A Gênese da Ciência Moderna: Experiencialismo e Copérnico

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Distinção entre Experiencialismo e Ciência Moderna

O experiencialismo é uma forma de sabedoria que se identifica com a vivência das coisas, mais próxima da constatação empírica dos sentidos e do bom senso do que da reflexão científica. Enquanto a Ciência Moderna defende um método científico, os resultados da observação e da vivência experiencial, para serem verdadeiros, têm de ser justificados pela reflexão teórica e matemática.

Foi no Renascimento que se produziram progressos nos domínios da álgebra e da geometria que favoreceram o raciocínio matemático. Fruto destes progressos e suporte de explicações científicas, o ser humano renascentista revelou uma mentalidade quantitativa – atitude que leva a dimensionar e a compreender todas as facetas da vida em termos de números e quantidades.

A Revolução Cosmológica Coperniciana e a Ciência Moderna

Através da combinação do cálculo matemático com a observação e o saber experimental, operou-se a chamada revolução das conceções cosmológicas que está na origem da Ciência Moderna.

Copérnico e o Heliocentrismo

Tudo começou com Nicolau Copérnico (Revolução Coperniciana), que se atreveu a contrariar a teoria geocêntrica de Ptolomeu, respeitada desde o século II. A Igreja defendia a teoria de Ptolomeu, argumentando que a Terra não se movia, pois a ideia de movimento terrestre contrariava uma passagem da Bíblia em que Deus «parava o Sol».

Copérnico criou uma nova teoria que expôs na sua obra, De Revolutionibus Orbium Coelestium. Nela, defendia que a Terra não era o centro do Universo, mas sim o Sol (Teoria Heliocêntrica). Todas as esferas celestes, incluindo a Terra, giram em volta do Sol, num movimento de translação, tal como giram em torno do próprio centro, num movimento de rotação. Apenas a Lua gira à volta da Terra. A sucessão dos dias e das noites e das estações do ano deve-se aos movimentos de rotação e translação da Terra. Quanto ao movimento aparente das estrelas, Copérnico explica-o como sendo o resultado da projeção na abóbada celeste do movimento da Terra.

O Desenvolvimento da Teoria

As repercussões culturais das conclusões de Copérnico não foram sentidas de imediato, visto ter morrido pouco tempo depois. Contudo, outros sábios, com as suas teorias explicativas e os seus dados experimentais, prosseguiram o caminho iniciado por Copérnico, abalando o universo geocêntrico de Ptolomeu e a doutrina da Igreja. No espaço de um século, a revolução das conceções cosmológicas recebeu um grande impulso, com os contributos de:

  • Giordano Bruno: Defende a teoria de um mundo infinito.
  • Tycho Brahe e Johannes Kepler.
  • Galileu Galilei: Comprova, finalmente, a Teoria Heliocêntrica de Copérnico.

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