Genética Comportamental: Genes e Ambiente
Classificado em Psicologia e Sociologia
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Em 2001, foi concluído o mapeamento completo da sequência do Genoma Humano. Esse marco científico impulsionou a genética comportamental, um ramo atual da Psicologia que busca explicar nosso comportamento estudando a composição genética individual e como os genes regulam a atividade cerebral. Isso destacou a grande importância da hereditariedade no comportamento.
Verificou-se também que o ambiente é crucial, pois a expressão desses genes pode ou não ocorrer dependendo do contexto em que a pessoa vive. No início do século XXI, pesquisas sobre a influência dos genes em nosso comportamento buscaram entender as percentagens de "natureza" (genética) e "criação" (ambiente) que moldam o comportamento, especialmente na infância. Após analisar milhares de amostras e resultados empíricos de pesquisas globais, chegou-se a três conclusões principais:
- Traços comportamentais humanos são herdáveis. Nossa atitude perante o mundo, talento e temperamento têm componentes hereditários, mas seu desenvolvimento depende de nós e do ambiente.
- A influência do ambiente familiar compartilhado (educação comum aos irmãos) na formação da personalidade é menor do que a influência dos genes. Em termos de cultura, valores e habilidades sociais, o grupo de pares pode ter um peso maior que a família.
- Metade da variação em muitos traços psicológicos (cerca de 50%) não é explicada pela genética nem pela influência do ambiente familiar compartilhado.
Estes resultados geraram debate devido à importância atribuída aos genes. Sabemos que fatores genéticos influenciam significativamente o comportamento, mas também que o ambiente único em que cada pessoa se desenvolve e suas experiências de vida são determinantes. Além disso, devemos considerar o papel de fatores não compartilhados e do acaso na formação cerebral e em características que, involuntariamente, moldam nosso comportamento.