Fundamentos da Experimentação Agrícola e Pesquisa Científica

Classificado em Psicologia e Sociologia

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Ciência

A ciência é todo o conhecimento criticamente fundamentado. A ciência pura é aquela que é realizada dentro da universidade, onde não se tem certeza dos resultados e não pode haver aplicação. A ciência aplicada é aquela que gera ou adapta uma tecnologia para uso imediato no processo produtivo.

Cientista

O cientista é a pessoa que gera conhecimento.

Pesquisa

A pesquisa é um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento. Porém, a pesquisa exige cérebro e mãos, ou seja, habilidade intelectual para identificar um problema e força física para a realização do trabalho planejado.

Experimento

O experimento é uma atividade planejada com a finalidade de obter novos fatos ou para confirmar resultados de experimentos prévios.

Experimentos para Geração de Tecnologia

Estes geralmente são realizados nas estações experimentais.

Experimentos para Validação de Tecnologias

Estes geralmente são realizados em propriedades rurais.

Estatístico

O estatístico é a pessoa especializada em estatística, que contribui na pesquisa com tomadas de decisões no planejamento, na condução e na análise de dados.

Experimentador

O experimentador é a pessoa responsável pela condução do experimento com a maior precisão possível, que tem cuidados com os tratos culturais para a diminuição do erro experimental.

Tipos de Experimentos

  • Experimentos Preliminares: Apresentam baixa precisão; triagem para escolha de tratamentos.
  • Experimentos com Validação Científica: Têm o objetivo de validar ou negar hipóteses obtidas nos experimentos preliminares; seguem os princípios da experimentação.
  • Experimentos Demonstrativos: Têm o objetivo de divulgar resultados da pesquisa; demonstram resultados obtidos em experimentos críticos.

Material de Campo

O material de campo inclui caderno de campo, lápis e borracha.

Objetivo da Experimentação Agrícola

O objetivo da experimentação agrícola consiste em fazer comparações relativas aos efeitos de tratamento, seguindo determinados princípios básicos.

Principais Fases da Experimentação

  • Planejamento
  • Execução
  • Análise de Dados
  • Interpretação de Dados

Melhor Área para a Instalação do Experimento

A área deve representar a região ou a realidade que está sendo estudada, com a maior homogeneidade possível (quanto à fertilidade, textura do solo, declividade), que seja de fácil acesso aos executores do experimento, que tenha uma distância adequada de vegetações, que tenha bordaduras, que não tenha uma alta incidência de vento, que seja distante de animais ou a área do experimento cercada. É importante conhecer o histórico da área (doenças, pragas, nematoides, produtividade e rotação de culturas) e uniformizar a área com adubação. Se o experimento for em ambiente protegido, deve-se ter um manejo de cortinas, manejo de irrigação, materiais homogêneos (baldes, quantidade de substrato) e dimensionamento da estufa em relação ao sol (leste para oeste). O experimento pode ser feito em laboratório também.

Métodos para Aumentar a Precisão do Experimento

  • Escolha adequada do material experimental
  • Escolha adequada da unidade experimental
  • Escolha adequada de tratamentos
  • Aumento do número de repetições
  • Treinamento da equipe de trabalho

Características Potencialmente Perturbadoras

Formas de controle consistem em realizar um bom planejamento experimental, escolha de um local adequado, prever possíveis intervenções e seguir criteriosamente os princípios da experimentação agrícola.

Variações Existentes em Experimentos

Existem três tipos de variações:

  • PREMEDITADA: Introduzida pelo pesquisador, que se origina dos diferentes tratamentos, com o propósito de fazer comparações.
  • EXTERNA: Variações não intencionais de causas conhecidas que agem de modo sistemático (temperatura, insolação).
  • ACIDENTAL: Causa desconhecida, de natureza aleatória, que não está sob o controle do pesquisador, é conhecida como erro experimental que ocorre a variação entre as parcelas que recebem o mesmo tratamento.

Princípios Básicos da Experimentação Agrícola

Repetição

A repetição tem a finalidade de obter uma estimativa do erro experimental.

Casualização

A casualização consiste em atribuir todos os tratamentos à mesma probabilidade de serem designados a qualquer uma das unidades experimentais, tendo por finalidade proporcionar uma estimativa válida para o erro experimental. Não ser tendencioso, fazer o sorteio.

Controle Local Quando Necessário

Controle de ervas daninhas...

Sem Restrição

É o delineamento experimental inteiramente casualizado.

Uma Restrição

Usado no delineamento de blocos completos ao acaso. Cada bloco recebe x tratamentos.

Duas Restrições

Usado em delineamento experimental denominado quadrado latino, agrupados conforme critérios de desuniformidade, ocorre a formação de blocos em dois sentidos denominados filas e colunas.

Quanto maior for o número de restrições na casualização, menor será o número de graus de liberdade associado ao erro experimental.

Tratamento

Refere-se a cada uma das alternativas de um fator em estudo para resolver o problema, ex: teste de fungicidas, níveis de adubação.

Os tratamentos dividem-se em qualitativos (qualidade - forma, tipos) e quantitativos (dados numéricos - doses, densidade).

Efeito Fixo: Quando os tratamentos são escolhidos pelo pesquisador de forma que o experimento possa ser repetido com os mesmos tratamentos.

Efeito Aleatório: Quando os tratamentos são obtidos como uma amostra aleatória.

Unidades Experimentais

As unidades experimentais são aquelas que vão receber o tratamento e fornecer dados que deverão refletir seu efeito.

Delineamento Experimental

O delineamento experimental é a forma em que os tratamentos serão designados nas unidades experimentais, ex: DIC, blocos ao acaso e quadrado latino.

Repetições

As repetições são necessárias para a estimação do erro experimental, com o objetivo de avaliar com mais precisão o efeito do tratamento.

Erro Experimental

O erro experimental é a variância entre os valores observados nas unidades experimentais que receberam o mesmo tratamento.

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