação Não Formal:
Ocorre fora do sistema formal de ensino. É um processo organizado, mas geralmente os resultados da aprendizagem não são avaliados formalmente.
Educação Informal:
Processo de transmissão de certos saberes, tradições culturais e demais comportamentos característicos das diversas comunidades presentes em uma sociedade.
Características da educação formal tradicional
Professor no papel central; Alunos de costas uns para os outros; Carteiras enfileiradas; Educação como transmissão de conhecimento. As escolas tradicionais surgiram na Europa do século 18 e seguem um modelo de ensino e avaliação padronizados. Elas possuem foco no aprendizado voltado para a competitividade de vestibulares, por exemplo, e representam para os pais uma esperança de sucesso no futuro dos filhos. Aprendizado de sucesso = informação.
Educação não formal:
A educação não-formal é voluntária, não hierárquica, e baseia-se na motivação intrínseca dos formandos, que voluntariamente procuram a aprendizagem. A educação não formal toma em consideração as necessidades pessoais dos formandos e adequa-se a essas necessidades para responder às suas aspirações. Há intenção explícita de educar, mas não é oficial e não deve cumprir exigências legais. Local: ongs e outros movimentos.
Educação informal:
A educação informal caracteriza-se por não ser intencional ou organizada, mas casual ou empírica, exercida a partir das vivências, de modo espontâneo. Corresponde aos processos sociais de aquisição de conhecimento, hábitos valores, modo de agir, conhecimentos e experiências práticas. Local: principalmente a família e rede de amigos mas também meios de comunicação de massa ou mídia.
Processo Educativo segundo Paulo Freire:
Proporcionar ao indivíduo autonomia, consciência crítica e capacidade de decisão. No Método Paulo Freire o processo educativo ocorre e está centrado na mediação educador-educando. 1) Ao educador cabe revelar ao educando os conhecimentos que ele já possui. 2) O educando traz consigo uma gama conhecimentos oriundos de suas experiências. 3) E ao educador é incumbida a tarefa de auxiliar na organização desses conhecimentos 4) Relacionando os saberes trazidos pelo educando com os saberes escolares. Assim, o educando melhora progressivamente sua autoestima, conseguindo participar mais ativamente do processo de aprendizagem; consequentemente, maior será a autonomia e maior será também a perspectiva de participação ativa na sociedade.
Etapas do Processo Educativo segundo Paulo Freire
Etapa de investigação: Busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
Etapa de tematização: Momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
Etapa de problematização: Etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.
Conscientização segundo Paulo Freire: “Ninguém educa ninguém, os homens aprendem comunitariamente”. Isto é, à medida que os saberes são trocados, se constrói, conjuntamente, um novo saber; é justamente esse processo que favorece a autonomia do educando.
Ninguém conscientiza ninguém, mais ninguém se conscientiza sozinho. “A conscientização consiste no desenvolvimento crítico da tomada de consciência. Desta maneira, conscientizar significa adquirir sua própria liberdade, é libertar-se, porque é daí que o homem percebe tudo que o cerca, pois como se sabe, a consciência humana está bastante interligada com o mundo real, por isso a conscientização é a luta que os homens travam para livrarem-se dos obstáculos que impedem uma boa percepção do mundo cotidiano”.
O que é educação? Para muitas pessoas a palavra educação refere-se ao trabalho que se desenvolve no contexto das unidades educacionais que conhecemos mais popularmente como escolas. Desenvolve-se de forma organizada, em ambientes herméticos, que pouco ou nada se modificaram ao longo dos tempos. Utiliza uma dinâmica simplificada a partir de alguns elementos principais, a saber: aula expositiva, quadro negro (ou lousa), giz, livros didáticos, cadernos, lápis, borracha, canetas, réguas... Paulo Freire, o educador mais conceituado e respeitado de nosso país dizia que a escola deveria ensinar os alunos a “ler o mundo”. Imaginava que para isso seria necessário respeitar o contexto cultural e familiar dos estudantes, dando a eles a oportunidade de participar do processo de ensino-aprendizagem, tendo voz ativa e vislumbrando realidades de ensino nos conteúdos trabalhados que tivessem relação direta com o mundo em que estavam inseridos.