Gestão de Destinos Turísticos: Conceitos e Estratégias

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Tema 1: Conceitos Básicos

  • O que é um destino turístico?
  • Fatores influenciadores do desenvolvimento de um destino (push e pull)
  • Ciclo de vida do destino turístico
  • Vocação estratégica dos territórios

Tema 2: Desafios da Gestão dos Destinos e suas Tipologias

  • Destinos em áreas urbanas
  • Destinos em áreas naturais
  • Destinos em áreas rurais
  • Destinos em áreas costeiras
  • Destinos em áreas insulares
  • Os resorts
  • Os parques temáticos e a sua relação com os destinos

Tema 3: Gestão Integrada do Destino Turístico

  • Conceito de gestão integrada no destino turístico
  • Os intervenientes
  • O papel das comunidades
  • Os modelos de gestão
  • As parcerias

Tema 4: Alterações Turísticas

  • Tipos e características
  • Mitos do turismo
  • Desafios na gestão das atrações

Tema 5: Fatores-Chave para a Competitividade dos Destinos Turísticos

  • Que fatores?
  • Certificação dos destinos turísticos e monitorização
  • Modelos de competitividade

Porquê a Gestão dos Destinos Turísticos?

Exemplos de Casos Críticos:

  • Artigo Telegraph → Terrorismo
  • Anatolyan Sky — Falência após atentado no aeroporto Ataturk
  • Massificação de ócio e turismo em Barcelona
  • Gerês — Desaparecimento da turista francesa

Qual a Chave de Sucesso de um Destino Turístico?

  • A simples oferta de recursos, sem serviços, é suficiente para se ter um destino?
  • Quais são os elementos que devem integrar um destino turístico?
  • Como se provoca o desejo de alguém nos visitar enquanto destino turístico?
  • Como se provoca a vontade de permanecer mais do que o tempo necessário num destino turístico?
  • Como conseguimos ter um destino com vida própria?

Aula 3: Quais os Tipos de Destino Turístico?

Origem → Trânsito → Destino

Tipos de destino:

  • Quando os turistas chegam intencionalmente ao destino
  • Quando os visitantes são residentes na própria cidade
  • Quando acidentalmente encontram o destino
  • As capitais como Paris
  • As pequenas cidades históricas circundadas de muralhas
  • As grandes cidades históricas
  • As áreas urbanas
  • Cidades costeiras
  • Cidades industriais
  • Os núcleos de fins turísticos específicos
  • Os complexos de fins turísticos específicos
  • Os núcleos de fins turísticos específicos (Repetição)
  • Os complexos recreativos
  • As cidades de arte e cultura
  • As zonas de montanha e aldeias

O turista quer: EMOÇÃO + DIVERSÃO + EXPERIÊNCIAS

È Cada vez mais difícil nos destinos contentores.

Qual a Chave de Sucesso para um Destino Turístico?

Como definimos um destino turístico?

“É um território com uma marca, um preço e, por isso, um lugar no mercado, onde se mantém um fluxo de visitantes e turistas suficientemente numerosos para converter esta atividade numa das bases da economia. É um produto que conjuga: recursos, naturais ou artificiais com serviços.”

O turismo é um negócio.

Quais os Objetivos Mínimos para um Destino?

  • Obter um volume mínimo de visitantes adequado ao tipo de turismo pretendido
  • Pode ser turismo de massas ou sustentado (menos de 158 dormidas/km²)
  • Qual o fator que nos torna diferentes?

Qual a Cadeia Turística do Passado?

  • Advising tourist on product contract → Transport in the destination → Providing accommodation, food.. → Organise event experience → Transport form the destination
  • Travel Agent → Company → Hotel, Restaurant → Site operator, cultural group → Transport Company
  • ← Tour operator
  • ← Tourism authority

New Value Network

  • Work abroad
  • Visas
  • Cafes
  • Airlines
  • Budget hotels
  • Guide books
  • Hostels
  • Food
  • Web access
  • Education
  • Cultural sites
  • Local community

Exemplo: Caminho de Santiago

PATRIMÓNIO

CLASSIFICAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS

European Institute of Routes

Por sexo, motivo de peregrinação, por caminho realizado

Xacobeco Galícia

Por meio de transporte utilizado, idade

Questões Importantes Decorrentes no Caminho de Santiago

  • Persistência para a organização da oferta
  • Necessidade de tempo para a consolidação do produto turístico
  • Relevância do trabalho em rede
  • Essencial um bom modelo de gestão turística que responda à procura
  • Produto com qualidade e elemento diferenciador
  • Boa estruturação de um plano de ação contínuo e sempre em evolução
  • Certificação
  • Oferta de uma experiência única sem ser um parque de diversões

