Gestão de Custos e Formação de Preços
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O Mercado na Formação do Preço
O mercado desempenha um papel crucial na formação do preço. Isso não quer dizer que sua empresa não possa definir preços diferenciados, em função de sua maior especialização, qualificação e percepção do consumidor de que seu produto ou atendimento são especiais!
Ciclo de Vida do Produto
O ciclo de vida do produto é composto por quatro fases:
- Introdução: Alto investimento, baixas vendas, altos preços e retorno negativo.
- Desenvolvimento: Investimentos moderados, vendas crescentes, preços altos e retorno crescente.
- Maturidade: Investimentos baixos, vendas altas, preços médios e retorno elevado.
- Declínio: Investimento zero, queda nas vendas, preços baixos e retorno mínimo.
Curva da Demanda
A curva da demanda mostra a quantidade de um produto que os consumidores irão comprar por diferentes preços. Espera-se uma relação inversa entre quantidade e preço, então esta curva possui inclinação negativa.
Teoria da Firma
A teoria da firma supõe que o objetivo final da empresa seja obter o maior lucro possível. A teoria é adequada, porém há gerentes cuja meta é a maximização de lucro. A curva de demanda da empresa limita qual pode ser o preço. Assim, ao determinar a quantidade que deseja vender, a empresa simultaneamente determina o preço que pode cobrar a partir da sua curva de demanda.
Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita ressalta como as forças do mercado dão forma e restringem o comportamento da empresa e interagem com as decisões da empresa para determinar a lucratividade. A teoria lida com um ambiente de concorrência severo: um setor industrial com muitas empresas produzindo produtos idênticos (de modo que os consumidores escolhem entre as empresas somente com base no preço) e em que as empresas podem entrar ou sair do setor industrial à vontade.
Fronteiras Horizontais da Empresa
Economia de Escala
O processo de produção para um bem ou serviço específico mostra as economias de escala em uma faixa de produção quando o custo médio (isto é, custo por unidade de produção) sofre queda nessa faixa. Para o custo médio (AC) diminuir à medida que a produção aumenta, o custo marginal (MC) isto é, custo da última unidade produzida deve ser menor do que o custo médio geral.
De forma análoga, ocorrem quando o custo total de uma firma para produzir um determinado produto/serviço é menor do que o somatório do custo total de duas ou mais firmas para produzirem este mesmo produto/serviço.
Economia de Escopo
Existem economias de escopo se a empresa conseguir fazer economias à medida que aumenta a variedade de bens produzidos ou serviços prestados. Enquanto as economias de escala são normalmente definidas em termos de funções de custo médio em declínio, as economias de escopo são normalmente definidas em termos de custo total relativo de produção de uma variedade de bens e serviços considerados em conjunto em uma empresa versus separadamente em duas ou mais empresas.
Economias de escopo: ocorrem quando o custo total de uma firma para produzir conjuntamente, pelo menos dois produtos/serviços, é menor do que o custo de duas ou mais firmas produzirem separadamente estes mesmos produtos/serviços, a preços dados de insumos. De forma similar às economias de escala, as economias de escopo podem também ser entendidas como reduções nos custos médios derivadas da produção conjunta de bens distintos, a preços dados de insumos.
Sistema de Custos
1) É necessário que se comece com rotinas e formulários simples e com números que no início sejam fáceis de se obter.
2) O treinamento é obrigatório no sentido de se conseguir gradualmente a melhoria da qualidade das informações levantadas.
3) No período em que se faz o desenho e se define o Sistema, é preciso lembrar que o planejamento deve ser implantado de maneira progressiva.
Qualificações Físicas
Uma necessidade básica para uma boa contabilidade de custos é a existência de quantificações físicas para todos os valores monetários. Pouco vai adiantar saber que o consumo de tinta passou de 600.000 para 800.000 se não existirem paralelamente informações sobre volume físico e consumido e produção realizada.
1) Uma das grandes utilidades dos sistemas de custos é exatamente a sistematização criada para o registro de volumes físicos consumidos e fabricados.
2) A contabilidade financeira costuma trabalhar só com valores monetários, mas a de Custos, apesar de poder também fazê-lo, tem sua utilidade duplicada ou triplicada com a utilização desses dados de natureza não monetária.
3) Nem sempre, é economicamente viável o levantamento de certos dados físicos.
