Fundamentos da Filosofia: Conceitos, Períodos e Pensadores Essenciais
Classificado em Filosofia e Ética
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O Que é Filosofia?
A filosofia é a ciência, o conhecimento das coisas pelas causas, pelas razões. Como ciência, ela nos diz que a coisa conhecida não só é assim, como nos aparece, mas tem de ser necessariamente assim. E distingue-se do saber vulgar, da opinião, que nos diz que as coisas conhecidas estão de uma determinada maneira, mas não dá a razão pela qual estão necessariamente assim.
Métodos Filosóficos: Dedução, Indução e Abdução
A Dedução
A dedução consiste em partir de uma verdade já conhecida e que funciona como um princípio geral ao qual se subordinam todos os casos que serão demonstrados a partir dela. Na dedução parte-se de uma verdade já conhecida para demonstrar que ela se aplica a todos os casos particulares iguais.
A Indução
A indução realiza um caminho exatamente inverso ao da dedução. Com a indução, partimos de casos particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a teoria geral que explica e subordina todos esses casos particulares.
A Abdução
A abdução é uma espécie de intuição, mas que não se dá de uma só vez, indo passo a passo para chegar a uma conclusão. A abdução é a busca de uma conclusão pela interpretação racional de sinais, de indícios, de signos.
Períodos da Filosofia e Filósofos Pré-Socráticos
Períodos da Filosofia Grega
- Período Socrático ou Antropológico: do fim do século V a.C. a todo o século IV a.C., quando a filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas, e busca compreender qual é o lugar do homem no mundo.
- Período Sistemático: do fim do século IV a.C. ao fim do século III a.C., quando a filosofia busca reunir e sistematizar tudo o que foi pensado pela cosmologia e pelas investigações sobre a ação humana na ética, na política e nas técnicas.
- Período Helenístico ou Greco-Romano: do fim do século III a.C. ao século VI d.C. Nesse longo período, que abrange a época do domínio mundial de Roma e do surgimento do Cristianismo, a filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a natureza, e de ambos com Deus.
Principais Filósofos Pré-Socráticos
- os da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
- os da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
- os da Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
- os da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
Características da Cosmologia
- É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte, de modo que, ao explicá-la, a filosofia também explica a origem e as mudanças dos seres humanos.
Grandes Filósofos Clássicos
Sócrates
Sócrates não deixou nada escrito. Tudo o que sabemos de sua concepção filosófica e ética é conhecido por meio de seus discípulos. Fez da filosofia sua profissão. Foi considerado o homem mais sábio da Grécia pelo Oráculo de Delfos. Utilizava o método da Maiêutica para conversar com as pessoas sobre filosofia, isto é, com perguntas e respostas.
Platão
Platão escrevia em forma de diálogos, destacados em 3 fases: diálogos da juventude, diálogos da maturidade e diálogos da velhice. Para Platão, o homem justo é aquele cuja alma racional é mais forte que as outras duas, impondo à concupiscente a virtude da temperança ou moderação, e à colérica, a virtude da coragem, que deve controlar a concupiscência. O homem justo é o homem virtuoso; a virtude, domínio racional sobre o desejo e a cólera.
Aristóteles
Aristóteles: a ideia não existe separada dos indivíduos concretos, que são o único existente real; a ideia existe somente nos seres individuais. Mas, no ser individual, é preciso distinguir o que é atualmente e o que tende a ser (ou seja, o ato e a potência: o grão é planta em potência e a planta — como ato — é a realização definitiva da potência).
Método da Maiêutica
Conceito: Processo dialético e pedagógico socrático que consiste em multiplicar as perguntas para obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito geral do objeto em questão.
Ontologia e Axiologia
Há duas maneiras possíveis de entender a ontologia, ou seja, dois aspectos segundo os quais se pode estudar o ser. O primeiro é o aspecto dito “existencial”: a ontologia, nesse caso, consiste em um saber sobre aquilo que é fundamental ou irredutível, comum a todos os entes singulares. Em outros termos, seria a ciência de um ente primeiro ou primordial em que todos os demais se sintetizam. A segunda maneira de conceber a investigação ontológica refere-se ao aspecto “essencial” do ser e estabelece como meta a determinação daquelas leis, estruturas ou causas do ser em si. Alguns filósofos preferem separar a metafísica, identificada com a filosofia de tipo “existencial”, de uma ontologia propriamente dita, definida como teoria formal dos objetos. Outros se opõem a essa divisão e defendem a unidade filosófica no estudo do ser.
Axiologia
Axiologia, ou teoria do valor, é a abordagem filosófica do valor em sentido amplo. Sua importância reside no novo e mais importante significado que atribuiu ao termo valor e na unidade que trouxe ao estudo de questões econômicas, éticas, estéticas e lógicas que eram tradicionalmente consideradas em separado.
O Que é o Conhecimento?
O que é o conhecimento? Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.
Como se Elabora?
Qual a Sua Importância?
Teoria do Estado
- absolutista
- liberal
- liberal democrático
Para Hobbes, o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembleia democrática. O fundamental não é o número dos governantes nem a forma do regime político, mas a determinação de quem possui o poder ou a soberania.
Para Rousseau, o soberano é o povo, entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo político de cidadãos. Os indivíduos, pelo contrato, criaram-se a si mesmos como povo e é a este que transferem os direitos naturais para que sejam transformados em direitos civis. Assim sendo, o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular.
Como para Hobbes a soberania pertence àquele a quem o direito natural foi transferido para que assegure paz e segurança, o regime político que lhe parece mais capaz de realizar essa finalidade é a monarquia. Ao contrário, para Rousseau, sendo a soberania sempre popular ou do povo, o regime que melhor realizaria as finalidades do contrato social é a democracia direta ou participativa.
Conceitos de Ética e Moral
Senso Moral e Consciência Moral
O senso moral e a consciência moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), sentimentos provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que conduzem a ações com consequências para nós e para os outros.
Consciência Moral
A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as consequências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins, a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo.
Ética Social
- Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si;
- Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros;
- Ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa.
Ética e Cidadania
A luta pelo mercado de trabalho, por exemplo, tem, também, produzido fenômenos sociais típicos de desrespeito entre as classes, dentro de um desrespeito geral que não observa os compromissos da qualidade de trabalho, mas exclusivamente a produção do lucro.
Liberdade e Responsabilidade Moral
Não somos livres para escolher tudo, mas o somos para fazer tudo quanto esteja de acordo com nosso ser e com nossa capacidade de agir, graças ao conhecimento que possuímos de nós mesmos e das circunstâncias em que vamos agir.