Futebol, Violência e Paz: Uma Análise Abrangente
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Futebol pela Paz e Não Violência
O que está acontecendo neste nosso mundo, neste fim de século? Parece que todos os valores estão desmoronando, imperando o sadismo e a selvageria. A decadência ética atingiu os esportes. Há pouco tempo foi na Grã-Bretanha, terra do futebol, e agora no Brasil. Os campos de futebol viraram campos de batalha entre torcedores.
Antigamente, jogadores e torcedores eram educados no espírito bem inglês do "Fair Play". "Fair Play" significa jogo digno. Era sinal de dignidade o vencido felicitar o vencedor. Hoje, em vez disto, porradas, lutas corporais com feridos e mortos. Um assassinato coletivo.
E mais uma vez, estamos notando o que já assinalamos anteriormente: ao procurar as causas e os remédios, só se fala em investigação policial, existência de agitadores que precisam ser punidos, aumento de medidas de segurança, policiamento e reforçamento de grades. Não há dúvida de que estas medidas se revelem necessárias. Mais uma vez, ninguém está relacionando violência com falta de educação para a Paz e a Não Violência.
A tradição do "Fair Play" era transmitida nos campos de futebol e de tênis desde a adolescência. Eu mesmo fui educado neste espírito na minha terra natal. O esporte era uma oportunidade de aprender a se conduzir com ética e respeito, apesar e por cima do aspecto competitivo dos jogos.
Já há uma tendência hoje, em sociologia e educação, em considerar a competição e a educação para a competição como um poderoso fator de conflito, gerando a violência e as guerras. Isto é verdade. Hoje, mesmo no mundo competitivo dos negócios, fala-se em parceria, rede informal de cooperação, sinergia, entre outros. Na educação, surgem cada vez mais jogos cooperativos. Isto é, sem dúvida, um grande progresso, indicando uma mudança de paradigma em direção a uma visão mais holística. Mas ainda haverá muito tempo em que continuará a imperar a competição, tanto esportiva quanto comercial e internacional.
Diante desta situação, é necessário, indispensável mesmo, que se volte nas escolas, nos departamentos de recursos humanos e nas mídias a divulgar o belo ideal de "Fair Play", de jogo digno, ou, para dizer mais simplesmente, de jogo limpo.
E já que aconteceu este espetáculo degradante, vamos aproveitar a oportunidade para lançar uma campanha midiática para fazer voltar o espírito de dignidade no futebol brasileiro. Este será um dos movimentos a ser lançado pela UNIPAZ, no Rio de Janeiro, por ocasião do próximo Congresso Holístico, no Rio Center, no próximo mês de novembro.
Que tal um Fla-Flu em que os torcedores felicitarão os vencedores e lhes oferecerão flores? Que maneira mais bonita seria esta de resgatar este recente e tenebroso passado, e de voltar à tradição brasileira do abraço, do jeitinho e do "deixa disto"!
Repito mais uma vez o que já disse anteriormente: o Brasil é uma cultura de paz natural, ameaçada pela miséria e pelo narcotráfico.
Pierre Weil
Violência e Futebol: São Remo, Brasil e o Mundo
Torcidas rivais protagonizam desastres; saiba o que ocorre em diferentes localidades
Dias após o episódio que marcou a morte dos torcedores Guilherme Vinicius Jovanelli Moreira e André Alves Lezo, da “Mancha Alviverde”, cuja última morte ocorreu no dia 4 de abril, o NJSR foi à comunidade para saber como se dá a ri rivalidade entre suas equipes.
Brasil: A Polícia Militar
O confronto entre torcedores de dois dos maiores times de São Paulo (Corinthians e Palmeiras) deu destaque ao assunto da violência nos estádios. Combinado com antecedência, o embate tinha horário e local marcados, citados inclusive em conversas nas principais redes sociais e marcados em mapa entregue à Polícia Militar com mais de seis meses de antecedência em relação à data do ocorrido.
Em entrevista à ESPN (canal de TV por assinatura), o Capitão Gonzaga, da PM, afirma que “a população não sofreu com isso”. Acrescenta: “Ninguém ficou ferido. Correr riscos, correu, mas só os torcedores ficaram feridos”. Segundo o tenente-coronel Savioli, a “legislação é forte, mas as penas são brandas”.
O Exemplo Inglês
O problema da violência nos estádios era grande também na Inglaterra. Os hooligans, como são conhecidos no país os torcedores de futebol desordeiros, chegaram a deixar 96 mortos em um episódio que ficou conhecido como Desastre de Hillsborough.
Várias medidas foram implantadas para a resolução desse problema no país, dentre as quais a instalação de câmeras de segurança e a tecnologia de reconhecimento dos envolvidos.