Reação ao Sistema de Custos
A primeira reação é a sensação de estar sendo iniciada uma era de controle, e toda pessoa que sempre trabalhou sem sentir formalmente essa “fiscalização” tem uma natural predisposição contrária.
Burocracia que remete a ações, de medo do controle, de medo do papel e até de dificuldade de preenchê-lo, podendo acabar por criar um clima de resistência à implantação do Sistema de Custos.
A pior forma de reação é a “passiva” – aquela que sempre se caracteriza pela atitude da pessoa de dizer “vou ajudá-lo”, “vou preencher amanhã mesmo”.
Custo do Sistema e seu Benefício
Cada informação provoca um gasto (nenhuma é gratuita) e pode trazer um benefício. A informação é generosamente cara. Por outro lado, a utilidade das primeiras informações é bastante grande, pois elas representam algo onde antes nada havia. A implantação de um sistema de custos – e de sistemas de informações em geral deve ser vista como um projeto; e como tal, precisa ter a sua viabilidade econômica aprovada.
Escolha do Sistema de Custos
Para escolher qual sistema mais adequado, se só Real, ou Real com Padrão, se por Absorção ou Variável, é necessário começar pelo fim. A primeira pergunta é: Para que se quer o sistema? É para controle, para fornecimento rápido de informações para fins de decisões rotineiras e intempestivas, para decisões que não demandam tanta rapidez de dados ou ainda para simples avaliações de estoques a ajudar a Contabilidade Financeira em sua tarefa de apuração de estoques e resultados?
Implantação Gradativa do Sistema de Custos
Importação do sistema de custos: consiste na utilização de sistemas já utilizados em outras empresas, em matrizes ou em concorrentes quer na mesma região quer em outros países.
Problema de Inflação
Com base nas grandes variações do poder de compra da moeda, atenção especial precisa ser dada na implantação de sistema de custos, à moeda base de registro.
Roteiro para Implantação de um Sistema de Apuração de Custos da Produção
Conhecimento da empresa no modo geral -> Conhecimento dos produtos e do sistema de produção -> Definição dos Centros de custos -> Conhecimento dos componentes do custo da produção -> Identificação dos custos diretos e indiretos -> Identificação dos custos mais importantes -> Definição dos critérios de rateio e de direcionadores de custos -> definição dos apontamentos da produção -> definição do controle dos estoques e método de avaliação -> definição dos formulários do sistema -> definição da contabilização dos sistemas -> Definição dos relatórios de controle gerencial -> deficiências de um sistema de apuração de custos.
Relatórios Gerenciais
As informações geradas pelo sistema devem:
- Ser contidas num sistema de relatórios periódicos definido;
- Ser estratificadas para cada nível de cargo com poderes de decisão;
- Ter a profundidade de detalhe que cada um desses níveis requer;
- Ser oportunas, antecipando-se ao momento em que as decisões devem ser tomadas;
- Ser econômicas, isto é, não ter um custo de apuração superior às eventuais perdas que sua falta possa acarretar.
Esquematização do Sistema de Relatórios Gerenciais
1) Situar adequadamente o subsistema contábil dentro do sistema global de informações.
2) Verificar com os responsáveis pelos vários departamentos quais as informações que eles necessitam para desempenhar suas funções e sistematizar a coleta, o registro, o tratamento e a apresentação dessas informações, como saídas normais e periódicas do subsistema contábil financeiro.
3) Adaptar o grau de complexidade e a periodicidade do relatório ao ambiente e estilo da organização, no sentido de adequá-lo à expectativa dos gerentes e demais usuários.
4) Apresentar as informações e dados da maneira mais simples possível, mesmo quando o assunto reportado for complexo. Utilizar as adequadas técnicas para uma fácil visualização e entendimento do relatório.
5) Evitar a linguagem e os termos técnicos contábeis. Os demais executivos podem não ser versados em contabilidade. No entanto, isso não pode representar, em hipótese alguma, obstáculos para o pleno entendimento dos relatórios produzidos pela Controladoria.
6) Consultar os especialistas no caso de necessidade de conhecimentos técnicos e científicos que fogem ao campo do conhecimento do contador. Pode haver situações que exigem a elaboração de complexos modelos estatísticos ou matemáticos para o entendimento do problema, quando então torna-se imprescindível a assessoria de especialistas para a elaboração dos relatórios conclusivos.
7) Conhecer as limitações do sistema de informação contábil, considerando sempre o fato de que muitos fatores e eventos importantes para a organização não são passíveis de mensuração monetária.