Gestão da Produção: Desperdícios, Controle e Sequenciamento

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Os 3 Desperdícios da Produção Enxuta (Muda)

  • Desperdício de Superprodução: Provém de problemas e restrições do processo produtivo, tais como altos tempos de preparação de equipamentos, induzindo à produção de grandes lotes; incerteza da ocorrência de problemas de qualidade e confiabilidade de equipamentos, levando a produzir mais do que o necessário, entre outros.
  • Desperdício de Produzir Produtos Defeituosos: Significa desperdiçar materiais, disponibilidade de mão de obra, disponibilidade de equipamentos, movimentação de materiais defeituosos, armazenagem de materiais defeituosos, inspeção de produtos, entre outros.
  • Desperdício de Estoque: Significa desperdício de investimento e espaço. A redução deve ser feita através da eliminação das causas geradoras da necessidade de manter estoques. Eliminando-se todos os outros desperdícios, reduz-se, por consequência, os desperdícios de estoque. Isto pode ser feito reduzindo-se os tempos de preparação de máquinas e os lead times de produção, sincronizando-se os fluxos de trabalho, reduzindo-se as flutuações de demanda, tornando as máquinas confiáveis e garantindo a qualidade dos processos.

Tipos de Cartas de Controle

As cartas de controle podem ser usadas para monitorar ou avaliar um processo. Existem basicamente dois tipos:

  • Para Dados do Tipo Variáveis: (Ex.: diâmetro, comprimento). Representam a aplicação típica do Controle Estatístico do Processo (CEP), no qual os processos e seus resultados se caracterizam pelas medições das variáveis.
  • Para Dados do Tipo Atributos: (Ex.: passa/não passa, aceitável/não aceitável). Atributos são características que podem assumir apenas dois valores.

Limites de Controle e Atuação no Processo Produtivo

Os limites de controle de um processo são balizadores que informam se o mesmo está sob controle estatístico ou não. Eles são escolhidos de forma que, se o processo está sob controle estatístico, quase todos os pontos coletados terão seus valores entre o Limite de Controle Superior (LCS) e o Limite de Controle Inferior (LCI).

Enquanto os pontos apresentarem esse comportamento, o processo será considerado sob controle, dispensando qualquer ação corretiva. Se os pontos começarem a sair fora desses limites, será uma evidência de que o processo está saindo de controle, sendo necessário um estudo das causas dessa variação e, provavelmente, ações corretivas terão de ser tomadas.

Os limites são calculados para mostrar a extensão na qual as médias e amplitudes dos subgrupos iriam variar se apenas causas comuns de variação estivessem atuando. Eles são baseados no tamanho da amostra do subgrupo e na quantidade da variabilidade dentro dos subgrupos refletidos nas amplitudes.

Tipos de Sequenciamento e Regras de Prioridade

Sequenciamento é a atribuição ótima no tempo de recursos escassos (máquinas) a atividades designadas por tarefas, sujeita às restrições básicas de que em qualquer instante nenhuma máquina processa mais do que uma tarefa e nenhuma tarefa é processada por mais do que uma máquina.

Tipos Principais de Sequenciamento:

  • Sequenciamento Forward (Para Frente): Tem início logo que se conhecem os pedidos. Pode dar origem a grandes estoques de produto acabado.
  • Sequenciamento Backward (Para Trás): Inicia-se a partir da data devida da última operação e utiliza-se da lógica MRP (Material Requirements Planning).

Regras de Prioridade Comuns:

  • FIFO (First In - First Out)
  • EDD (Earliest Due Date)
  • LS (Least Slack): Slack = (Data Devida - Tempo de Processamento em Falta)
  • SPT (Shortest Processing Time)
  • LPT (Longest Processing Time)
  • Prioridades
  • Ordem Aleatória
  • Quociente Crítico (CR)

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