Gestão do Conhecimento: Uma Abordagem Crítica
Classificado em Psicologia e Sociologia
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O texto “A gestão do conhecimento como técnica de controle: uma abordagem crítica da conversão do conhecimento tácito em explícito”, publicado em 2008 pelos Cadernos Ebape, aborda de forma crítica a gestão do conhecimento e sua utilização como tecnologia de gestão.
Estrutura do Trabalho
Neste trabalho, dividido em 5 seções:
- Introdução
- Descrição da origem e dos conceitos e gestão do conhecimento
- Origem e conceitos em estudos críticos em administração
- Abordagem crítica da gestão do conhecimento
- Considerações finais
Análise Crítica da Gestão do Conhecimento
Os autores, Ricardo Roberto Behr e Schleiden Pinheiro Nascimento, expõem o cerne conceitual da gestão do conhecimento, dando ênfase em estudos críticos em administração, trazendo à tona o questionamento a respeito da dominação e fiscalização do trabalhador pela conversão do conhecimento tácito em explícito.
Correspondente às rápidas e constantes mudanças de mercado, diversas organizações têm se preocupado em sistematizar e racionalizar suas técnicas de gestão de processos produtivos. Com o propósito de galgar vantagens competitivas sustentáveis, a estratégia tem sido tornar suas estruturas e sistemas mais produtivos, de maneira que respondam rapidamente às exigências do mercado, por meio do melhoramento de processos de criação, assimilação e disseminação do conhecimento.
Questionando o Modelo Cartesiano
No entanto, este modelo de abordagem de gestão, denominada “cartesiana”, prioriza o uso de formas e ferramentas que visam a eficácia e produtividade organizacionais e privilegiam princípios de inteligência competitiva, inovação, gestão de competências e aprendizagem organizacional e, portanto, direcionam a uma abordagem superficial dos indivíduos nele inseridos e consiste em uma abordagem organizacional-funcionalista.
Teoria Crítica em Administração
Por outro lado, a teoria crítica em administração, objeto de estudo deste trabalho, mostra um cunho sociológico-crítico e prioriza o ponto de vista da emancipação do indivíduo a partir da gestão do conhecimento. Esta teoria destaca os particularidades de dominação e monitorar da conversão do conhecimento tácito em explícito.
Conhecimento Tácito vs. Explícito
A conversão do conhecimento tácito em explícito seria, no entanto, uma forma de controlar o trabalhador, tornando-o mais sujeito às diretrizes formais da organização e pressionando-o a transmitir seus conhecimentos tácitos. Ao transmiti-los, se tornaria substituível por um trabalhador menos experiente com salário menor.
Segundos os autores, esta nova abordagem usada hoje em dia pelas empresas exerce comando subjetivo sobre os trabalhadores, uma vez que envolve seus desejos e expectativas e necessidades de pertencimento a um grupo e a uma sensação de realização pessoal, o que pode permitir um fiscalização deste indivíduo de forma não explícita.