Gestão e Organização: Teorias e Estratégias

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Conceito (Departamentalização)

Para suprir as exigências internas e externas, cada organização desenvolve um tipo de desenho departamental. O desenho departamental constitui uma característica fundamental da estrutura de uma organização, partindo do princípio da divisão do trabalho, na especialização horizontal, que consiste em escolher modalidades para obter homogeneidade nas tarefas e atividades em cada órgão, agrupando os componentes da organização em unidades organizacionais como departamentos, divisões ou equipes.

  • Abordagem Funcional: É a organização que cria departamentos formados por pessoas especialistas em uma determinada função.
  • Abordagem Divisional: É a organização que cria departamentos formados por um agrupamento de divisões separadas, autossuficientes para produzir um produto ou serviço, ou parte dele, de acordo com os resultados organizacionais.
  • Abordagem Matricial: É a combinação simultânea de dois tipos de departamentalização, a funcional e a divisional, na mesma estrutura organizacional.
  • Abordagem de Equipe: É a organização que cria equipes multifuncionais ou permanentes para cumprir tarefas específicas e coordenar grandes departamentos.
  • Abordagem de Redes: É a organização que se torna um pequeno centro intermediário, conectado eletronicamente, que desempenha funções vitais da organização. É o mais recente tipo de departamentalização.
  • Cada abordagem departamental tem uma finalidade distinta para a organização, sendo que a diferença entre cada tipo de abordagem é a maneira como as atividades são agrupadas e a quem as pessoas se subordinam.

Organização Linha-Staff

A organização linha-staff é, segundo Chiavenato (2004), o resultado da combinação dos tipos de organização linear e funcional, ou seja, constituída pela combinação de características dos tipos de organização linear e funcional, criada com o intuito de unir as vantagens desses estilos organizacionais.

Hierarquia de Necessidades de Maslow

A hierarquia de necessidades de Maslow, também conhecida como pirâmide de Maslow, é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização.

Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritas na pirâmide:

  • Necessidades fisiológicas (básicas): tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção e o abrigo.
  • Necessidades de segurança: que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança, como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida.
  • Necessidades sociais (ou de amor, afeto e afeição): sentimentos como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube.
  • Necessidades de estima: que passam por duas vertentes: o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros em relação à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos.
  • Necessidades de auto-realização: em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser: "What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!" (Tradução: "O que os humanos podem ser, eles devem ser: Eles devem ser verdadeiros com a sua própria natureza").

Teoria X

"O trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas."

Nesta teoria, chamada por McGregor de “Hipótese da mediocridade das massas”, parte-se do pressuposto de que os trabalhadores possuem uma aversão nata à responsabilidade e às tarefas do trabalho, necessitando sempre de ordens superiores para render alguma coisa no trabalho. Essas ordens vêm sempre acompanhadas de punição, elogios, dinheiro, coação etc.; artifícios utilizados pelos gestores para tentar gerar um empenho maior do colaborador.

McGregor acreditava que as necessidades de ordem inferior dominavam as pessoas nesta Teoria. Assim, as organizações precisavam colocar a ênfase de sua gestão na satisfação dos fatores higiênicos dos trabalhadores, estudados na Teoria dos Dois Fatores de Herzberg.

Os princípios básicos da Teoria X são:

  1. Um indivíduo comum, em situações comuns, evitará sempre que possível o trabalho.
  2. Alguns indivíduos só trabalham sob forte pressão. Eles precisam ser forçados, controlados e, às vezes, ameaçados com punições severas para que se esforcem em cumprir os objetivos estabelecidos pela organização.
  3. O ser humano ordinário é preguiçoso e prefere ser dirigido, evita as responsabilidades, tem ambições e, acima de tudo, deseja sua própria segurança.

Teoria Y

"O trabalho é tão natural como o lazer, se as condições forem favoráveis."

Nesta teoria, a coisa muda de figura. Aqui os trabalhadores são encarados como pessoas altamente competentes, responsáveis e criativas, que gostam de trabalhar e o fazem como diversão. Sendo necessário que as empresas proporcionem meios para que essas pessoas possam dar o seu melhor, com mais desafios, participações e influências na tomada de decisão. McGregor acreditava que as necessidades de ordem superior dominavam as pessoas nesta Teoria.

Os princípios básicos da Teoria Y são:

  1. O esforço físico e mental empregado no trabalho é tão natural quanto o empregado em momentos de lazer.
  2. O atingimento dos objetivos da organização está ligado às recompensas associadas e não ao controle rígido e às punições.
  3. O indivíduo comum não só aceita a responsabilidade do trabalho, como também as procura.
  4. Os indivíduos são criativos e inventivos e buscam sempre a solução para os problemas da empresa.
  5. Os trabalhadores têm a capacidade de se autogerirem nas tarefas que visam atingir objetivos pessoais e estratégicos da organização, sem a necessidade de ameaças ou punições.
  6. O trabalhador normalmente não faz aquilo em que não acredita. Por isso, exige cada vez mais benefícios para compensar o incômodo de desempenhar uma função desagradável.

