Guia de Procedimentos Odontológicos: Moldagem e Periodontia

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Moldagem Indireta para Núcleo Metálico Fundido

Após a correta desobturação do conduto radicular e preparo do remanescente coronário, os passos clínicos para a obtenção da moldagem do núcleo metálico fundido (técnica indireta) são:

  1. Desobturação e Limpeza: Feita a desobturação, lavamos o conduto com clorexidina ou soro fisiológico e secamos com cânulas aspiradoras ou cones de papel.
  2. Moldagem Inicial com Silicona Pesada: Separamos uma moldeira parcial perfurada esterilizada e aplicamos silicona de adição pesada para realizar a primeira moldagem.
  3. Alívio e Checagem: Após a moldagem inicial, fazemos um alívio das áreas retentivas na moldagem com um lecron. Checamos a posição de inserção e verificamos se a superfície/região a ser moldada está seca.
  4. Preparação do Pino Guia: Pegamos um pino de madeira (ou cunha de madeira) e o preparamos, primeiro limpando-o em álcool ou clorexidina. Levamos o pino ao canal, deixando de 3 a 5 mm para fora da embocadura do canal. Podemos cortá-lo com tesoura ou broca, se necessário.
  5. Aplicação da Silicona Leve: Após preparar o pino, preparamos a silicona de adição leve em uma placa de vidro, espatulando (36/24). Levamos a silicona ao canal com uma broca Lentulo para que preencha todas as paredes do conduto.
  6. Inserção do Pino e Complemento: Em seguida, passamos o pino na silicona leve e o introduzimos no canal em posição correta com o auxílio de uma pinça clínica. Usamos uma seringa para elastômero para complementar com a silicona leve na parte coronária e na moldeira.
  7. Moldagem Final e Análise: Rapidamente, levamos a moldeira ao preparo para moldar o canal. Assim que o material tomar presa, removemos delicadamente e analisamos se a silicona leve envolveu todo o pino e se não sofreu deformação.
  8. Envio ao Laboratório: Se tudo estiver correto, enviamos a moldagem ao laboratório protético.

Sangramento Gengival e Isolamento Absoluto no Dente 16

Não foi possível eliminar o sangramento e viabilizar a colocação do isolamento absoluto na região do dente 16 devido a uma alteração na parede gengival da caixa proximal distal. Houve uma invasão do espaço biológico (composto por epitélio juncional e tecido conjuntivo), que em condições de normalidade e saúde deve ter pelo menos 2,04 mm e estar acima da crista óssea.

No paciente em questão, essa medida apresentava-se em apenas 0,5 mm. Quando ocorre essa invasão do espaço biológico, é comum observar edema, sangramento e inflamação gengival.

Para que seja possível realizar a reabilitação com restauração e o isolamento absoluto eficaz, é necessário um procedimento cirúrgico: o aumento de coroa clínica. Além disso, é fundamental instruir e reforçar a importância da higiene bucal do paciente.

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