Guia de Neuroanatomia: Medula Espinal e Tronco Encefálico

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Parte 2: Fundamentos de Neuroanatomia

Intumescências da Medula Espinal

2. Onde se localizam as intumescências na medula espinal? Qual a justificativa para sua presença?

Intumescências são áreas de espessamento da medula espinal. Existem duas principais:

  • Intumescência Cervical: Possui um maior número de corpos celulares de neurônios, pois é responsável por inervar (tanto para movimento quanto para percepção) os membros superiores, dando origem ao plexo braquial.
  • Intumescência Lombar: Apresenta um maior número de neurônios em comparação com o restante da medula, sendo responsável por perceber e gerir os movimentos dos membros inferiores.

Anestesia Raquidiana: Justificativa para Aplicação

2. Justifique por que as anestesias raquidianas são feitas somente abaixo da L2.

A anestesia raquidiana é realizada abaixo da vértebra lombar L2 porque, nessa altura, encontramos o cone medular. Abaixo de L2, há apenas a cauda equina, sem massa medular compacta. Isso significa que, se houver uma perfuração inadequada ou uma força excessiva da agulha, não há risco significativo de lesão medular, pois os filamentos radiculares da cauda equina podem escapar da agulha e não serão lesionados. Em resumo, são feitas abaixo de L2 para não haver risco de lesão medular.

Tronco Encefálico: Localização e Divisão

15. Onde se localiza o tronco encefálico? Qual a sua divisão?

O tronco encefálico localiza-se entre a medula espinal e o diencéfalo. Sua divisão pode ser descrita em dois sentidos:

  • No sentido crânio-caudal (de cima para baixo): Mesencéfalo, Ponte e Bulbo.
  • No sentido caudo-cranial (de baixo para cima): Bulbo, Ponte e Mesencéfalo.

Bulbo: Características Anatômicas

O Bulbo apresenta uma fissura mediana anterior. Lateralmente à fissura mediana, encontram-se as duas pirâmides. Lateralmente às pirâmides do bulbo, há duas olivas. Na região posterior, apresenta um sulco mediano posterior. Lateral ao sulco mediano posterior, encontra-se o fascículo grácil e, lateralmente ao fascículo grácil, o fascículo cuneiforme, que terminam no tubérculo grácil e tubérculo cuneiforme do bulbo, respectivamente. A partir desses tubérculos, abre-se o assoalho do IV ventrículo.

Ponte: Estruturas Visíveis na Superfície Externa

16. Descreva as estruturas que caracterizam a ponte (visíveis na superfície externa).

A Ponte, na região anterior, apresenta lateralmente os pedúnculos cerebelares (que unem a ponte ao cerebelo) e, medianamente, o sulco da artéria basilar (uma depressão na ponte onde a artéria basilar se aloja). A região posterior da ponte é caracterizada pelo assoalho do IV ventrículo (que forma a parede do IV ventrículo) e pela visualização de três pedúnculos cerebelares: superior, médio e inferior.

Mesencéfalo: Estruturas Visíveis na Superfície Externa

15. Descreva as estruturas que caracterizam o mesencéfalo (visíveis na superfície externa).

O Mesencéfalo possui as seguintes características visíveis na superfície externa:

  • Região Anterior: Pedúnculos cerebrais, com formato de 'V'.
  • Região Posterior: Apresenta quatro colículos, sendo dois superiores e dois inferiores.

A substância rica no mesencéfalo, localizada entre os pedúnculos e os colículos, contém a substância negra, que é responsável pela doença de Parkinson.

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