Aula 5: Tipos de Destino

Em função do objetivo da viagem:

  • Destinos finais: objetivos da viagem
  • Destinos de trânsito: aqueles por que temos que passar
  • Destinos regionais: de proximidade

Em função do critério de procura:

  • Destino único: é o único objetivo de viagem
  • Destino de base: daqui parte-se para outras visitas
  • Destino num circuito: de estadias curtas
  • Em percursos temáticos: cidades com relação temática, que ganham pelo conjunto

Rotas Turísticas

  • Douro religioso guia
  • Rota do Vinho do Porto
  • Douro Wine Tourism
  • Transromânica

Tipos de Destino e Competitividade (Teoria dos 6 A)

Como assegurar que um destino é competitivo e que tem o que precisa para se desenvolver?

  • Atrações
  • Acessibilidades
  • Amenities/ Serviços
  • Atividades
  • Auxiliares
  • Available packages (Pacotes Disponíveis)

Estudos de Caso e Reativação

  • Bilbao: Que história turística?
  • Barcelona: Que mudança?
  • Marbella: Evolução ou Involução?
    • É preciso reativar permanentemente os destinos turísticos ou a sua procura;
    • É importante explorar novos produtos e serviços;
    • É essencial satisfazer os desejos e necessidades dos nossos parceiros e clientes.
  • Ericeira: Evolução ou Involução?
    • Que tipo de produto?
    • Que investimentos se realizaram?
    • Que impacto teve na notoriedade do destino?
  • Ruhr, Alemanha

A Evolução do Destino Exige:

  • Trabalho articulado entre agentes
  • Visão estratégica: para onde queremos ir? Qual a nossa visão e missão?
  • Quem são os intervenientes e qual o seu nível de empenho?
  • Como se consegue complementar todo o sistema turístico?
  • Como convenço o turista a optar por outros produtos que não aquele que era o seu preferido?

Qual a Fórmula de Êxito de um Destino Turístico?

Destino turístico = Imagem + Notoriedade / Produto adaptado ao mercado

Como se Cria um Destino Turístico?

  1. Definição do produto
  2. Análise do mercado
  3. Análise interna
  4. Análise dos elementos que constituem o produto
  5. Definição dos objetivos
  6. Posicionamento no mercado
  7. Política de marketing
  8. Organização interna do Destino Turístico

Ciclo de Vida dos Destinos Turísticos

  • Destino turístico é uma área geográfica fortemente dependente da receita turística
  • Um destino é um grupo de produtos e não um único produto
  • Tal como os produtos, os destinos têm ciclos de vida

4 Grandes Fases:

  • Descobrimento
  • Controle total
  • Institucionalização
  • Estagnação, renovação ou declínio

Fases Detalhadas:

  1. Descobrimento/Exploração
  2. Descobrimento/Envolvimento
  3. Envolvimento/Desenvolvimento
  4. Institucionalização/Estagnação
  5. Estagnação/Estagnação, renovação, declínio

Fase 1: Moçambique (Exploração e Envolvimento Inicial)

Exploração:

  • Introdução de produto turístico
  • Número reduzido de turistas presente

Envolvimento:

  • Envolvimento reduzido da população
  • Começa a aumentar o número de visitantes
  • Começam a surgir os primeiros impactos

Fase 2: Açores e Cabo Verde

  • Envolvimento reduzido da população
  • Começa a aumentar o número de visitantes
  • Começam a surgir os primeiros impactos

Fase 3: Ericeira (Desenvolvimento)

  • Necessária a intervenção com políticas públicas para assegurar o desenvolvimento de forma sustentada

Fase 4: Lisboa e Grécia (Institucionalização)

  • Continua a aumentar o número de visitantes
  • Entrada das grandes empresas nacionais e internacionais
  • Agentes locais continuam a ter um papel importante

Fase 5: Barcelona (Estagnação)

  • Ponto crítico — necessário tomar decisões críticas
  • Atingiu-se o número máximo de visitantes
  • Visitantes atraídos por notoriedade e serviços disponíveis
  • É necessário promover
  • Adaptação de produtos e de mercados

Fase 5: Marbella e Viana (Declínio ou Rejuvenescimento)

  • Diminuição dos visitantes
  • Baixa do segmento do mercado
  • Reforço da promoção para captação do mercado
  • Declínio ou rejuvenescimento?

