Glossário de Economia e Finanças: Conceitos Essenciais

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Dinheiro

É o meio de troca geralmente aceite que serve como unidade de conta e reserva de valor.

Meios de Pagamento (M)

Representam a quantidade de dinheiro em circulação na economia, sendo definidos como a soma da moeda em poder do público e dos depósitos bancários.

Demanda por Dinheiro

Refere-se à quantidade de notas e moedas (moeda legal) que os agentes económicos desejam deter.

Reservas Legais (Relação Legal de Caixa)

É a percentagem de moeda legal, imposta pelo Banco Central, mantida inativa pelas entidades do sistema bancário para satisfazer os levantamentos de dinheiro dos seus clientes e para interesse geral.

Pânico Bancário (Corrida aos Bancos)

Ocorre quando um grande número de clientes retira os seus depósitos por acreditarem que o banco é, ou poderá ser, insolvente. Quando uma corrida aos bancos avança, gera uma dinâmica própria, sendo um tipo de profecia auto-realizável: quanto mais pessoas retiram os seus depósitos, maior é a probabilidade de incumprimento (default), o que incentiva mais levantamentos. Uma corrida bancária pode desestabilizar o banco ao ponto de levar à falência.

Pânico Financeiro e Crise Sistémica

O pânico financeiro ocorre quando vários bancos sofrem pânico simultaneamente. A crise bancária sistémica é aquela em que todo ou a maior parte do capital bancário do país é destruído. A cadeia resultante de falências pode causar uma recessão prolongada.

FGD (Fundo de Garantia de Depósitos)

É um fundo financiado por bancos, caixas económicas, cooperativas de crédito e pelo Banco de Espanha para pagar os depositantes em caso de falência de qualquer instituição financeira. Graças ao FGD, o dinheiro dos poupadores é segurado, mas dentro de certos limites: em Espanha, o FGD só retorna um máximo de 100.000 € por cliente e entidade.

Política Monetária

É o conjunto de ações tomadas pelo Banco Central (ex: Banco Central Europeu - BCE) para atingir os objetivos prosseguidos pela autoridade monetária, como aumentar ou reduzir a quantidade de dinheiro em circulação e alterar as taxas de juro.

EURIBOR

É a média aritmética (com ajustes) das taxas de juro dos empréstimos oferecidos diariamente no mercado interbancário pelos 44 maiores bancos da área do euro. Especificamente, os grandes bancos reportam as taxas diárias dos empréstimos que realizaram. Os 15% superiores e inferiores são eliminados para cada prazo em que o índice é calculado.

Inflação

É definida como uma elevação sustentada e generalizada dos preços dos bens e serviços numa economia. Diz-se que é generalizada quando afeta quase todos os bens e serviços, e que é um processo constante que não foi causado por razões temporárias.

Deflator Implícito do PIB

É um indicador que reflete as alterações nos preços de bens e serviços incluídos no Produto Interno Bruto (PIB).

IPC (Índice de Preços no Consumidor)

É um indicador que reflete a evolução dos preços dos bens e serviços consumidos por uma família média.

Taxa de Inflação

É a variação, medida em percentagem, do IPC em relação ao período anterior.

Núcleo de Inflação (Inflação Subjacente)

Este conceito reflete a tendência dos preços, ou seja, a evolução constante, eliminando as oscilações voláteis (como preços de energia e alimentos não processados).

IPCA (Índice Harmonizado de Preços)

É um índice comum de evolução dos preços e da inflação para os países da UE que adotaram o euro, permitindo comparações internacionais.

Sistema Financeiro

Estrutura composta por um conjunto de intermediários regulados por agências governamentais, que canaliza a poupança de recursos para financiar o consumo privado (ou familiar), o investimento das empresas e os gastos do governo.

Intermediários Financeiros

São instituições ou entidades que conectam "poupadores" e "investidores". A sua função não se limita a reunir estes dois tipos de agentes, mas geralmente vai mais longe, transformando as poupanças nos montantes que os poupadores desejam e disponibilizando-as aos investidores nos montantes que lhes convêm.

Mercado Financeiro Primário

É onde as empresas ou administrações públicas que precisam de fundos vendem os seus títulos diretamente ao público (investidores de retalho ou institucionais).

IPO (Oferta Pública Inicial)

É o processo que uma empresa deve seguir se decidir abrir o seu capital (ir a público). Esta operação não implica necessariamente uma entrada de dinheiro para a empresa, mas sim que pessoas que anteriormente estavam fora da empresa podem agora tornar-se proprietárias.

OPS (Oferta Pública de Subscrição)

É o tipo de oferta pública feita através de um aumento de capital. A principal diferença é que, enquanto numa IPO a operação é sobre valores existentes, a OPS refere-se a valores a serem emitidos.

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