Desta forma, podemos perceber que na Teoria X o indivíduo é motivado pelo menor esforço, demandando um acompanhamento por parte do líder. Já na Teoria Y, as pessoas são motivadas pelo máximo esforço, demandando uma participação maior nas decisões e negociações inerentes ao seu trabalho.

Assim, finalizamos nosso post sobre as Teorias X e Y de Douglas McGregor. E aí, em qual destas duas teorias você se enquadra? E as pessoas que trabalham com você? Conte-nos sua experiência, comente, participe!

Teoria de Sistemas, Cibernética, Entropia e Homeostasia

A teoria de sistemas estuda, de modo interdisciplinar, a organização abstrata de fenômenos, independentemente de sua formação e configuração presente. Investiga todos os princípios comuns a todas as entidades complexas e modelos que podem ser utilizados para a sua descrição.

Cibernética é uma tentativa de compreender a comunicação e o controle de máquinas, seres vivos e grupos sociais por meio de analogias com as máquinas eletrônicas (homeostatos, servomecanismos etc.).

A entropia (do grego εντροπία, entropía), unidade [J/K] (joules por kelvin), é uma grandeza termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um sistema, encontrando-se geralmente associada ao que denomina-se por "desordem", não em senso comum, de um sistema termodinâmico. Em acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente convertido em calor, e por tal em energia térmica, mas energia térmica não pode ser completamente convertida em trabalho. Com a entropia, procura-se mensurar a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em transformações termodinâmicas à dada temperatura.

Homeostasia (ou homeostase) é a propriedade de um sistema aberto, em seres vivos especialmente, que tem a função de regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação inter-relacionados.

Planejamento Estratégico

1. Definir: Visão e Missão do Negócio

Visão: É a direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Deve refletir as aspirações da empresa e suas crenças.

Fórmula base para definição da visão: Verbo em perspectiva futura + objetivos desafiadores + até quando.

Missão: A declaração de missão da empresa deve refletir a razão de ser da empresa, qual o seu propósito e o que a empresa faz.

Fórmula base para definição da Missão: Fazer o quê + Para quem (qual o público?) + De que forma.

2. Analisar o Ambiente Externo

Uma vez declarada a visão e missão da empresa, seus dirigentes devem conhecer as partes do ambiente que precisam monitorar para atingir suas metas. É preciso analisar as forças macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os atores microambientais (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que afetam sua habilidade de obter lucro.

Oportunidades: Um importante propósito da análise ambiental é identificar novas oportunidades de marketing e mercado.

Ameaças: Ameaça ambiental é um desafio decorrente de uma tendência desfavorável que levaria à deterioração das vendas ou lucro.

3. Analisar o Ambiente Interno

Você saberia dizer quais são as qualidades e o que pode ou deve ser melhorado na sua empresa? Esses são os pontos fortes/forças e fracos/fraquezas do seu negócio.

4. Analisar a Situação Atual

Depois de identificados os pontos fortes e pontos fracos e analisadas as oportunidades e ameaças, pode-se obter a matriz FOFA (fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças) ou SWOT (strengths, weaknesses, opportunities e threats). Inclua os pontos fortes e fracos de sua empresa, juntamente com as oportunidades e ameaças do setor, em cada uma das quatro caixas.

5. Definir Objetivos e Metas

São elementos que identificam de forma clara e precisa o que a empresa deseja e pretende alcançar. A partir dos objetivos e de todos os dados levantados acima, são definidas as metas.

As metas existem para monitorar o progresso da empresa. Para cada meta existe normalmente um plano operacional, que é o conjunto de ações necessárias para atingi-la. Toda meta, ao ser definida, deve conter a unidade de medida e onde se pretende chegar.

6. Formular e Implementar a Estratégia

Até aqui, você definiu a missão e visão do seu negócio e definiu metas e objetivos visando atender sua missão em direção à visão declarada. Agora, é necessário definir-se um plano para se atingir as metas estabelecidas, ou seja, a empresa precisa de uma formulação de estratégias para serem implantadas.

Após o desenvolvimento das principais estratégias da empresa, deve-se adotar programas de apoio detalhados com responsáveis, áreas envolvidas, recursos e prazos definidos.

7. Gerar Feedback e Controlar

À medida que implementa sua estratégia, a empresa precisa rastrear os resultados e monitorar os novos desenvolvimentos nos ambientes interno e externo. Alguns ambientes mantêm-se estáveis de um ano para outro. O ideal é estar sempre atento à realização das metas e estratégias, para que sua empresa possa melhorar a cada dia.

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