Gestão de Projetos de Animação, Risco e Logística

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OTET: Critérios e Métodos para Projetos de Animação

O Projeto de Animação

Os projetos de animação deverão criar uma atmosfera que proporcione ao cliente um ambiente de bem-estar, oferecendo diversas possibilidades de diversão, distração, satisfação da curiosidade e descoberta das particularidades do local onde se encontra.

Características Essenciais dos Projetos de Animação:

  • Flexíveis e abertos a alternativas propostas;
  • Diversificados, visando a satisfação dos diferentes públicos;
  • Cativantes, visando o ritmo e a anulação de tempos mortos;
  • Adequados ao público, recursos e equipamentos;
  • Complementares, visando a sua harmonia.

Questões Fundamentais na Elaboração do Projeto:

A elaboração do projeto importa responder a algumas questões fundamentais:

  • Para quem? (Quem é o público-alvo a que se vai dirigir a animação?)
  • Para satisfazer que necessidades? (Quais as necessidades do cliente-alvo?)
  • Que ocupação de espaço? (m², acessibilidades, características geográficas)
  • Que equipamentos? (Fazer lista de todos os equipamentos necessários para o evento)
  • Quem envolver? (Pessoas que vão estar envolvidas: monitores, forças de segurança, bombeiros, etc.)

Estudos de Mercado e Recursos Disponíveis

Algumas das respostas às questões anteriormente colocadas podem ser obtidas através da realização de Estudos de Mercado:

  • Que imagem temos junto do nosso mercado-alvo?
  • Características socioeconómicas desses mercados;
  • Qual o espectro etário dos mesmos?
  • Que fatores motivam a deslocação/viagem?
  • Como se vão deslocar até ao local de destino?
  • Que fatores desmotivam os mesmos?
  • Que expectativas se encontram realmente satisfeitas?
  • Que expectativas podem ainda ser aperfeiçoadas?
  • Que apetências inovadoras e diferenciadas poderão ser potenciadas?
  • Quais as expectativas inerentes à viagem?

É ideal a ótima utilização do já disponível. Para tal, temos de considerar:

  • Atrativos naturais: O que é que o local dispõe em termos de recursos naturais (praias, barragens, montanhas, etc.)?
  • Atrativos de caráter cultural: Monumentos, ruínas, tradições, etc.
  • Facilidades: Transportes, serviços públicos, de saúde, etc.
  • Equipamentos e serviços diversos: Disponíveis ou fáceis de alugar.
  • Recursos técnicos: Se a região tem, por exemplo, monitores de escalada ou eletricistas, técnicos de som.
  • Recursos financeiros: Orçamentos, patrocínios, subsídios, etc.
  • População local: Se poderão ser envolvidos na animação como colaboradores logísticos.


Planeamento e Coordenação da Animação Turística

A Prática da Animação: 6 Questões Fundamentais

No campo da ação, a prática da animação exige a resposta a 6 questões fundamentais:

  • Pessoas: Destinatários dos programas/atividades;
  • Lugares: Âmbito espacial onde se realizam as atividades;
  • Tempo: Âmbito temporal (hora, dia, período do dia, vários dias);
  • Atividades: Definição das atividades que servem de suporte aos programas;
  • Métodos: Procedimentos e técnicas a utilizar para a organização e realização de atividades;
  • Meios técnicos: Recursos utilizados (materiais e financeiros).

Elaboração de um Projeto de Animação: 9 Questões

A elaboração de um projeto de animação deve responder às seguintes questões:

  • O Quê? – Qual a natureza do projeto, o que se pretende fazer;
  • Por Quê? – Origem do projeto – natureza do projeto, que atividades foram escolhidas;
  • Para Quê? – Objetivo;
  • Quanto? – Metas;
  • Onde? – Localização física do projeto;
  • Como? – Atividades, tarefas e metodologia;
  • Quando? – Calendarização/cronograma;
  • A Quem? – Destinatários;
  • Com o quê? – Recursos materiais e financeiros.

