Gestão e Planejamento em Saúde

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AULA 1 – PLANEJAMENTO EM SAÚDE

PLANEJAMENTO PESSOAL

Baseado em sentimentos, crenças e valores

PLANEJAMENTO PARA AÇÃO COLETIVA

Necessário para melhor realizar o trabalho e explicitar os objetivos compartilhados (Planejamento = ação social)

Contribuição de Carlos Matus para o Planejamento Situacional

- Planejamento e ação são inseparáveis

Contribuição de Mário Testa para o Pensamento Estratégico

- Planejamento não é apenas um método, mas sim, um processo social. Não há um único método para compreender as necessidades e práticas de saúde

- Engaja-se em projetos de planejamento em saúde significa fazer opções explícitas de enfrentamento de interesses

PLANEJAMENTO EM SAÚDE. POR QUE PLANEJAR?

  • Qualificar o processo de trabalho
  • Atuar com maior capacidade de corresponsabilização
  • Transformar os modelos de gestão no SUS
  • Empoderamento dos profissionais

Como justificar a relevância de discutir planejamento como ferramenta para viabilizar processos de gestão da mudança?

Ø Devido à falta de capacitação dos gerentes e gestores

Ø Administração leiga dos processos de gestão

Ø E a predominância de elementos de administração clássica

CONCEPÇÕES E PLANEJAMENTO

# TRADICIONAL – caráter Normativo

# ESTRATÉGICO – caráter de Interatividade e Cogestão

1 - Visão Normativa (Taylor Fayol)

1 - Visão Estratégica

2 - Base Funcionalista Unidimensional

2 - Base Construcionista

3 - Um planeja (dono da verdade) e os outros executam

3 - Vários planejam, (várias verdades) e executam

4 - HD por constatações objetivas

4 - HD por constatações objetivas e subjetivas

5 - Ilusão de que todas variáveis são controláveis

5 - Não há uma única estratégia para resolver o problema

AÇÕES SISTEMÁTICAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

PLANEJAMENTO

Não se trata apenas de decisões para o futuro, mas questiona o futuro das nossas decisões

Planejar gera novos processos de trabalho

Pois, auxilia a repensar a estrutura organizacional e os processos da administração e assistência

Culminando em Processos de mudança

Auxiliando ainda na sistematização da linha de ação do que se tem a alcançar

E gerando também novos processos de aprendizagem

Que não se limitam as questões cotidianas

Repercutindo na qualidade das ações de atenção, educação e gestão

Auxiliando para que se tenha elementos que meçam os resultados

É POSSÍVEL FAZER GESTÃO SEM PLANEJAMENTO?

- SIM! Pode-se obter um produto positivo, mesmo que não se tenha uma visão ideal de planejamento

- Não é raro encontrarmos no setor da saúde pessoas que fazem o papel de "gerentes eficientes", mas cujo objetivo é "apagar incêndios" e "fazer a máquina funcionar"

3 EQUÍVOCOS (ERROS) COMUNS SOBRE O CONCEITO E PRÁTICA DE PLANEJAMENTO

Ø Planejar é uma coisa, fazer é outra

Ø O planejamento é obra de pura técnica

Ø O planejamento engessa a organização

A “rotinização” dificulta o bom planejamento e condena dirigentes e funcionários à mediocridade

Planejar não é predizer o futuro, é uma estratégia que amplia as opções para que as intervenções sejam mais eficientes

DIAGNÓSTICO

É o MARCO ZERO do planejamento e compromete toda a execução. Nele se faz a identificação e escolha do modelo apropriado de planejamento (normativo ou estratégico)

Faz-se;

  • Levantamento de dados
  • Consulta documental
  • Entrevistas e pesquisas de opinião
  • Relatórios das atividades
  • Mapa de saúde

Diagnóstico Situacional à Radiografia no momento presente

Diagnóstico Processual à Observa-se diferentes momentos

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Uma das causas mais comuns do fracasso do planejamento é a “falta de um conjunto de objetivos claramente definidos”. Esses objetivos consistem em;

· Consolidar, Implementar, Buscar, Estabelecer e Melhorar estratégicas em saúde

OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Ø Objetivos Institucionais (missão)

