Fundamentos de Enfermagem: Avaliação Pulmonar e Cardíaca
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Avaliação Respiratória e Fatores de Risco
Fatores de Risco para Infecções Pulmonares
- Idade avançada
- Tabagismo
- Má nutrição
Exame Físico Pulmonar Geral
O exame físico pulmonar inclui:
- Inspeção: Avaliação do tórax.
- Palpação: Avaliação da expansibilidade torácica.
- Percussão: Identificação de sons (claro pulmonar, maciço, submaciço).
- Ausculta: Identificação de sons respiratórios normais ou anormais.
Observações Essenciais do Exame Pulmonar
- Frequência Respiratória (FR) e padrão respiratório.
- Expansibilidade torácica.
- Uso de músculos acessórios.
- Presença de sibilos e roncos.
Padrões Respiratórios Anormais
- Kussmaul: Respiração rápida e profunda, associada à acidose metabólica.
- Biot: Respiração irregular com períodos de apneia.
- Cheyne-Stokes: Respiração cíclica com fases de hiperpneia seguidas de apneia.
Sons Respiratórios Anormais
- Árvore Brônquica: O estreitamento das vias aéreas devido ao broncoespasmo resulta em som agudo (sibilo).
- Estertores (Crepitações): Sons respiratórios anormais, semelhantes a estalidos, observados em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e Pneumonia (PNM).
Principais Patologias Pulmonares
Pneumonia
- Causas: Vírus, bactérias e fungos.
- Complicações: Derrame pleural, abscesso pulmonar, sepse e insuficiência respiratória aguda.
- Sinais e Sintomas: Tosse produtiva, febre, fadiga, dor torácica e dificuldade para respirar (dispneia).
Enfisema Pulmonar
- Sinais e Sintomas: Dispneia progressiva, tosse crônica, chiado no peito e perda de peso.
- Causas: Tabagismo, deficiência genética e exposição a poluentes.
Edema Agudo de Pulmão (EAP)
- Fisiopatologia: Ocorre o acúmulo de líquidos nos alvéolos, causado por falha do ventrículo esquerdo do coração, aumentando a pressão capilar pulmonar.
- Etiologia: Insuficiência Cardíaca (IC), doenças renais, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e crise hipertensiva.
- Sinais e Sintomas: Dispneia, cianose, agitação e ansiedade, tosse e expectoração rosada.
- Cuidados de Enfermagem: Posição semi-Fowler, oxigenioterapia e diuréticos. Monitorar Sinais Vitais (SSVV).
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
A administração de muito oxigênio pode levar à hiperventilação e retenção de CO2 em pacientes com DPOC.
Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) e IAM
Tempos Críticos no Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
- Tempo Porta-Agulha: Tempo entre a chegada do paciente com IAM ao hospital e a administração dos trombolíticos (máximo de 30 minutos para tudo, visando a redução do dano cardíaco).
- Tempo Porta-Balão: Tempo entre a chegada do paciente com IAM ao hospital e a realização da angioplastia (tempo máximo de 90 minutos, visando minimizar o tempo de isquemia do miocárdio).
Diagnóstico e Complicações do IAM
- Diagnóstico: Eletrocardiograma (ECG), Troponina e CK-MB.
- Complicações: Arritmias, Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e tromboembolismo.
- Cuidados Iniciais: Oxigênio (O2), nitratos e monitoramento dos Sinais Vitais (SSVV).
Tratamento Inicial do IAM (Protocolo MONA)
O protocolo inicial de tratamento farmacológico inclui:
- M: Morfina
- O: Oxigênio
- N: Nitratos
- A: Ácido Acetilsalicílico (AAS)
Variações do Protocolo: MONA-Clopidogrel, MONA-B (Betabloqueadores), MONA-Heparina.
Emergências Cardíacas e Insuficiência
Parada Cardiorrespiratória (PCR)
- Causas Comuns: Fibrilação Ventricular (FV), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e insuficiência respiratória.
- Ritmos Chocáveis: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP).
- Ritmos Não Chocáveis: Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e Assistolia.
- Choque (Desfibrilação): Choque não sincronizado, usado para FV e TVSP.
- Cardioversão: Choque sincronizado, usado para ritmos com pulso.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
- Fisiopatologia: Incapacidade do coração em bombear o sangue de forma eficaz, resultando em congestão dos pulmões e órgãos periféricos.
- Diagnóstico: Ecocardiograma (Eco), Raio-X de tórax e exame físico.
- Sinais e Sintomas: Dispneia, edema de Membros Inferiores (MMII), fadiga e ganho de peso.
- Tratamento: Diuréticos, Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) e betabloqueadores.
- Cuidados de Enfermagem: Monitoramento dos Sinais Vitais (SSVV), controle hídrico e posição Fowler.
Angina Pectoris
- Angina Estável: A dor ocorre conforme o paciente é submetido a estresse ou esforço físico.
- Angina Instável: O paciente sente dor mesmo em repouso.
- Fatores de Risco/Desencadeantes: Aterosclerose, espasmo coronariano, frio e atividade física.
- Tratamento: Analgésicos, repouso, Oxigênio (O2), vasodilatadores coronarianos e betabloqueadores.