Fatores que Contribuem para o Desenvolvimento da Animação Turística

  • Capacidade atrativa dos recursos naturais e culturais;
  • Alteração do conceito de férias para férias cativas;
  • Papel importante na realização, satisfação e desenvolvimento sociocultural dos turistas.

Técnicas de Administração e Coordenação da Animação

Planeamento

  • Contrato de Prestação de Serviços de Organização (modelo padrão, pormenores importantes, remunerações);
  • Estudos de Mercado (propostas para a temática, sugestões de data e local, perfil dos participantes, potencial de realização, objetivos e metas);
  • Calendário de Eventos da Cidade (aspetos da infraestrutura, iniciativas similares, capacidade hoteleira);
  • Previsão Orçamental (receitas, despesas, resultado);
  • Cronograma de Desembolsos (investimentos iniciais);
  • Tipos de eventos e terminologia (congresso, seminário, simpósio ou outro);
  • Iniciativas integradas (exposição paralela, visitas técnicas, workshops e cursos);
  • Esboço do Programa (científico, académico, técnico, social, turístico);
  • Cronograma de Atividades (tarefas e providências, responsáveis e prazos);
  • Relacionamento "cliente e organizador" - Comissões de Suporte (organizadora, executiva, técnica e outras);
  • Apoio Institucional (entidades de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, órgãos governamentais, associações, sindicatos, autarquias, etc.);
  • Patrocínios, subvenções e permutas (iniciativa privada, fornecedores da área, publicações especializadas, órgãos públicos);
  • Programação Visual (logótipo oficial, imagem gráfica).

Organização

  • Programa Técnico e Científico: Comissões específicas, critérios de seleção de palestras, normas de publicação de textos, planos de dias e horários e formatação final;
  • Meios e Formas de Divulgação: Folhetos e impressos, assessoria de divulgação, Internet – sítio oficial, plano de media (convencionais e alternativas);
  • Sistemas informatizados: Gestão, administração, credenciação e outros;
  • Aspetos Jurídicos: Marcas e patentes, contratos e acordos;
  • Locais de Inscrições: Secretaria executiva, secretarias regionais, sítio oficial;
  • Gestão e Administração: Serviços de terceiros, propostas e orçamentos, contratos em geral, previsão orçamental;
  • Textos e Correspondência: Padronização, objetividade, apresentação gráfica, prazos para respostas;
  • Patrocínios, Subvenções e Permutas (fase 2): Projetos e propostas especiais, visitas, reuniões e acompanhamento, formalização de contratos, contrapartidas;
  • Local do Evento: Ordem de serviços, de suporte e logística;
  • Pessoal de Apoio: Rececionistas, coordenadoras, operadores, locutor oficial, mestre de cerimónia, fotógrafo, seguranças, empregadas de limpeza, mensageiros e outros (com propostas, contratação, treino, encargos sociais e de trabalho);
  • Material dos Participantes: Crachá e pasta de trabalho, bloco de anotações, caneta e formulário para perguntas, programa oficial, lembranças e brindes, certificado, atestado para carga horária, manual de orientação;
  • Iniciativas Integradas: Estruturação, programa de atividades, conferencistas, infraestrutura, divulgação, inscrições, suporte e logística;
  • Material de Secretaria: Consumo, permanente, máquinas e equipamentos (computadores, aparelhos de fax, copiadoras, rádios para intercomunicação);
  • Conferencistas: Manual de orientação, formulários padronizados para currículo, resumo do trabalho e material de suporte, mapa de localização, inscrição de cortesia;
  • Serviços de Apoio aos Participantes: Hospedagem, transporte, agência de turismo oficial;
  • Sessões Solenes: Abertura, encerramento (convites, confirmações, cerimonial e protocolo);
  • Suporte e Logística: Welcome-desk, sinalização, decoração, serviço médico, fotografia, filmagem, serviços públicos (policiamento, trânsito, linha de autocarros extra).