Objetivos gerais ou da organização (missão) em desenvolver a saúde a longo prazo (objetivo concreto)

Ø Objetivos Operacionais (por eixos)

Objetivos setoriais, programáticos (com linhas de ação e atividades a médio e curto prazo)

Ø Metas

Objetivos mensuráveis, quantificados cronologicamente e localizados. Tendo diagnóstico bem definido (Plano Operacional)

PLANO DE AÇÃO

1) O que fazer ---> Ação

2) Quem faz ---> Responsável pela ação

3) Quando fazer ---> Prazo

4) Como será feito ---> Técnicas

5) Meta a ser atingida ---> Indicador

PROCESSO DE PLANEJAMENTO

  • Identificar problemas (atuais e futuros), assim como os fatores que contribuem para a situação observada
  • Identificar e definir prioridades de intervenção
  • Definir estratégias para solução de problemas
  • Definir os responsáveis pelas ações
  • Avaliar e monitorar a ação de modo, observando os resultados esperados

AULA 2 – ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA DO SUS

GESTÃO PÚBLICA E GESTÃO PRIVADA

GESTÃO PÚBLICA

GESTÃO PRIVADA

- Com foco na qualidade de vida do cidadão

- Respeito ao dinheiro público

- Permitido fazer o que a lei autoriza

- Foco no lucro

- Objetivo único de prosperidade do negócio

- Permitido fazer tudo que a lei não proíbe

PRINCÍPIOS DA GESTÃO PÚBLICA

  • Legalidade
  • Separação entre poderes
  • Centralidade dos direitos individuais e sociais
  • Participação social na governança das instituições
  • Funcionamento em Rede (Parceria com a sociedade civil)

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA obedecerá aos seguintes princípios

A administração pública brasileira, direta e indireta, seja a nível federal, estadual ou municipal obedecerá aos princípios de;

  • Legalidade
  • Impessoalidade
  • Moralidade
  • Publicidade
  • Eficiência

EFICIÊNCIA X EFICÁCIA X EFETIVIDADE

São definições que permitem, cada uma da sua forma, estabelecer correções nos rumos dos processos de trabalho

  • Eficiência

Refere-se a produzir o máximo de resultado, com o mínimo de recursos

  • Eficácia

Alcançar a meta proposta no tempo mínimo

  • Efetividade

É a relação entre resultados e objetivos

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

FREDERICK TAYLOR

HENRY FORD

JULES FAYOL

Eixo central

Disciplina aliada ao controle

Poder centralizado

Organograma vertical

Lógica de trabalho fragmentado Separação entre quem formula e executa

Utilizou a Teoria de Taylor, e acrescentou;

- Preocupação com o mercado,

- Introduziu a linha de produção,

- Técnicas de controle- seleção,

- Treinamento,

- Dinâmica de grupo

- Reconheceu a emoção no trabalho

Administração Clássica

- Entendia a empresa como um todo

- Administração de cima para baixo

- Divisão do trabalho: especializada

- Disciplina: expectativas claras e punições

- Hierarquia: cadeia de comando

- Identificou as principais funções da humanidade (POCCC)

POCCC: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar

BLOCOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (professor sugeriu cobrar apenas bloco 3)

BLOCO 1 - PLANEJAMENTO

BLOCO 2 - EXECUÇÃO

BLOCO 3 - RESULTADOS

BLOCO 4 - INFORMAÇÃO

Governança

- Autoridade, controle, gerenciamento e poder de governo

- Implementação de políticas públicas, técnica, financeira e gerencial

Estratégia e Planos

- Formulação e implementação da estratégia

Público Alvo

- Relacionamento Órgão/Entidade x Sociedade

Interesse Público e Cidadania

- Interesse público ao regime administrativo

Pessoas

- Sistemas de trabalho estruturados

- Dimensionamento da força de trabalho, capacitações, planos e cargos

Processos

- Atendimento ao público

- Gestão financeira, de suprimentos e de patrimônio público

- Apoio logístico

- Gestão orientada para resultados

- Poderosa ferramenta de monitoramento das ações dos governos

Avaliar Resultados

- Respeitando as dimensões de Eficiência, Eficácia e Efetividade

- Permitindo estabelecer correções nos rumos dos processos de trabalho

Gerar informações

- Para complementar e aprimorar os processos de gestão pública

GESTÃO COLEGIADA

Conceito

Método de gestão que assegura o objetivo primário das instituições de saúde

Objetivo

Produzir saúde, e ao mesmo tempo, permitir aos trabalhadores a ampliar sua capacidade de reflexão e cogestão, os estimulando a atingir a realização profissional

