Gametogênese, Fertilização e Desenvolvimento Embrionário: Perguntas e Respostas

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1) Quais células originam os gametas? E onde elas se encontram?

Células germinativas primordiais (PGCs) são encontradas até a quarta semana na parede do saco vitelínico e, a partir de então, iniciam a migração por movimento ameboide para a parede do tubo digestório. Do tubo digestivo, migram pelo mesentério do intestino até a parede dorsal do corpo. Na parede dorsal do corpo, essas células se estabelecem em ambos os lados da linha média. A maioria das PGCs povoam a região da parede que formarão as gônadas. As PGCs continuam a se multiplicar por mitose durante sua migração.

2) Por que as células progenitoras gaméticas precisam reduzir seu material genético?

Porque na meiose II, ambos os processos de gametogênese terminam em 4 células contendo metade do DNA da célula-mãe, haploides. Essas células haploides podem então amadurecer em gametas e fertilizar ou serem fertilizadas e formar um futuro embrião com 46 cromossomos, diploides.

3) Qual o processo celular que gera a redução do material genético?

Meiose

4) Qual a diferença de maturação dos gametas femininos em relação à maturação dos gametas masculinos?

Gametas masculinos – durante a maturação, o espermatócito I dá origem a quatro espermatozoides.

Gametas femininos – durante a maturação, o ovócito I sintetiza apenas um óvulo.

5) Quais são os hormônios necessários para iniciar o processo de gametogênese?

FSH e LH

6) Como é o ciclo hormonal feminino? O macho tem ciclo hormonal?

O ciclo menstrual dura cerca de 28 dias e é controlado pela secreção das gonadotrofinas (FSH e LH), secretadas pela hipófise, e do estrógeno e da progesterona, produzidos pelos ovários. O primeiro dia do ciclo corresponde ao primeiro dia da menstruação. Durante a menstruação, os níveis de hormônios sexuais no sangue estão baixos. Por volta do sexto dia, a hipófise volta a secretar uma maior quantidade do hormônio FSH. Portanto, nessa primeira fase da menstruação, a hipófise secreta o hormônio FSH, que irá estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos. Por sua vez, os folículos produzem o estrógeno, que estimula o crescimento das células da parede interna do útero, o endométrio, que se torna mais espesso e bem vascularizado. Estas são mudanças que preparam o útero para o caso da implantação de um embrião. A alta concentração de estrógeno no sangue estimula a secreção do hormônio luteinizante (LH). O LH induz a ovulação, que ocorre por volta do 14º dia do ciclo. Em seguida, o LH induz o rompimento do folículo ovariano e a consequente liberação do óvulo, além de levar ao desenvolvimento do corpo lúteo. O corpo lúteo produz a progesterona, que irá auxiliar na manutenção do endométrio até o final do ciclo menstrual. Por fim, caso não ocorra fecundação, a alta concentração de progesterona na corrente sanguínea passa a inibir, num processo chamado de feedback negativo, a produção de FSH e LH pela hipófise. Com isso, o corpo lúteo regride e as concentrações de progesterona e estrógeno diminuem. A queda nos níveis de estrógeno e progesterona faz com que as células endometriais se desprendam da parede uterina. Essas células são expulsas do corpo - juntamente com o sangue dos pequenos vasos que se rompem - através do canal vaginal, causando o sangramento característico da menstruação e fechando o ciclo.

O ciclo hormonal masculino consiste na liberação de GnRH pelo hipotálamo que estimula a hipófise a liberar FSH e LH. O FSH vai estimular as células de Sertoli a iniciar a espermatogênese, já o LH vai estimular as células de Leydig a secretarem testosterona que vai estimular o hipotálamo e continuar o ciclo, além de estimular o desenvolvimento de caracteres sexuais primários e secundários masculinos.

7) O que é foliculogênese?

A foliculogênese é o processo de formação, crescimento e maturação folicular, iniciando-se com a formação do folículo primordial e culminando com o estádio de folículo maturado.

