A Guerra do Vietnã: Contexto, Conflito e Consequências
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A Península da Indochina, que era colônia francesa, foi dividida de acordo com as Convenções de Genebra de 1954 em dois estados, cada um associado a uma das potências beligerantes:
- Vietnã do Norte: Estado comunista liderado por Ho Chi Minh.
- Vietnã do Sul: Ditadura pró-ocidental liderada por Ngo Dinh Diem.
No Vietnã do Sul, desenvolveu-se uma guerrilha comunista, conhecida como o Vietcong, que, apoiada pelo regime norte-vietnamita, ameaçava derrubar o regime de Diem e dar origem a uma revolução comunista.
A Intervenção dos EUA e a Doutrina do Efeito Dominó
Devido a essa ameaça, os EUA decidiram apoiar o Vietnã do Sul. O temor dos americanos era que um Estado asiático caísse nas mãos comunistas, o que se traduziria no Efeito Dominó, levando seus vizinhos a adotarem, um após o outro, este sistema de governo. Assim, desde 1964, os EUA intervieram militarmente no Vietnã, chegando a ter mais de 500 mil soldados na região.
No entanto, nem a superioridade numérica nem o poder de fogo foram capazes de superar um ambiente de selva adaptado aos vietnamitas, cuja estratégia era a guerra de guerrilha. (A guerrilha é uma tática militar irregular que consiste em perseguir o inimigo com ataques rápidos e de surpresa, geralmente utilizada quando o adversário é superior em armamentos e número de homens).
Retirada e Unificação (1973-1975)
O desenvolvimento dos meios de comunicação, especialmente a televisão, ao transmitir imagens do conflito, impactou fortemente a opinião pública mundial, sobretudo nos EUA. As pressões internas, especialmente por parte dos jovens, juntamente com as constantes derrotas no campo de batalha, levaram o presidente Richard Nixon a retirar as tropas dos EUA do Vietnã em 1973.
Dois anos depois, o Vietnã do Norte derrotou o Sul, unificando o país sob um único governo comunista. Para os EUA, essa derrota militar resultou em um saldo de aproximadamente 50 mil americanos mortos e 150 mil feridos.