Fundamentos Filosóficos do Behaviorismo
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Conceitos Fundamentais
A base filosófica do behaviorismo é marcada por conceitos como o Materialismo, que enfatiza a compreensão de que tudo é matéria, e a natureza monista do ser humano (matéria), onde tanto o pensamento quanto o afeto são considerados materiais. O Determinismo, por sua vez, ressalta que os seres humanos são determinados pela sua natureza e pelo ambiente em que operam. A abordagem também pode envolver uma visão atomista ou reducionista, buscando compreender o todo a partir de suas partes mais específicas e pequenas, desmembrando-o para análise.
Aristóteles e a Busca pelo Conhecimento
Aristóteles, discípulo de Platão (que defendia uma posição dualista), posteriormente adotou uma posição materialista monista. Ele demonstrou que o conhecimento era obtido através dos sentidos e que a mente humana era uma tabula rasa, onde a aprendizagem ocorria pela experiência. Seu pensamento era dedutivo, embora a ciência seja construída sobre um modelo indutivo. Para ele, toda a natureza tende a um objetivo final e à causalidade.
A Idade Média e o Surgimento da Ciência
A Idade Média, com seu dogmatismo excessivo, gerou um movimento reacionário, criando o fundamento e a base para o desenvolvimento da ciência.
O Positivismo e a Ciência do Século XIX
O Positivismo é um movimento filosófico que defende a ciência, indicando que esta é a melhor forma de conhecimento. O Positivismo do século XIX acreditava que há uma única realidade que pode ser conhecida pelo método científico. Ele estabelece relações de causa e efeito, formulando leis que permitem prever e controlar.
René Descartes: Dualismo e Reflexologia
Descartes propôs um dualismo mente-corpo, onde a razão é essencial, mas ele também reconhece o material. Este dualismo levou a duas tradições intelectuais:
- Mentalismo: Interessado nos processos da mente.
- Reflexologia: Estudo dos mecanismos do comportamento reflexo.
Para Descartes, a razão era um dom de Deus. Ele argumentava que o comportamento humano é o resultado da vontade livre e de reações automáticas a estímulos externos. Acreditava que todo estímulo externo causava um comportamento reflexo. Defendia que os animais são controlados apenas por um comportamento involuntário e que a dor era processada pela razão, portanto, os animais não sentiam dor. Reconhecia dois tipos de comportamento:
- Involuntário: Ações que ocorrem em resposta a estímulos externos (reflexos). Os estímulos ambientais são detectados por órgãos dos sentidos, e as informações sensoriais chegam ao cérebro através dos nervos. A informação vai ao cérebro, e a tendência para a ação é gerada do cérebro para os nervos e daí para os músculos.
- Voluntário: Escolha consciente do indivíduo.
O Empirismo: Conhecimento pela Experiência
O Empirismo defende que o conhecimento provém da experiência sensorial.
David Hume e o Hedonismo
O Hedonismo, associado a Hume, argumenta que o comportamento voluntário é explicado e regido pela tendência a obter prazer e evitar a dor. Os sentidos captam o prazer e a dor.
John Locke: Experiência e Reflexão
Para Locke, todo o pensamento é o resultado da experiência sensorial e da reflexão sobre essa experiência. Cada pensamento é, então, de natureza material.
Immanuel Kant: Síntese da Razão e Experiência
Kant reconhece o valor da experiência e da razão para o conhecimento. Ele argumenta que tudo o que se pensa deve ser confirmado na realidade. Não podemos conhecer as coisas em si, pois somos limitados pelo tempo e espaço. Sua obra principal é a Crítica da Razão Pura.
O Paradigma Positivista na Visão Humana
O Paradigma Positivista, na visão humana, sugere que a melhor maneira de fazer ciência é através do método científico das ciências naturais. É um modelo quantitativo que busca causas e fatos observáveis diretamente, sendo objetivo e hipotético-dedutivo.
Auguste Comte e as Ciências Humanas
Para Comte, as ciências humanas devem ser estudadas com o método das ciências naturais. No Positivismo, a relação sujeito/objeto implica que a realidade está fora do sujeito, podendo, portanto, ser estudada, medida e quantificada.
Fenomenologia: Subjetividade e Compreensão
A Fenomenologia propõe a redução eidética, ou epoché (bracketing), que suspende o que afeta o sujeito. A realidade é mutável de acordo com cada observador (subjetividade). É um método qualitativo que busca a compreensão do sujeito, a partir de um quadro de referência, utilizando a observação naturalista. É subjetiva, descritiva e indutiva.