Guia de Doenças de Plantas: Café, Cucurbitáceas e Bananeira
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Ferrugem do Cafeeiro
A ferrugem do cafeeiro é uma doença fúngica que causa:
- Morte prematura dos ramos
- Desfolha precoce
- Diminuição da longevidade da planta
- Manchas amarelas na face superior das folhas
- Manchas pulverulentas correspondentes na face inferior das folhas, com esporulação alaranjada.
Etiologia
Agente causal: Hemileia vastatrix (basidiomiceto, parasita biotrófico) – esporulação nos estômatos.
Esporos
Existem dois tipos de esporos:
- Uredósporos: infectivos
- Teliósporos: não infectivos
Controle
O controle é realizado através da pulverização da parte aérea, com monitoramento constante:
- Dividir a lavoura em talhões uniformes.
- Coletar em cada talhão 100 a 300 folhas do terço médio da planta.
- Calcular a porcentagem de folhas com ferrugem.
Início da Pulverização
- Até 5% de folhas doentes: Primeira pulverização com fungicida não sistêmico.
- De 5% a 10% de folhas doentes: Primeira pulverização com fungicida sistêmico.
Oídio (Cucurbitáceas)
O oídio é uma doença comum em cucurbitáceas, caracterizada por:
- Agente Causal: Oidium sp. (fase anamórfica); Sphaerotheca fuliginea, Erysiphe cichoracearum, Leveillula taurica (fase teliomórfica).
- Conídios: Em forma de barril, hialinos.
- Condições Favoráveis: Baixa luminosidade (favorecida em estufas), períodos secos e quentes.
Ciclo da Doença
- Sobrevivência: Biotrófico, em plantas voluntárias e hospedeiros alternativos.
- Infecção: Direta.
- Colonização: Por emissão de haustórios.
- Disseminação: Pelo vento e água.
Antracnose
A antracnose é uma doença fúngica onde o fungo produz acérvulos, que são mais facilmente visíveis nos frutos, apresentando coloração preta.
Condições Favoráveis
- Chuvas ou irrigações excessivas.
- Temperaturas de 21 a 27°C.
- Alta umidade relativa (UR).
Controle
- Utilização de sementes sadias.
- Destruição de restos de cultura.
- Rotação de culturas por 2 a 3 anos.
Mal do Panamá e Moko (Doenças da Bananeira)
Mal do Panamá
Agente causal: Fusarium oxysporum cubense.
- Sintomas: Não afeta os cachos.
- Teste do Copo: Não ocorre.
- Sobrevivência: No solo, formando clamidósporos.
- Infecção: O patógeno penetra o sistema radicular, atinge o xilema onde ocorre esporulação fúngica.
- Controle: Utilização de variedades resistentes.
Moko
Agente causal: Ralstonia solanacearum raça 2 (ainda não foi constatada no estado de SP, sendo uma praga quarentenária A2).
- Sintomas: Afeta todos os órgãos da planta, com sintomas visíveis nos cachos.
- Teste do Copo: Positivo, exala cheiro podre.
- Controle: Utilização de variedades resistentes.
Sigatoka Amarela e Sigatoka Negra (Doenças da Bananeira)
Sigatoka Amarela (SA)
- Agente Causal: Mycosphaerella musicola (forma sexuada) e Pseudocercospora musae (fase assexuada).
- Esporodóquios: Em fascículos em ambos os lados da folha.
- Halo Amarelo: Sempre presente.
- Lesões Jovens: Predominantemente na face superior das folhas.
Sigatoka Negra (SN)
- Agente Causal: Mycosphaerella fijiensis (fase sexuada) e Paracercospora fijiensis (fase anamórfica).
- Esporodóquios: Isolados.
- Halo Amarelo: Não necessariamente presente.
- Frequência de Lesões: Maior frequência de lesões.
- Lesões Jovens: Predominantemente na face inferior das folhas.