GESTÃO CLÁSSICA (administrativa)

GESTÃO COLEGIADA (gerir e gerar)

- Produtividade

- Subjetividade

- Fragmentação do processo de trabalho

- Apropriação do processo de trabalho

- Hierarquização

- Colegiados de gestão

- Mecanismos de controle e disciplina

- Processo de educação permanente

- Mecanicismo

- Autonomia e reflexão

- Verticalização do poder

- Horizontalização do poder

Para pensar: Quais são as influências da gestão clássica e gestão colegiada na organização do SUS segundo a experiência de vocês?

AULA 3 – GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DA SAÚDE

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (Século XX)

GESTÃO DE PESSOAS (Século XXI)

- Autocrático

- Atividade estratégica

- Centralizado

- Trabalho em equipe

- Hierarquizado

- Parceria na gestão participativa

- Burocrático e Operacional

- Cumpre-se metas e alcança-se resultados

- Foco no processo

- Foco nos usuários

IMPORTÂNCIA DO SETOR DE SERVIÇOS

Ø É o setor de maior participação no PIB dos países desenvolvidos e em desenvolvimento

Ø É o que mais emprega mão-de-obra

Ø Representa 55% da produção e emprego, ou seja, da economia brasileira

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE GESTÃO DE PESSOAS: como gerir um funcionário

  • Socialize-o
  • Treine-o e desenvolva-o
  • Reconheça-o e valorize seu trabalho
  • Faça-o responsável pelos frutos
  • Trate-o com respeito e educação
  • Faça-o se sentir parte do grupo
  • Dê-lhe oportunidade de crescer
  • Avalie-o com justiça

GRANDE DESAFIO DOS GESTORES NA ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAS NA ÁREA DA SAÚDE

Fazer com que os servidores atuem sob a lógica da gestão empreendedora, ao invés de Sob a lógica administrativa voltada para processos

QUEM SÃO OS GESTORES DE PESSOAS?

São todos os diretores, gerentes e chefes de todas as áreas. Enfim, são todos ocupantes de cargos de chefia

OS GESTORES DEVEM: características necessárias a um bom gestor

  • Ser especialista em comunicação, motivação e liderança
  • Facilitar o desenvolvimento das pessoas e funcionários
  • Facilitar o surgimento de “talentos”

GRANDE DESAFIO DOS GESTORES NA ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAS NA ÁREA DA SAÚDE

Fazer com que os servidores atuem sob a lógica da gestão empreendedora, ao invés de sob a lógica voltada para a administração de processos

AÇÕES ESTRUTURANTES – 3 Ações estruturantes com alto poder de resultado

  • Planejamento de pessoal
  • Desenvolvimento de lideranças
  • Gestão de pessoas baseada em competências

CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NO PERFIL DO SERVIDOR DA ÁREA DE SAÚDE

o Foco no cidadão como premissa de sua atuação resultados

o Desenvolvimento responsável e ético de suas atividades, sendo eficaz e organizado no atendimento aos cidadãos

o Capacidade de atuação baseada nos princípios da gestão empreendedora

o Capacidade de realização de tarefas através de procedimentos de trabalho que incorporem inovações tecnológicas

o Capacidade de trabalhar em rede

o Capacidade para atuar de forma flexível

MELHOR DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA - Se dá pela TEORIA do CHÁ

1) Atitude – é o querer fazer

2) Conhecimento – é o saber fazer

3) Habilidade – é o poder fazer

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS: O que seria necessário para se desenvolver as competências?

Ø Visão sistêmica

Ø Trabalho em equipe

Ø Planejamento

Ø Capacidade empreendedora, de adaptação e flexibilidade

Ø Cultura da qualidade

Ø Criatividade, comunicação, liderança, iniciativa e dinamismo

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