Guia Essencial de Gramática e Literatura Portuguesa

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Orações Subordinadas: Tipos e Exemplos

  • Orações Subordinadas Substantivas

    • Completivas: O João disse que vai chover.
    • Relativas: Quem vai à guerra, dá e leva.
  • Orações Subordinadas Adjetivas Relativas

    • Restritivas: Gosto do quadro que compraste.
    • Explicativas: O Rui, que é muito preguiçoso, ficou em casa.
  • Orações Subordinadas Adverbiais

    • Temporais: Quando puderes, passa por lá.
    • Causais
    • Finais
    • Condicionais
    • Concessivas: Não comi o bolo, embora me apetecesse muito.
    • Consecutivas: Ele mente tanto que já ninguém acredita nele.
    • Comparativas

Tipos de Sujeito na Língua Portuguesa

  • Simples
  • Composto
  • Sujeito Nulo

    • Subentendido: Chegámos ao destino.
    • Indeterminado: Telefonaram. / Dizem que ele casou.
    • Expletivo: Anoitece às 20h. (Com verbo haver é sempre)

Valores do Adjetivo: Restritivo e Não Restritivo

  • Não Restritivo (adjetivo pré-nominal): pobre ceifeira
  • Restritivo (adjetivo pós-nominal): ceifeira pobre

Classes de Adjetivos: Qualificativo, Relacional, Numeral

  • Qualificativo: pobre ceifeira
  • Relacional: A equipa portuguesa venceu na natação.
  • Numeral: Ela chegou em 1º lugar.

Funções Sintáticas Essenciais

  • Predicado
  • Modificador Apositivo (entre vírgulas)
  • Modificador Restritivo
  • Vocativo (a quem se dirige)
  • Complemento Direto (o quê?)
  • Complemento Indireto (a quem?)
  • Complemento Oblíquo (não substituível por 'lhe/lhes'; ex: Ele mora aqui.)
  • Complemento Agente da Passiva (por quem?)
  • Complemento do Nome (do quê? (nome))
  • Predicativo do Sujeito: Ele está aborrecido.
  • Predicativo do Complemento Direto: Ele achou a rapariga muito simpática.
  • Verbos que admitem predicativo: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar.

Campo Lexical, Semântico e Família de Palavras

  • Campo Lexical de 'canto': cantar, som, voz, notas musicais.
  • Campo Semântico de 'papagaio': ave, brinquedo, falador.
  • Família de Palavras de 'canto': cantar, cantarolar, canção, cançoneta.

Tipos de Coesão Referencial

  • Catáfora: Primeiro surge o elemento referido, depois a referência. (Ex: Ela canta, a pobre ceifeira.)
  • Anáfora: É o contrário da catáfora. (Ex: A pobre ceifeira canta.)

Atos Ilocutórios na Comunicação

  • Assertivos: A Maria fez um desenho.
  • Diretivos: Está quieto! / Vamos ao cinema?
  • Compromissivos: Telefona-te amanhã.
  • Expressivos
  • Declarativos

Figuras de Estilo Essenciais

  • Transporte: Verso que já não tem sentido e continua noutro.
  • Atafínda: Ligar o último verso ao 1º da outra estrofe.
  • Antítese: triste-contente.
  • Oximoro: pobre-feliz.
  • Paradoxo: Tenho pernas e não ando.
  • Aliteração: Repetição de sons consonânticos.
  • Anáfora: Repetição de palavras no início de verso.
  • Pleonasmo: Repetição de uma ideia já expressa.
  • Metáfora: Comparação de dois termos sem 'como'.
  • Elipse: Quero perder-me neste Pisão, [quero perder-me] nesta Pereira.
  • Perífrase: Dizer por muitas palavras o que poderia ser uma.
  • Hipérbole.

Relação entre Palavras: Fonética e Semântica

  • Relações Fonéticas

    • Homónimas
    • Homógrafas
    • Homófonas
    • Parónimas: emigração/migração.
  • Relações de Hierarquia

    • Hiperónimos: estojo.
    • Hipónimos: caneta, lápis.
  • Relações Todo-Parte

    • Holónimos: caneta.
    • Merónimos: tampa, bico.

Processos de Derivação de Palavras

  • Afixação: Sufixos, prefixos, parassíntese (verbo que, sem sufixo e prefixo, não faz sentido).
  • Conversão: olhar (nome), olhar (verbo).
  • Não Afixal: escrever-escrito, eleger-eleito, avisar-aviso, cantar-canto, descobrir-descoberto.

Tipos de Rima na Poesia

  • Quanto ao tipo: cruzada, emparelhada, interpolada.
  • Quanto à fonética: perfeita/imperfeita.
  • Quanto à classe gramatical: pobre/rica.

Notas sobre Fernando Pessoa e Alberto Caeiro

Fernando Pessoa sente nostalgia da criança que passou ao lado das alegrias e da ternura. Chora uma felicidade passada. Há, na sua poesia, uma nostalgia do bem perdido, do mundo fantástico da infância, único momento possível de felicidade. O seu desejo de ser criança novamente tem que ver com a noção concreta de que o tempo é um fator de desagregação.

Para Caeiro, 'pensar' é estar doente dos olhos. Ver é conhecer e compreender o mundo; por isso, pensa vendo e ouvindo. Recusa o pensamento, afirmando que 'pensar é não compreender'. Ao anular o pensamento e ao voltar-se apenas para a visão total perante o mundo, elimina a dor de pensar que afeta Pessoa. Caeiro é o poeta da Natureza que está de acordo com ela e a vê na sua constante renovação. E porque só existe a realidade, o tempo é a ausência de tempo, sem passado, presente ou futuro, pois todos os instantes são a unidade do tempo.

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