Guia Completo: Técnicas Anestésicas e Papel da Enfermagem

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Bloqueio de Nervos Periféricos

Injeção de um anestésico local nas proximidades de um plexo nervoso (braquial, cervical, lombossacral e femoral). O início e a duração do bloqueio estão relacionados com a droga utilizada, sua concentração e seu volume. A droga é quase sempre associada a um vasoconstritor para evitar isquemia e necrose da extremidade. No entanto, essa associação não é realizada em regiões com irrigação terminal.

Complicações do Bloqueio de Nervos Periféricos

As complicações são causadas pela injeção acidental intravascular ou pela aplicação de uma superdose do anestésico local. Raramente ocorre lesão do nervo por traumatismo ocasionado pela agulha ou por compressão devido ao volume excessivo de anestesia. A utilização de estimulador elétrico para visualizar a contração muscular ao estímulo, bem como o uso de ultrassom (US) para visualizar vasos de grande calibre e artérias, é a forma correta de localizar um nervo sem provocar lesão mecânica, prevenindo a neurite traumática.

Anestesia Regional Intravenosa

Empregada nas extremidades inferiores e superiores, especialmente em cirurgias de mão e antebraço de curta duração. Possui baixa incidência de efeitos colaterais e início de ação rápido, mas a anestesia é limitada à região e ao tempo de garroteamento:

  • 60 a 70 minutos para o braço;
  • 70 a 80 minutos para o antebraço;
  • 75 a 90 minutos para a perna.

A liberação da área garroteada ocorre por períodos de 15 segundos, sendo seguida de novo garroteamento com duração de 2 a 4 minutos. O torniquete é insuflado até o desaparecimento do pulso arterial do paciente. Atenção: a insuflação inadequada pode causar complicações. Em seguida, administra-se um anestésico local sem vasoconstritor. Agentes opioides e anti-inflamatórios podem ser associados para melhorar a qualidade da anestesia e prolongar a analgesia pós-operatória. O principal efeito colateral é a toxicidade do anestésico local, que pode ocorrer quando a insuflação do garrote é revertida.

Anestesia Local

Bloqueia a condução de impulsos ao longo dos axônios do sistema nervoso periférico, pela obstrução dos canais de sódio da membrana, impedindo a despolarização. A infiltração de um anestésico local, geralmente a lidocaína, costuma ser realizada pelo cirurgião, e a equipe de enfermagem (enf.) é responsável pela monitorização do paciente. Recomenda-se o uso de cardioscópio, manguito para medida de pressão arterial (PA) não invasiva e oxímetro de pulso, além de um acesso venoso que possibilite a infusão de drogas e soluções em situações de emergência.

Máscara Laríngea

Dispositivo supraglótico para ventilação pulmonar. Concebida para criar uma vedação hermética à volta da entrada laríngea, permitindo um acesso direto às vias aéreas inferiores. É inserida manualmente através da boca até atingir a hipofaringe, sem transpor a laringe nem o esfíncter esofagiano superior. Existem 7 tamanhos diferentes, com modelos descartáveis e reprocessáveis, cuja esterilização pode ser feita por vapor saturado sob pressão. A inserção não exige laringoscopia direta ou bloqueio muscular das cordas vocais.

Assistência de Enfermagem na Admissão do Paciente

  • Verificar o prontuário para confirmar a identidade do indivíduo, o procedimento programado, a presença de alergias e os antecedentes clínicos;
  • Efetuar a monitorização do paciente com ECG, pressão arterial (PA) não invasiva e oximetria de pulso;
  • Manter disponível o equipamento para manuseio das vias aéreas e ter conhecimento sobre esse aparelho, a fim de auxiliar a equipe em sua utilização;
  • Auxiliar o anestesiologista na introdução dos cateteres endovenoso, arterial e venoso central, e também durante a indução anestésica, oferecendo O2 ao paciente por meio de máscara facial;
  • No caso de anestesia geral, auxiliar o anestesiologista durante a intubação, abrindo o material e imobilizando a cricoide, a fim de favorecer a visualização das cordas vocais;
  • Prover o material necessário para a fixação da sonda orotraqueal e da proteção ocular do paciente;
  • No caso de bloqueios, auxiliar no posicionamento do paciente para a realização de raquianestesia, anestesia epidural ou regional, proporcionando segurança, tranquilidade e conforto ao indivíduo e à equipe.

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