Guia Completo: Dicionário de Dados e Modelos de Análise de Software
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Dicionário de Dados (DD)
Fundamental na modelagem dos requisitos do usuário, o Dicionário de Dados (DD) é uma lista organizada com definições precisas de todos os elementos de dados do sistema. Todos os fluxos de dados e componentes de depósitos de dados devem ser definidos no DD.
- Elementos de Dados: Dados que não precisam ser decompostos.
- Estrutura de Dados: Composição de elementos de dados e/ou de outras estruturas de dados.
Notação do Dicionário de Dados
- = é composto por
- + E (concatenação)
- ( ) Opcional
- { } Iteração
- [ ] Escolha de uma das alternativas
- * Delimitador de Comentário
- @ Identificador (Campo Chave)
- | Separa opções alternativas na construção
[ ]
Exemplo: Cliente e Endereço
Um cliente deve ter um endereço e pode informar um endereço de entrega.
Cliente = Endereço + (Endereço-remessa)
Seleção de Dados
Indica que uma das opções mencionadas deve ser escolhida.
Exemplo: Definindo o Estado Civil
Estado-Civil = [Solteiro | Casado | Divorciado | Separado | Outro]
Definição de Depósitos de Dados
A definição deve vir entre chaves {}
para indicar a existência de 0 a N ocorrências. Coloca-se o caractere @
antes do item de dado que identifica uma ocorrência (instância) do depósito.
Exemplo: Definindo Depósitos de Clientes e Funcionários
Clientes = { @CPF-CNPJ + Nome + Data de Cadastro + Endereço}
Funcionários = { @Matrícula + Nome + Data de Contratação + Endereço + { @Telefone + Descrição} + {@RG Dependente + Nome} }
Elementos Essenciais do Modelo de Análise
O modelo de análise deve atingir três objetivos principais:
- Descrever o que o cliente exige;
- Estabelecer a base para a criação de um projeto de software;
- Definir um conjunto de requisitos que possam ser validados quando o software for construído.
Dicionário de Dados e ERD no Modelo de Análise
No núcleo do modelo, encontra-se o dicionário de dados, que é um repositório contendo descrições de todos os objetos de dados consumidos ou produzidos pelo software. O Diagrama Entidade-Relacionamento (ERD) mostra as relações entre os objetos de dados. O ERD é a notação utilizada para a modelagem de dados.
Diagrama de Fluxo de Dados (DFD)
O Diagrama de Fluxo de Dados (DFD) serve a duas finalidades:
- Fornecer indicação de como os dados são transformados à medida que se movem através do sistema;
- Mostrar as funções (e subfunções) que transformam o fluxo de dados.
O DFD fornece informação adicional que é usada durante a análise do domínio de informação e serve como base para a modelagem de funções.
Diagrama de Transição de Estados (STD)
O Diagrama de Transição de Estados (STD) indica como o sistema se comporta em consequência de eventos externos. Serve de base para a modelagem comportamental.
Modelagem Funcional e Fluxo da Informação
A análise estruturada começou como uma técnica de modelagem do fluxo de informação. Um retângulo é usado para representar uma entidade externa, um círculo representa um processo ou transformação que é aplicado aos dados e os modifica de algum modo, uma seta representa um ou mais itens de dados, e a linha dupla representa um depósito de dados. É importante não confundir DFD com fluxograma.
Modelagem de Dados
A modelagem de dados responde a um conjunto de questões específicas que são relevantes para qualquer aplicação de processamento de dados. Os métodos de modelagem de dados fazem uso do ERD, que define todos os dados que são introduzidos, armazenados, transformados e produzidos em uma aplicação. O ERD focaliza apenas os dados, representando uma "Rede de Dados" que existe para um determinado sistema. Diferentemente do DFD, a modelagem de dados considera os dados independentemente do processamento que os transforma.
Etapas da Modelagem de Dados:
- Objeto de Dados
- Atributos
- Relacionamentos
- Cardinalidade
- Modalidade
A Especificação de Controle (CSPEC)
A Especificação de Controle (CSPEC) representa o comportamento do sistema de dois modos diferentes. A CSPEC contém um diagrama de transição de estados, que é uma especificação de comportamento sequencial. Ela pode também conter uma tabela de avaliação de programa – especificação de comportamento combinatória. Um modo de representação de comportamento um pouco diferente é a tabela de ativação de processos (PAT). A PAT representa a informação contida no STD, no contexto de processos, não de estados. Isto é, a tabela indica quais processos (bolhas) no modelo de fluxo serão invocados quando um evento ocorrer.
A Especificação de Processo (PSPEC)
A Especificação de Processo (PSPEC) é usada para descrever todos os processos do modelo de fluxo que aparecem no nível de detalhe final. O conteúdo da especificação de processo pode incluir texto narrativo, uma descrição em linguagem de projeto de programa do algoritmo do processo, equações matemáticas, tabelas, diagramas ou gráficos. Fornecendo uma PSPEC para acompanhar cada bolha do modelo de fluxo, o engenheiro de software cria uma mini especificação que pode servir como primeiro passo para a criação da especificação de requisitos do software e como diretriz para o projeto do componente de software que implementará o processo.