Globalização e a Economia Brasileira: Evolução e Plano Real
Classificado em Economia
Escrito em em português com um tamanho de 3,88 KB
Globalização: Expansão do mercado entre as fronteiras, aumentando e melhorando a economia de um país. Outra definição é a expansão dos fluxos de informação que atingem vários países e afetam empresas e indivíduos, acelerando transições econômicas que ultrapassam as fronteiras nacionais.
Fases da Globalização:
- 1ª Fase (1450-1850): Triangular Europa, África e América. Objetivo de expansão através das navegações e conquistas de novos territórios.
- 2ª Fase (1851-1950): Chegada da energia elétrica e a Revolução Industrial.
- Globalização Recente (a partir de 1989): Queda do Muro de Berlim, inovações tecnológicas, multinacionais e formação de blocos econômicos.
Dimensões da Globalização:
- Comercial: Abertura da economia, dada pelo volume de comércio exterior (exportação + importação) e o valor mundial de produção. O GATT, criado em 1947 com 23 países, visava a redução das tarifas de importação. Em 1997, os tigres asiáticos participavam de 15% da exportação mundial de produtos.
- Financeira: Integração entre os sistemas financeiros nacionais.
- Produtiva:
- Aspectos Positivos: Rápida expansão da produção comandada por empresas que realizam atividades fora do país de origem, trazendo novas tecnologias e empregos.
- Aspectos Negativos: Algumas multinacionais apenas compram empresas nacionais, ampliando importações e cobrando preços baixos de seus fornecedores.
- Tecnologia: Principais determinantes da globalização. O objetivo é atualizar e modernizar bens e serviços, promovendo o escoamento da produção para satisfazer novos desejos dos consumidores. Desde 1970, mudanças tecnológicas como o celular e a internet transformaram a vida das pessoas.
Economia Brasileira:
No início dos anos 90, a inflação brasileira era superior a 80% ao mês e o país estava estagnado. Em março de 1990, Collor promoveu uma ruptura com o modelo de crescimento com elevada participação do Estado. Entre 1990 e 1994, ocorreu um processo de privatização.
Dois fatores explicam o fim da inflação no Brasil: a mudança do paradigma do papel do Estado na economia e a bem-sucedida construção do Plano Real.
Desde o pós-guerra até os anos 90, o modelo de industrialização predominante foi o de substituição de importações (ISI), que defendia três papéis fundamentais para o Estado: indutor da industrialização com instrumentos cambiais e empreendedor para eliminar gargalos econômicos.
Collor promoveu a abertura da economia e privatizações com o objetivo de incentivar a competitividade.
Plano Real:
Lançado no governo Itamar Franco, o Plano Real foi a base para o fim de 30 anos de indexação na economia brasileira. O plano foi dividido em três fases:
- 1ª Fase: Ajuste fiscal, com o Programa de Ação Imediata (cortes nos gastos públicos).
- 2ª Fase: Indexação completa da economia com a URV (Unidade Real de Valor), um padrão estável de valor, e conversão de preços e rendimentos.
- 3ª Fase: Reforma monetária, com a troca da URV pelo Real quando todos os preços estivessem indexados à URV.
Em 1º de julho de 1994, surgiu o Real, com o valor inicial de 1 URV. O objetivo do governo era zerar a inflação.
Para evitar o retorno da inflação, foram implementadas as seguintes medidas:
- Controle de demanda: Diminuição de gastos e política de contenção do consumo.
- Âncoras Monetárias: Juros elevados e entrada de recursos.
- Âncora Cambial e Abertura Comercial.