Fungicidas: Tipos, Ação e Controle de Doenças Agrícolas

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Fungicidas Sistêmicos e Protetores

1. Introdução

Os fungicidas são ferramentas essenciais no manejo de doenças agrícolas. Eles podem ser classificados em diferentes categorias, como protetores e sistêmicos, cada um com mecanismos de ação e aplicações específicas.

Fungicidas Protetores

  • Fungicidas protetores de contato
  • Fungicidas protetores erradicantes
  • Seletividade e fitotoxicidade de fungicidas protetores
  • Compatibilidade física dos fungicidas protetores
  • Teste prático de compatibilidade
  • Misturas de fungicidas e adubos foliares
  • Fatores que condicionam a escolha do fungicida protetor para o controle de doenças

Fungicidas Sistêmicos

  • Fungicidas penetrantes e mesostêmicos
  • Comparação entre fungicidas protetores e fungicidas sistêmicos
  • Fungicidas protetores inorgânicos (primeira geração)
  • Fungicidas protetores orgânicos (segunda geração)

Ação do Trifloxystrobin

O Trifloxystrobin é um fungicida que atua em diferentes estádios do ciclo de infecção:

Estádios de Pré-Infecção:

  • Inibe a germinação de esporos (ex: Oídio e Sarna).
  • Impede a formação de apressório (ex: Oídio).
  • Reduz a mobilidade e o lançamento de zoósporos (ex: Míldio).

Estádios de Pós-Infecção:

  • Efeito curativo e antiesporulante (ex: Sarna).
  • Atividade curativa (ex: Oídio).

Características dos Fungicidas Sistêmicos

  • Seletividade e Especificidade
  • Penetração
  • Translocação
  • Toxicidade Seletiva
  • Estabilidade Metabólica
  • Efeito Curativo
  • Período Residual Longo

Fungicidas sistêmicos são compostos químicos, constituídos de misturas de moléculas isômeras, que uma vez aplicados às plantas penetram no tecido foliar e se translocam para locais distantes do ponto de aplicação.

Métodos de Aplicação de Fungicidas Sistêmicos:

  • Fungicidas sistêmicos granulados aplicados no solo.
  • Fungicidas sistêmicos para tratamento de sementes.

O Tetraedro da Doença

O desenvolvimento de uma doença em plantas é influenciado por quatro componentes interligados:

  • Homem: Manejo da cultura.
  • Hospedeiro: Vulnerabilidade, proteção, imunização, terapia.
  • Ambiente: Favorabilidade, regulação.
  • Patógeno (Patogenicidade): Agressividade e virulência.

Estratégias de Manejo de Doenças:

  • Exclusão
  • Erradicação
  • Evasão

Componentes da Epidemia

A ocorrência de uma epidemia de doença depende de múltiplos fatores:

  • Patógeno:
    • Alto potencial epidêmico.
    • Presença de patógeno agressivo.
    • Alta capacidade reprodutiva.
    • Eficiente dispersão.
    • Ausência de restrições para desenvolvimento.
  • Hospedeiro:
    • Acúmulo de hospedeiros suscetíveis.
    • Propensão do hospedeiro para a doença.
    • Presença de hospedeiros alternativos.
  • Ambiente:
    • Condições ótimas para o desenvolvimento da doença.

Fatores Relacionados ao Hospedeiro

  • Níveis de resistência genética ou suscetibilidade do hospedeiro.
  • Grau de uniformidade genética das plantas hospedeiras.
  • Tipo de cultura.
  • Idade da planta hospedeira.

Fatores Relacionados ao Patógeno

  • Níveis de virulência e agressividade.
  • Quantidade de inóculo próximo ao hospedeiro.
  • Tipo de reprodução.
  • Ecologia e modo de disseminação de inóculo.

Doenças de Juros Simples

São doenças onde as plantas infectadas durante o ciclo da cultura não servirão de fonte de inóculo para novas infecções durante o mesmo ciclo.

Exemplos:

  • Murcha do fusário (Fusarium oxysporum)
  • Brusone do arroz (Magnaporthe grisea)

Doenças de Juros Compostos

São doenças onde as plantas infectadas durante o ciclo da cultura servirão de fonte de inóculo para novas infecções durante o mesmo ciclo.

Exemplos:

  • Requeima da Batata (Phytophthora infestans)
  • Ferrugem da Soja (Phakopsora pachyrhizi)

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