8) Quais são as células de suporte masculinas e quais são as femininas?

Masculinas – Células de Sertoli; Femininas – Folículos ovarianos

9) Onde acontece a fertilização?

Na tuba uterina

10) Por que o espermatozoide precisa passar pelo processo de capacitação?

A capacitação caracteriza-se pela remoção ou modificação dos componentes da superfície do espermatozoide provocada por secreções do trato genital feminino, e aumento da permeabilidade da membrana a íons. Estes eventos desestabilizam a bicamada fosfolipídica desencadeando uma complexa reação chamada de reação acrossomal, permitindo o rompimento da membrana do óvulo (zona pelúcida) e a entrada do espermatozoide.

11) Onde na tuba uterina ocorre o processo de capacitação dos espermatozoides?

No istmo da tuba uterina

12) O ovócito secundário fica parado em que passo da meiose? Por que?

Na metáfase II. Porque para continuar a divisão, o ovócito precisa ser fecundado.

13) Como o espermatozoide consegue chegar até o ovócito II? E onde o ovócito II está?

O líquido seminal (composto por secreções da vesícula seminal, próstata e glândula bulbouretral, e que juntamente com os espermatozóides formam o sémen) além de ter um efeito protetor dos espermatozóides pelas suas características básicas, neutralizando assim as condições acídicas do útero é composto por nutrientes que dão energia aos espermatozóides. Além disso, durante a ovulação, a mulher produz um muco que facilita a mobilidade dos espermatozóides, e além disso, durante esta fase, o colo do útero está mais aberto permitindo assim a passagem de um maior número de espermatozóides. Ademais, o sptz possui flagelo, o qual auxilia em seus movimentos. O ovócito II encontra-se na ampola da tuba uterina.

14) Quando o ovócito secundário termina a sua meiose?

Somente caso haja fecundação pelo espermatozóide

15) Como ocorre a geração do zigoto?

Por meio da junção dos pró-nucleos. Quando próximo de um óvulo, o espermatozoide nada em direção a ele e o cerca, enfiando-se entre os espaços das células foliculares, até conseguir atingir a zona pelúcida, onde um dos componentes do envoltório ovular, a glicoproteína ZP3, se liga ao espermatozoide, induzindo o seu acrossoma a liberar as enzimas que facilitam a penetração do gameta no óvulo. A partir da ação da enzima contida no acrossoma, abre-se um canal na zona pelúcida por onde o espermatozoide entra, atingindo a membrana plasmática do óvulo.

16) Como acontece a inibição da polispermia?

O primeiro espermatozóide a penetrar na zona pelúcida se funde com a membrana do ovócito e induz a exocitose das enzimas contidas nos grânulos corticais, localizados logo abaixo da membrana plasmática, em um processo chamado de reação cortical. O conteúdo liberado dos grânulos corticais inativa uma das glicoproteínas constituintes da zona pelúcida, de modo que ela não pode mais ligar-se a membrana do espermatozóide. Há também a clivagem de outra glicoproteína, endurecendo a zona pelúcida de maneira que os espermatozóides não consigam penetrá-la. Juntas, estas alterações promovem a reação da zona resultando em um bloqueio à poliespermia.

17) Como o zigoto consegue chegar até o útero?

Pelas contrações musculares da tuba uterina e movimentos de cílios. Além disso, o zigoto sofre sucessivas divisões, formando blastômeros de tamanho aproximado. Antes de chegar ao útero, o zigoto sofre inúmeras divisões até se transformar em uma mórula com cerca de dezesseis blastômeros.

18) Qual a diferença entre o processo de clivagens e a mitose?

A clivagem são as sucessivas mitoses que acontecem no zigoto para o subdividir em células filhas, chamadas blastômeros, esse processo ocorre sem o crescimento celular. A mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula origina duas outras células filhas, todavia nesse processo ocorre o aumento do material celular para que se torne possível a divisão.

19) Por que existem diferentes tipos de clivagens?

