Fundamentos de Enfermagem: Avaliação Pulmonar e Cardíaca

Classificado em Medicina e Ciências da Saúde

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Avaliação Respiratória e Fatores de Risco

Fatores de Risco para Infecções Pulmonares

  • Idade avançada
  • Tabagismo
  • Má nutrição

Exame Físico Pulmonar Geral

O exame físico pulmonar inclui:

  1. Inspeção: Avaliação do tórax.
  2. Palpação: Avaliação da expansibilidade torácica.
  3. Percussão: Identificação de sons (claro pulmonar, maciço, submaciço).
  4. Ausculta: Identificação de sons respiratórios normais ou anormais.

Observações Essenciais do Exame Pulmonar

  • Frequência Respiratória (FR) e padrão respiratório.
  • Expansibilidade torácica.
  • Uso de músculos acessórios.
  • Presença de sibilos e roncos.

Padrões Respiratórios Anormais

  • Kussmaul: Respiração rápida e profunda, associada à acidose metabólica.
  • Biot: Respiração irregular com períodos de apneia.
  • Cheyne-Stokes: Respiração cíclica com fases de hiperpneia seguidas de apneia.

Sons Respiratórios Anormais

  • Árvore Brônquica: O estreitamento das vias aéreas devido ao broncoespasmo resulta em som agudo (sibilo).
  • Estertores (Crepitações): Sons respiratórios anormais, semelhantes a estalidos, observados em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e Pneumonia (PNM).

Principais Patologias Pulmonares

Pneumonia

  • Causas: Vírus, bactérias e fungos.
  • Complicações: Derrame pleural, abscesso pulmonar, sepse e insuficiência respiratória aguda.
  • Sinais e Sintomas: Tosse produtiva, febre, fadiga, dor torácica e dificuldade para respirar (dispneia).

Enfisema Pulmonar

  • Sinais e Sintomas: Dispneia progressiva, tosse crônica, chiado no peito e perda de peso.
  • Causas: Tabagismo, deficiência genética e exposição a poluentes.

Edema Agudo de Pulmão (EAP)

  • Fisiopatologia: Ocorre o acúmulo de líquidos nos alvéolos, causado por falha do ventrículo esquerdo do coração, aumentando a pressão capilar pulmonar.
  • Etiologia: Insuficiência Cardíaca (IC), doenças renais, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e crise hipertensiva.
  • Sinais e Sintomas: Dispneia, cianose, agitação e ansiedade, tosse e expectoração rosada.
  • Cuidados de Enfermagem: Posição semi-Fowler, oxigenioterapia e diuréticos. Monitorar Sinais Vitais (SSVV).

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

A administração de muito oxigênio pode levar à hiperventilação e retenção de CO2 em pacientes com DPOC.

Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) e IAM

Tempos Críticos no Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

  • Tempo Porta-Agulha: Tempo entre a chegada do paciente com IAM ao hospital e a administração dos trombolíticos (máximo de 30 minutos para tudo, visando a redução do dano cardíaco).
  • Tempo Porta-Balão: Tempo entre a chegada do paciente com IAM ao hospital e a realização da angioplastia (tempo máximo de 90 minutos, visando minimizar o tempo de isquemia do miocárdio).

Diagnóstico e Complicações do IAM

  • Diagnóstico: Eletrocardiograma (ECG), Troponina e CK-MB.
  • Complicações: Arritmias, Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e tromboembolismo.
  • Cuidados Iniciais: Oxigênio (O2), nitratos e monitoramento dos Sinais Vitais (SSVV).

Tratamento Inicial do IAM (Protocolo MONA)

O protocolo inicial de tratamento farmacológico inclui:

  • M: Morfina
  • O: Oxigênio
  • N: Nitratos
  • A: Ácido Acetilsalicílico (AAS)

Variações do Protocolo: MONA-Clopidogrel, MONA-B (Betabloqueadores), MONA-Heparina.

Emergências Cardíacas e Insuficiência

Parada Cardiorrespiratória (PCR)

  • Causas Comuns: Fibrilação Ventricular (FV), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e insuficiência respiratória.
  • Ritmos Chocáveis: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP).
  • Ritmos Não Chocáveis: Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e Assistolia.
  • Choque (Desfibrilação): Choque não sincronizado, usado para FV e TVSP.
  • Cardioversão: Choque sincronizado, usado para ritmos com pulso.

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

  • Fisiopatologia: Incapacidade do coração em bombear o sangue de forma eficaz, resultando em congestão dos pulmões e órgãos periféricos.
  • Diagnóstico: Ecocardiograma (Eco), Raio-X de tórax e exame físico.
  • Sinais e Sintomas: Dispneia, edema de Membros Inferiores (MMII), fadiga e ganho de peso.
  • Tratamento: Diuréticos, Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) e betabloqueadores.
  • Cuidados de Enfermagem: Monitoramento dos Sinais Vitais (SSVV), controle hídrico e posição Fowler.

Angina Pectoris

  • Angina Estável: A dor ocorre conforme o paciente é submetido a estresse ou esforço físico.
  • Angina Instável: O paciente sente dor mesmo em repouso.
  • Fatores de Risco/Desencadeantes: Aterosclerose, espasmo coronariano, frio e atividade física.
  • Tratamento: Analgésicos, repouso, Oxigênio (O2), vasodilatadores coronarianos e betabloqueadores.

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