Comunidades Locais e o Ciclo de Vida

  • Euforia: Visitantes bem-vindos e pouco planeamento
  • Apatia: Visitantes são garantidos, formalização da oferta
  • Cansaço: Começa a haver menor tolerância. Saturação está próxima.
  • Antagonismo: Demonstração clara de desconforto

Como Avaliar o Impacto do Turismo

  • Evolução do número de visitantes
  • Evolução do número de dormidas
  • Receitas geradas
  • Empregos criados
  • Questionários à população local
  • Análise de comunicação
  • Redes Sociais

Aula 7: Pull Factors — Elementos que Formam o Produto-Destino

ELEMENTOS TANGÍVEIS

ELEMENTOS INTANGÍVEIS

Património

Hospitalidade e cortesia

Infraestruturas

Cordialidade e calor humano

Superestruturas

Ambientes e costumes

Tudo o que é objetivo

Tudo o que é subjetivo

Pull Factors:

  • Recursos: Avaliar o seu real interesse. Não sobrevalorizar o potencial.
  • Entorno: Criar capacidade efetiva de atração.
  • População Local: O seu perfil pode ter forte impacto.
  • Animação e Ambiente: Destinos animados e alegres, adequados a cada época.
  • Diversão: Que a tranquilidade não seja um aborrecimento. Adequado a cada segmento. Programação cultural pensada para o turista.
  • Estruturas de Acolhimento e Alojamento:
    • *Atenção ao que realmente influencia a opção do turista
    • *Atenção ao investimento realizado
  • Transportes: Pensar na mobilidade turística interna. Urbanos e outros. Articulação com equipamentos e serviços turísticos. Ex: Getbus

È Ciclovias: desenho do traçado — relação com oferta

È Teleféricos: Importância na ligação cidade/monte; aumento de permanência

Imagem do Destino

  • Turista avalia o benefício que o destino lhe criou
  • Avalia em função do tempo e do dinheiro
  • Destinos com boa imagem partem em vantagem na conquista do consumidor e do operador turístico.

Aula 8: Estrutura e Reengenharia do Destino Turístico

Estrutura do Destino Turístico:

  • Núcleo (os recursos)
  • Os serviços (parte tangível)
  • Valor acrescentado (parte intangível)

4 Importantes Eixos de Desenvolvimento do Destino:

  1. Definição clara do elemento de atração de resposta
  2. O património/recursos disponíveis
  3. Segmento de marca pretendido
  4. A envolvente social do destino, e outros costumes

Tipos de Turismo e Destinos: Cultural e Criativo

  1. Flexibilidade de horários e dias adequados para a visita
  2. Visibilidade e acessibilidade: sinalização, informação.
  3. Capacidade de alojamento: capacidade de acolhimento de visitantes
  4. Informação e hospitalidade: dispositivos de informação
  5. Serviços complementares/conexos: lojas, cafetarias
  6. Recordações e souvenirs: essencial para os turistas
  7. Animação turística: guias, visitas guiadas regulares e com preços
  8. Preço: como oferta que é, deve ter um preço claro para consumo

Como Comercializar um Destino de Turismo Cultural

  1. Definição de preço: diferente para públicos diferentes
  2. Colaborar com concorrentes/parceiros: oferta integrada
  3. Eliminar uma oferta rígida: aproveitar todas as oportunidades de mudança de oferta cultural (aproveitar ligações a grandes eventos)
  4. Programação cultural: diferentes públicos, não elitista
  5. Preparação antecipada: programar pelo menos 6 meses antes

Erros a Evitar

  1. Tempo errado: necessário tempo entre o anúncio e a realização; datas
  2. Propostas atrativas: boas ideias divulgadas a todo o público
  3. Pensar nos serviços complementares: ter capacidade de resposta
  4. Ser aceite pelo mercado: falta de comunicação
  5. Demasiado focados em segmentos
  6. Promover preços, política comercial
  7. Não apostar apenas no turismo cultural
  8. Apostar no turismo de festivais
  9. Não ter uma visão conservadora sobre o que é património cultural

Quais são os Recursos Turísticos Culturais?

Locais religiosos

Festivais e feiras

Arquivos, bibliotecas

Galerias de arte

Museus

Artes tradicionais

Design, moda e publicidade

Audiovisuais, multimédia e áudio

Teatros

Valores linguísticos, etnológicos e etnográficos

Artes plásticas

Artes performativas e concertos

Livros

Monumentos

Locais culturais

Exemplos: Rock in Rio, Vodafone Paredes de Coura, Salzbour Festival

Dark Tourism

É viajar para locais de morte, desastres ou macabros.

