Fundamentos de Geologia: Datação, Intemperismo e Processos

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Datação Geológica: Relativa e Absoluta

A datação relativa é feita por fósseis e a datação absoluta por meio da radioatividade.

Datação Relativa

Fósseis são quaisquer vestígios de vida existente no passado geológico. Assim, foi definida uma escala de tempo geológico por datação relativa. Obviamente, a datação relativa só pôde ser feita para rochas portadoras de fósseis.

Datação Absoluta

Radioatividade: Os isótopos instáveis (i.e. que têm decaimento radiativo) são importantes para se definir a idade das rochas.

Idades Absolutas e Rochas

A temperatura de bloqueio é aquela na qual o sistema isotópico se fecha, dando início ao “relógio” radiométrico.

As rochas magmáticas possibilitam datações mais seguras por proporcionarem sistemas fechados.

Nas rochas metamórficas, as idades medidas se referem à idade do último evento geológico.

A datação de rochas sedimentares é bastante complexa, pois a idade fornecida quase sempre não se refere à sedimentação, e sim à rocha da área fonte.

Estruturas Geológicas

Tipos de Falhas

Podem ser normais, reversas ou transcorrentes, dependendo da movimentação relativa dos blocos envolvidos.

Tipos de Fraturas

Podem ser tracionais, cisalhantes e de compactação.

Geometria das Dobras

Podem ser antiformais ou sinclinais.

Intemperismo e Erosão

Intemperismo é a ação integrada da desagregação (processo físico) e decomposição (processo químico) que as rochas sofrem em superfície. A redistribuição deste material no ambiente é a erosão.

Tipos de Intemperismo

Basicamente, há o intemperismo físico (ação da temperatura, água, gelo, alívio de pressão) e o intemperismo químico (reações químicas com componentes “estranhos” em relação àqueles presentes na gênese da rocha).

Quando há a participação física ou química de seres vivos, diz-se intemperismo físico-biológico ou intemperismo químico-biológico.

Intemperismo Físico

A ação da temperatura, variando no dia ou nas estações do ano, leva à fragmentação da rocha. As águas de superfície (e mesmo de subsuperfície) percolam as rochas, carreando material por fluxo. Além disso, podem precipitar sais que, com a cristalização continuada, pressionam as fraturas e desagregam as rochas.

Intemperismo Químico

Os minerais formados em condições distintas das de superfície entram em desequilíbrio e sofrem reações químicas que levam a novos minerais, estes estáveis às novas condições.

Solo e Ambientes Sedimentares

Solo é o resíduo do intemperismo que não foi removido por erosão. Ambientes sedimentares são as regiões do planeta com os mesmos processos integrados de erosão e sedimentação e que se diferenciam das regiões adjacentes.

A Estratigrafia

As leis básicas da Geologia se aplicam: continuidade lateral, superposição, uniformitarismo e catastrofismo.

Bacias Sedimentares

São porções rebaixadas (que sofreram subsidência) do planeta que recebem os sedimentos ao longo do tempo geológico. Há uma conexão direta entre a movimentação tectônica e a subsidência e o suprimento de sedimentos para uma bacia sedimentar. As bacias são determinadas pelo comportamento tectono-termal da litosfera.

A estratigrafia é o “gravador” desta história. Quaisquer regimes tectônicos e limites de placas criam bacias sedimentares.

Isostasia e Processos Glaciais

Isostasia

É a forma pela qual a litosfera responde a desequilíbrios de cargas geológicas. A isostasia controla a configuração final da litosfera através do soerguimento e da subsidência. Tilito é uma rocha de origem sedimentar formada por clastos e fragmentos de rochas pré-existentes com uma grande gama de tamanhos e com abundante matriz lamítica, síltico-argilosa e cuja origem está relacionada ao transporte dos sedimentos por geleiras.

Fluxo Glacial

Geleiras se movem por deslizamento basal e deformação interna. O processo de deslizamento é efetivo em geleiras de base úmida, em virtude da ação lubrificante da água de degelo. Geleiras de base seca movimentam-se principalmente por deformação interna (fluxo plástico), devido à adesão com o substrato.

As Morenas

Depósitos formados por ação direta de geleiras configuram feições conhecidas genericamente como morenas (moraines). As morenas ocupam diferentes posições em relação à geleira e podem ser classificadas em terminais, laterais e medianas. As morenas terminais formam-se pelo acúmulo de detritos nas margens estagnadas de geleiras à medida que há o degelo. Com o recuo da geleira, formam-se cristas que registram o limite máximo atingido pelas últimas fases de avanço glacial. As morenas laterais e medianas são formas alongadas típicas de geleiras de vale. As laterais formam-se pelo acúmulo de detritos junto às paredes dos vales. As morenas medianas desenvolvem-se ao longo da confluência entre duas ou mais geleiras de vale através da junção de suas morenas laterais.

Morenas são constituídas por sedimentos clásticos (till), comumente grossos, que na maioria das vezes apresentam baixa seleção granulométrica, aspecto maciço e abundância de clastos facetados e/ou estriados (Figura 13). A produção das partículas que compõem o till envolve a combinação de dois processos, abrasão e fragmentação, o que tende a gerar bimodalidade textural (Croot & Sims 1996). Por isso, o aspecto mais comum do till é a presença de clastos de diferentes formas e tamanhos (de grânulos a matacões).

Ambiente Glácio-Lacustre

Lagos glaciais situados em contato com geleiras (ice-contact lakes) recebem sedimentos através de material derivado de desagregação de blocos da margem da geleira (calving), queda de clastos de gelo flutuante (ice-rafted debris), de correntes de fundo provenientes de túneis englaciais e/ou subglaciais, e de fluxos sedimentares de gravidade.

Leques ou lobos subaquosos podem se formar quando a entrada de fluxos de degelo ocorre através de túneis subglaciais próximo ao fundo do lago. Neste caso, a fração grossa é transportada pelo fundo na forma de sistemas de outwash subaquosos, enquanto que a fração fina entra em suspensão e decanta lentamente.

A densidade da água de degelo que entra no corpo d’água é maior que a da água do meio, o que favorece o desenvolvimento de fluxos hiperpicnais de fundo (underflows), que dão origem a correntes de turbidez.

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