Porque cada clivagem está associada a cada organismo, sendo esse padrão determinado por dois principais parâmetros: A quantidade e distribuição do vitelo no citoplasma, e fatores no citoplasma do embrião que influenciam no ângulo do fuso mitótico e no tempo da sua formação. Há dois tipos básicos de clivagem, que se distinguem devido a quantidade de vitelo do embrião e sua disposição (clivagem holoblástica e clivagem meroblástica)

20) Por que se forma a blastocele?

Porque ocorre a absorção de líquido e aumenta a pressão hidrostática formando uma cavidade dentro da mórula o que faz formar dois polos embrionários.

21) Por que o embrião eclode?

Para sair da proteção da zona pelúcida, e implantar-se no endométrio. Após a sua implantação, ocorrem uma série de processos como a formação dos anexos embrionários, o desenvolvimento de órgãos, dos sistemas de órgãos, dos membros superiores e inferiores, entre muitos outros

22) Onde o embrião nida?

Na parede uterina

23) Em qual estágio de desenvolvimento inicial ocorre a nidação?

Estágio chamado blastocisto. Caso a nidação seja bem sucedida, iniciará a gestação do embrião. Caso não seja bem sucedida, o blastocisto será eliminado na menstruação.

24) Como o embrião se implanta no endométrio?

No primeiro estágio, conhecido como implantação do óvulo, o novo embrião passa a ser denominado blastocisto e se une as paredes uterinas. Nesta etapa, o embrião possui em torno de 5 a 6 dias de vida; No segundo estágio, o óvulo transpassa a parede uterina para ficar protegido, aderindo-se ao endométrio (mucosa que reveste a parte interna do útero); No terceiro estágio, a fixação no útero é completa. O óvulo está situado na cavidade endometrial.

25) Por que o endométrio não descama no período de implantação?

Porque há produção de HCG pelas células do trofoblasto, mantendo o corpo lúteo durante o início da gestação e estimula a produção de esteroides. Com isso, impede-se que ocorra a perda do endométrio e haja o fim da gravidez. Sua produção começa no momento em que ocorre a implantação.

Os gêmeos dizigóticos ou bivitelinos são originados a partir da liberação de dois ovócitos no momento da ovulação. Nesse caso, por serem gerados de ovócitos e espermatozoides diferentes, apresentam pouca semelhança genética, apenas aquela que ocorre entre outros irmãos. Por essa razão, os gêmeos dizigóticos são chamados de fraternos.

A placenta dos gêmeos dizigóticos é separada. Todavia, algumas vezes, não é possível distingui-las facilmente em virtude da proximidade excessiva entre elas. A proximidade pode ser tão grande que a diferenciação só pode ser feita observando-se a região conhecida como zona T, onde é possível visualizar dois âmnios e dois córions. Diferentemente dos gêmeos monozigóticos, os gêmeos dizigóticos nem sempre apresentam o mesmo sexo.

A gestação de gêmeos dizigóticos é muito comum em tratamentos para infertilidade. Em razão da inserção de vários embriões no útero da mulher, pode ocorrer a fixação e desenvolvimento de mais de um bebê.

Existem ainda os gêmeos monozigóticos ou univitelinos, que se caracterizam principalmente pela semelhança entre os indivíduos. Esses gêmeos são formados a partir do mesmo zigoto, ou seja, após o processo de fertilização. Em virtude dessa característica, possuem o mesmo patrimônio genético, sendo considerados, portanto, idênticos.

Esses gêmeos obrigatoriamente são do mesmo sexo, diferentemente dos gêmeos dizigóticos. Vale destacar, no entanto, que algumas características, tais como as impressões digitais e outras características fenotípicas, não são idênticas nos gêmeos monozigóticos, pois são obtidas a partir da interação do genótipo com o meio.

Gêmeos dizigóticos compartilham alguma membrana extraembrionária?

Não, porque são indivíduos diferentes provenientes da fecundação de dois óvulos.

Qual estrutura os gêmeos monozigóticos compartilham?

Placenta e cavidade coriônica

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