Gestão e Desenvolvimento de Destinos Turísticos: Vetores e Ciclo de Vida
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Vetores de Desenvolvimento do Destino Turístico
1. Infraestrutura
Infraestrutura Básica
- Rede de águas;
- Rede de saneamento;
- Rede de eletrificação;
- Rede de infraestruturas tecnológicas.
Infraestrutura Específica
- Localização, acesso a redes e conectividade;
- Gostos e preferências dos turistas;
- Ordenamento do território e planeamento.
2. Competitividade
Produtividade das empresas:
- Objetivos estratégicos de longo prazo;
- Novas tecnologias;
- Melhoria organizacional das empresas;
- Integração de produtos.
3. Integração Económica e Social
Adicionar valor sobre os recursos (Análise de Impactos):
- Impactos diretos;
- Impactos indiretos;
- Impactos induzidos;
- Efeito multiplicador;
- Efeito leakage (capitais estrangeiros);
- Integração e coesão social.
4. Integração Ambiental
O tipo de relação do turismo com o ambiente é vital para o desenvolvimento turístico. Os turistas são cada vez mais cultos e inteligentes, e têm preocupações ambientais crescentes.
- Crescimento dos segmentos: “Turismo de Natureza”, “Ecoturismo” e “Turismo Alternativo”;
- A qualidade do ambiente, da paisagem e a preservação dos recursos naturais constituem vantagens comparativas importantes entre os vários destinos.
Recursos e Ambiente
- Recursos Ambientais: Atrações naturais.
- Ambiente Construído: Equipamentos e infraestruturas.
Ciclo de Vida do Destino Turístico (CVD)
- Exploração
- O destino não existe e os turistas começam a procurar novos locais.
- Envolvimento
- Começa a surgir a atividade turística numa determinada zona.
- Desenvolvimento
- Crescimento da oferta e da procura.
- Consolidação
- O destino começa a estabelecer-se perante o mercado.
- Estagnação
- Atinge-se o máximo de capacidade.
- Rejuvenescimento e Declínio
- Rejuvenescimento: Consiste na tentativa de alteração do produto, podendo iniciar um novo ciclo com aumento do número de turistas.
- Declínio: Acontece quando não se consegue nem a renovação, nem a manutenção do número de turistas. Neste caso, os recursos (ex.: alojamento) são reconvertidos para outros fins.
Análise e Monitorização do Declínio dos Destinos
As entidades gestoras devem monitorizar o desempenho dos destinos. Após a fase de estagnação do ciclo de vida, segue-se a fase do declínio. O declínio caracteriza-se por um destino com tradição na prestação de serviços que evidencia uma ou mais tendências negativas.
As tendências negativas podem ser antecipadas se houver atenção a um conjunto de sinais que podem emergir. É crucial monitorizar e usar instrumentos de avaliação para detetar tendências negativas e corrigi-las.
Fatores que Contribuem para o Declínio
Fatores Externos
Causas em relação às quais não é possível exercer qualquer tipo de controlo:
- Eventos incontroláveis (guerras, epidemias, sismos);
- Emergência de destinos concorrentes (outros destinos atraem os turistas);
- Publicidade negativa sobre o destino;
- Falhas na comunicação da imagem do destino.
Fatores Internos
- Obsolescência do produto em relação aos requisitos da procura (disparidade entre o produto oferecido e o procurado);
- Deterioração e degradação do espaço físico e do ambiente;
- Congestionamento: o destino atingiu o seu limite em termos de capacidade de carga (saturação de pessoas).