Guia de Intervenções Terapêuticas em Saúde Mental

Classificado em Psicologia e Sociologia

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Foco: Manejo da Ansiedade e Pânico

Intervenções:

  1. Avaliar a ansiedade.
  2. Manter uma abordagem calma, não ameaçadora, direta e franca.
  3. Quando o nível de ansiedade reduzir, explorar com o cliente as possíveis razões para a sua ocorrência.
  4. Discutir formas de interromper a progressão da ansiedade (técnicas de relaxamento, exercícios de respiração profunda, exercícios físicos, caminhadas, corridas, meditação, etc.).
  5. Não deixar o cliente sozinho quando este experiencia ansiedade de pânico.

Foco: Coping Ineficaz

Intervenções:

  1. Determinar os tipos de situações que aumentam a ansiedade e que resultam em comportamentos ritualistas.
  2. Apoiar os esforços do cliente em explorar o significado e o propósito do comportamento.
  3. Encorajar a verbalização de sentimentos, medos e ansiedades.
  4. Sugerir a realização de um diário com a aparência, duração e intensidade dos sintomas físicos, bem como das situações estressantes.
  5. Ensinar o cliente sobre o processo de resolução de problemas: identificar um problema, identificar e avaliar soluções alternativas, escolher e implementar uma solução, e avaliar o seu sucesso.
  6. Estimular o cliente a ter interesses pessoais, hobbies e atividades recreativas.
  7. Discutir o futuro com o cliente: considerar situações hipotéticas, preocupações emocionais, relacionamentos significativos e planos futuros (a orientação preventiva pode ajudar o cliente a preparar-se para o futuro).
  8. Incentivar o cliente a identificar e desenvolver relacionamentos com pessoas que o apoiem fora do ambiente hospitalar.

Foco: Abuso de Substâncias

Intervenções:

  1. Executar sessão de educação para a saúde sobre os efeitos da substância usada.
  2. Encorajar a assumir que tem um problema relacionado com substâncias.
  3. Discutir as necessidades de tratamento e apoiar a tomada de decisão.
  4. Orientar a família quanto ao transtorno do uso de substâncias e disfunção associada.
  5. Identificar a meta terapêutica mais apropriada.

Entrevista Motivacional (EM)

Avaliação da Motivação

A motivação é avaliada pelos seguintes comportamentos:

  • Concordância com o terapeuta;
  • Aceitação do diagnóstico;
  • Expressão de vontade de mudança ou de ser ajudado;
  • Incômodo com a situação pessoal;
  • Seguimento das indicações do terapeuta.

Componentes da Entrevista Motivacional

  • Diretivas: O enfermeiro comanda o processo de mudança, assumindo um papel mais ativo.
  • Não Diretivas: É mais significativa para a mudança. O enfermeiro não propõe soluções ou sugestões, agindo como agente facilitador do processo de mudança.

Princípios Orientadores da EM:

  1. Resistir ao reflexo de consertar as coisas.
  2. Entender as motivações do cliente.
  3. Escutar o cliente.
  4. Fortalecer o cliente.

Princípios Básicos da EM:

  1. Expressar empatia.
  2. Desenvolver Discrepância.
  3. Diminuir a resistência.
  4. Estimular a autoeficácia.

Técnicas Específicas da EM:

  1. Perguntas abertas e objetivas.
  2. Afirmação.
  3. Escuta Reflexiva.
  4. Resumir.
  5. Provocação da mudança de discurso.

Estratégias da EM:

  1. Aconselhar.
  2. Remover barreiras.
  3. Oferecer opções de escolha.
  4. Diminuir o desejo.
  5. Praticar empatia.
  6. Dar feedback.
  7. Clarificar objetivos.
  8. Ajuda ativa.

Sinais de Resistência na EM:

  • Argumentar;
  • Desafiar;
  • Hostilidade;
  • Interromper, cortando a palavra;
  • Ignorar;
  • Não responder;
  • Desviar o assunto;
  • Culpabilizar;
  • Discordar;
  • Impunidade;
  • Reivindicar;
  • Minimizar;
  • Pessimista;
  • Relutância à mudança.

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