Exposição Paralela

  • Planta do local;
  • Montagem oficial dos pavilhões;
  • Folheto promocional específico;
  • Regulamento geral e manual do expositor;
  • Cocktail de lançamento;
  • Comercialização de pavilhões;
  • Equipa de vendas;
  • Projetos de energia elétrica;
  • Taxas da Câmara Municipal;
  • Avaliação do Corpo de Bombeiros;
  • Seguro de responsabilidade civil dos visitantes;
  • Importação temporária de equipamentos e produtos;
  • Cronograma de montagem, realização e desmontagem;
  • Esquema de visitas (divulgação e convites);
  • Serviços de suporte para expositores, montagem e fornecedores (credenciação, alimentação, carga e descarga de materiais, segurança, limpeza, salas para reuniões de negócios, estacionamento privativo ou cartões de desconto, depósito de mercadorias);
  • Atendimento a visitantes (credenciação específica, balcão de informações, catálogo oficial, pontos multimédia, bengaleiro);
  • Aspetos genéricos (sinalética, decoração e jardinagem, central de recados, visitas de inspeção de fiscais);
  • Supervisão e acompanhamento integral.

Realização:

  • Entrega de Material (crachás, pastas de trabalho, programa oficial, manual de orientação);
  • Controlo e Supervisão das Atividades e Horários e Acompanhamento dos Serviços de Terceiros, do Centro de Convenções e do Atendimento Geral (participantes, autoridades, imprensa, convidados especiais, conferencistas, salas e auditórios);
  • Assessoria aos Membros das Comissões - Confeção e Distribuição (listagem dos inscritos, certificados, formulários de avaliação).


Gestão de Riscos e Qualidade na Animação

3. Gestão Legal e de Riscos

Qualidade na Animação: 10 Etapas

  1. Implementação de normas de qualidade;
  2. Maior envolvimento das pessoas que fazem parte da equipa de animação, na decisão do evento ou na concretização da ideia;
  3. Conhecimento profundo das necessidades do público-alvo;
  4. Maior atenção aos não utilizadores do evento Animação;
  5. Um maior empenho nos processos e nas técnicas de Marketing;
  6. Escutar o Feedback do cliente;
  7. Análise mais profunda dos hábitos dos públicos – como e por onde circulam, participam e se relacionam com as equipas de animação;
  8. Maior sofisticação na conceção do serviço a fornecer (programa de animação);
  9. Tecnologia aliada ao evento;
  10. Formação e nível de serviço das pessoas envolvidas no programa de animação.

Conceitos e Definições do Risco

Risco é qualquer situação que pode afetar a capacidade de atingir objetivos. Assim, torna-se inerente a qualquer atividade, decisão e até à própria vida pessoal, profissional e de qualquer entidade viva. Os riscos podem ser divididos entre aqueles que têm origem interna (e que, em geral, a empresa pode adotar medidas para geri-los) e aqueles de origem externa (na qual a empresa, geralmente, não tem controlo).

Identificação dos Riscos

A base de qualquer gestão de riscos está subordinada à correta identificação dos riscos inerentes à organização, visando à deteção, correção ou prevenção de situações irregulares que possam comprometer as metas e objetivos da empresa, bem como das incertezas empresariais, com a implantação de medidas essenciais de combate e controlo aos riscos e ameaças existentes. Em todo esse processo, o objetivo é estabelecer o menor grau de risco para a empresa.