O Panorama da Comunidade
Entrevistado pelo jornal, o técnico do futebol infantil na comunidade, José Mariano Santana, falou sobre o assunto na São Remo. “Aqui o futebol é tranquilo”, diz ele. “Nunca teve nada nem parecido com o que aconteceu entre as torcidas do Corinthians e do Palmeiras; no máximo uma discussão, que é normal no futebol, né, mas pancadaria, violência, assim, não”. Professor e alunos do Circo Escola falaram um pouco mais sobre os times da região. Segundo eles, o maior clássico é o jogo entre o Catumbi e o Vila Nova.
Ao serem perguntados sobre o fanatismo dos moradores pelos times locais, não têm dúvida: “O pessoal prioriza o time daqui. Você pode ver ali na quadra, tem dois meninos com camiseta de times da comunidade e só um com a camiseta de um time maior, do São Paulo”. Mariano afirma o mesmo: “Ah, a paixão do pessoal são os times daqui da São Remo; eles viram os pais deles jogando, cresceram acompanhando as equipes.”.
Você Sabia?
As torcidas organizadas “Mancha Alviverde” e “Gaviões da Fiel” estão proibidas de entrar nos estádios desde o dia 26/3, até que os culpados pela morte dos torcedores da primeira sejam identificados e punidos. Em 2011, a Mancha também foi impedida de assistir aos jogos nos estádios, após confronto com a PM em uma partida contra o Corinthians. Em 1995, a “Independente”, do São Paulo, e a então “Mancha Verde”, do Palmeiras, foram extintas, mas voltaram a funcionar, anos depois, com seus atuais nomes.
Por Leonardo Dáglio
Violência no Futebol
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A violência no futebol não é um fenômeno intrínseco ao esporte, muito embora não sejam raros os exemplos de manifestações violentas em partidas nos campeonatos ao redor do globo.
Hoje em dia, por vezes, pode ser comum haver brigas e discussões em jogos de futebol (principalmente por parte da torcida).
Índice
- Hooligans no futebol
- Violência das torcidas organizadas brasileiras
- Dados
- Ver também
- Bibliografia
- Referências
- Ligações externas
Hooligans no Futebol

As palavras hooliganismo e hooligan começaram a ser associadas com a violência nos esportes, em especial a partir da década de 1960 no Reino Unido com o hooliganismo no futebol.
A maior demonstração de violência dos hooligans foi a tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, durante a final da Taça dos Campeões Europeus de 1985, entre o Liverpool da Inglaterra e a Juventus da Itália. Esse episódio resultou em 38 mortos e um número indeterminado de feridos. Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipes britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos.
Apesar da repressão muito forte a grupos hooligans, alguns fatos ainda ocorrem, como na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, em que ingleses e alemães promoveram quebra-quebra.[carece de fontes]
Violência das Torcidas Organizadas Brasileiras
Confusões premeditadas e brigas entre torcidas organizadas também são características do futebol brasileiro, apesar do termo hooliganismo raramente ser utilizado no Brasil.
Essas mesmas torcidas praticam numerosos atos de vandalismo tendo como principal alvo a torcida rival. Apesar dos números assustadores, esses casos são muito mais frequentes quando os jogos acontecem entre equipes da mesma cidade, principalmente em partidas de equipes das capitais estaduais.[carece de fontes]
Dentre as principais causas de brigas, estão, principalmente, a exacerbação das rivalidades entre as camadas menos favorecidas (formação de gangues nos bairros e aglomerados) com roupagem futebolística, e a cultura do medo entre essas mesmas camadas, que leva a uma postura intimidatória.[carece de fontes]
Um caso mais recente foi no jogo entre Corinthians vs. Vasco da Gama, válido pela Copa do Brasil de 2009, onde houve um ônibus queimado e um corintiano morto por espancamento.[carece de fontes]
Mas, no Brasil, o principal exemplo é quando se encontram a torcida da Mancha Verde (do Palmeiras) e a Gaviões da Fiel (do Corinthians). O clássico sempre chama uma atenção a mais e há vários casos de mortos em regiões mais distantes. Ultimamente, o futsal tem sido o maior alvo desses encontros, já que a polícia não dá as devidas atenções para o encontro dessas torcidas nesse esporte.[carece de fontes]
Dados comprovam que 50% das brigas provocadas por torcidas organizadas são dos times do estado de São Paulo. Atualmente, a torcida que mais lidera o ranking de violência no futebol é a Mancha Verde do Palmeiras, que, com a má campanha no Campeonato Brasileiro e com o rebaixamento, começou a liderar o ranking em apenas 2 meses, marca que nenhum time alcançou na história da violência no futebol.
Dados
De acordo com uma pesquisa realizada em 1994, o promotor de Justiça Fernando Capez apurou que 15% dos integrantes das torcidas organizadas tinham antecedentes criminais.[1] Segundo o sociólogo Maurício Murad, a porcentagem de torcedores violentos é de 5% a 7%[2] e é difícil calcular quantos são os "brigões" dentro das torcidas organizadas, pois o Governo Federal não tem os números de torcedores organizados no país.
Ver Também
- Firmas
- Hooligans
- Tragédia de Heysel
- Brigas no hóquei no gelo