  • Implica a visita a museus, locais, centros de interpretação relacionados com a morte ou tragédia.
  • Está associado a um desejo, necessidade, de encontros simbólicos pela morte.
  • Acarreta novos comportamentos para o turista
  • Traz novos desafios para a interpretação e gestão dos locais

*Ver estes locais como fonte de negócio é de alta sensibilidade.

Enquadramento:

  • Peregrinações: Início associadas muitas vezes a desastres, tragédias, cultos…
  • Poder dos media atuais geram fluxos para locais pouco relevantes turisticamente
  • Situa-se num horizonte temporal com referência ao início do século XX.
  • Manter a referência à tragédia como motivo de atração turística.
  • Por vezes locais de visita não estão no sítio que serve de base ao tema.
  • Tem que manter evidências do motivo base da viagem.

Aula 9: Turismo Urbano

  • Indústria que envolve diversas atividades e produtos colocados no mercado
  • Destinado a um público com diversas motivações, preferências e perspetivas
  • Diálogo com as comunidades locais com consequências para todos
  • Por norma implica diversidade de oferta e subprodutos
  • Implica o uso de tudo pelos turistas, mas também de nada em exclusivo
  • Turismo urbano tem que se contextualizar na estrutura urbana que o acolhe.

Características da Procura:

  • Famílias ou casais, classe média alta, profissionais liberais
  • Seletiva: usa parte da cidade
  • Rapidez no consumo: diminuição do tempo médio da estadia
  • Não repete: reduzida fidelização da procura
  • Caprichosos: acompanham a evolução das tendências
  • Interessados no contacto com a comunidade local

Urban Tourism:

  • É cada vez mais popular
  • Pequena estadia: máx. 3 dias
  • Destino: 3h voo
  • Produto turístico complementar às férias
  • Adaptado para o alvo de clientes da Roménia
  • Ligado a eventos especiais (festival, expo)

Principais Tendências:

Cidades funcionais, alegres, sustentáveis

Cidades diferenciadas, agenda de eventos, espaço urbano é um palco

Encontro e interação com locais

Desenvolvimento de redes locais para permitir que seja possível

Descentralização das áreas turísticas

Procura de locais fora dos locais turísticos, novas formas de visita (industrial, áreas naturais, étnico)

Novas Estratégias e Instrumentos de Marketing

  • TIC para Promoção e Informação:
    • Guias multimédia
    • Realidade aumentada
  • Informação Grátis e Sempre Disponível (Antes, Durante e Após):
    • Acesso wi-fi
    • Redes móveis/mobile websites
  • Web 2.0:
    • Conteúdos gerados por utilizadores finais
    • Social network
  • Influência Many to Many:
    • Instituições
    • Privados
    • Clientes
    • População Local
    • Amigos e comunidades
  • Marketing Territorial:
    • Mistura turismo, residencial e económico na promoção
    • Promoção internacional baseada no local

Como Estratégia de Desenvolvimento

  • Turismo setor prioritário de investimento
  • Eventos culturais e profissionais e congressos com prioridades
  • Apostar na maior ligação entre turismo e outros setores de atividade
  • Promoção territorial das cidades baseada em argumentos turísticos
  • Promoção territorial baseada em argumentos turísticos (Repetição)
  • Apostar em qualidade de informação e produtos originais
  • A forma como estruturamos os produtos turísticos é cada vez mais importante (ex. TIC nos museus, tours de descoberta, realidade virtual)
  • Eventos importantes para animar a cidade, mostrar o património

Aula 10: Tipos de Turismo

  • Turismo cultural
  • Turismo em áreas protegidas
  • Turismo de resorts
  • Turismo em zonas de montanha

Turismo em Espaço Rural (Não é Turismo de Interior)

  • Multiplicidade de produtos turísticos
  • Necessidade de oferecer atividades e não mera contemplação
  • Tendência para aumentar a exigência dos clientes
  • Não se deve restringir ao turismo residencial e alojamentos turísticos
  • Muito importante manter a atividade agrícola no local
  • Em Portugal devidamente legislado o tipo de alojamento
  • Necessidade de oferta de programas integrados — Turihab
  • Sistema de certificação de qualidade

Riscos para os Territórios

  • Perder a identidade, cultura e paisagem
  • Aumento de preços praticados, criando dificuldades para a população local
  • Excessiva padronização dos serviços e produtos
  • Não dispor de atrações turísticas suficientes
  • Aborrecimento do cliente por falta de atividades e serviços
  • Excessiva profissionalização dos agricultores, perda de autenticidade

Ecovias e Gestão do Destino Turístico

  • Turismo Natureza — Rural
  • As redes de ecovias e o modelo de gestão de um destino turístico

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