Tipos de Riscos

Alguns dos principais riscos relacionados com a organização:

  • Risco de Incêndio e Explosão: O incêndio pode ser definido como uma oxidação rápida de substância, produzindo luz e calor. Para que possa existir uma combustão, deve existir a união de três elementos essenciais: comburente (oxigénio), calor e combustível. Devem-se manter esses três elementos segregados para a prevenção de incêndio.
  • Riscos Operacionais: São aqueles associados aos recursos da organização (mão de obra, tecnologia, materiais e equipamentos), ocasionados de situações oriundas durante o desenvolvimento das atividades da organização. Incluem:
    • Acidentes de transporte;
    • Acidentes Industriais;
    • Abastecimento de Energia;
    • Falha na Comunicação;
    • Parada/Falha em equipamentos;
    • Acidente Ocupacional (Acidente do Trabalho ou Doença Ocupacional);
    • Carga Horária Excessiva (Stress / Staff);
    • Acidente de Trajeto;
    • Erro Acidental.
  • Riscos Sociais: São as ameaças expostas constantemente às variações interna e externa da organização, que podem provocar a interdição das atividades e resultar em prejuízos financeiros. Incluem:
    • Greve Interna;
    • Greve de Clientes e Fornecedores;
    • Tumultos.
  • Riscos Naturais: A ameaça natural é aquela que resulta de desastres e que não podem ser controladas pelo ser humano. Incluem:
    • Terramoto;
    • Tempestade;
    • Vendaval;
    • Furacão.
  • Riscos Financeiros: São aqueles intimamente relacionados com a habilidade da organização em gerir e controlar as informações económico-financeiras de forma eficiente, disponibilizando informações confiáveis, de forma que os gestores possam tomar decisões com maior segurança.

Análise de Riscos

A análise de risco refere-se ao processo objetivo que produz informações sobre o risco quanto ao seu resultado. A avaliação de risco é o processo pelo qual os resultados são confrontados com julgamentos, padrões e critérios adotados pela própria organização para demonstrar se as medidas adotadas estão de acordo com suas metas e objetivos de crescimento futuro.

Para efetuar uma análise de riscos é necessário realizar um estudo de todos os dados e informações que norteiam os processos da organização. Esses estudos devem ser periodicamente revisados e atualizados, propiciando o aperfeiçoamento do programa de gestão de riscos.

Avaliação de Riscos

Avaliar o risco no local de trabalho exige que sejamos mais sistemáticos em nossa abordagem e mais precisos em nossas conclusões. O processo de avaliação dos riscos preocupa-se com as incertezas nas quais as organizações estão condicionadas e que podem refletir diretamente no futuro de seus ativos e passivos.

A realização da avaliação de risco impõe o delineamento de cenários futuros, com a identificação de parâmetros de sensibilidade e a mensuração de níveis de tolerância. O objetivo básico é gerar subsídios para a tomada de decisão em face da concretização de situações de insegurança em um ambiente empresarial.

Cada risco deve ser avaliado em função de seu impacto potencial e sua probabilidade de materialização, da seguinte forma:

  • Quanto ao seu impacto: Alto, médio ou baixo;
  • Quanto à sua probabilidade: Alta, média ou baixa.

As etapas de avaliação do risco, na sua forma mais simples, exigem respostas para as seguintes questões:

  1. O que pode dar errado?
  2. Quão grave seria?
  3. Com qual probabilidade pode ocorrer?
  4. O que deveríamos fazer a respeito?

Uma avaliação do risco suficiente e adequada deverá:

  • Analisar o(s) resultado(s) provável(is) de uma ação ou evento;
  • Identificar os riscos significativos;
  • Avaliar a probabilidade de ocorrência do(s) resultado(s);
  • Avaliar as consequências potenciais do evento;
  • Julgar se um resultado pode ou não ser tolerado;
  • Identificar as exigências, caso o resultado real ou potencial não possa ser tolerado;
  • Fornecer informações nas quais as decisões de prioridade possam se basear;
  • Ser adequada à natureza da operação e permanecer válida por um período razoável de tempo.


Logística

Logística é o processo de planear, executar e controlar eficientemente, a custo correto, o transporte, movimentação e armazenagem de produtos dentro e fora das empresas, garantindo a integridade e os prazos de entrega dos produtos aos usuários e clientes.

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