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Classificado em Filosofia e Ética

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A abordagem de Tomás de Aquino parte da singularidade, para chegar a conceitos mais abstratos. O autor busca elementos para consolidar a fé, que não pode ser baseada em sentimentos e afetos. O teólogo alcança o processo de síntese entre Filosofia e Teologia. Aquino entende que devemos aspirar e contemplar a Deus como intelecto e investigar pela razão. Portanto, a filosofia é um estudo que segue a fé. O raciocínio da conveniência: parte do pressuposto de que Deus atua de maneira ordenada. Todos os eventos e coisas, contingentes e necessários, possuem uma estrutura que pode ser conhecida. Tudo que é criado por um Ser ordenado pode apontar para uma estrutura ordenada passível de conhecimento. A Encarnação do Filho evidencia a presença do Pai. O Filho mostra a Face do Pai, e assim o faz na sua vida, magistério, morte e ressurreição (materialidade). Em relação aos elementos científicos, Tomás de Aquino considerava que o conhecimento científico era uma parte importante da educação, particularmente no que diz respeito ao entendimento do mundo natural. O autor faz uma distinção importante entre Deus e o homem em relação ao ensino e à mestria. Ele está considerando se o ato de ensinar é algo divino ou se é possível para seres humanos participarem desse ato, tendo a clareza que o conhecimento é exclusivamente de Deus. Essa distinção reflete a visão de Aquino de que a educação humana é uma busca de conhecimento que depende da orientação divina e da participação ativa do mestre. Na compreensão do autor, a razão humana poderia chegar a um certo grau de conhecimento sobre Deus e a moralidade por meio dessa "luz natural". É exterior à mente, e secundário a ela, pois pressupõe um exercício na mente do educando. A luz natural é inata, entretanto precisa receber de fora uma espécie de treinamento, que se encontra na criação. Para o autor, existem duas maneiras de atingir o conhecimento. A primeira maneira, Aquino afirma que a razão atinge o conhecimento por si mesma. A segunda maneira de atingir o conhecimento, de acordo com o autor, é por meio do ensino ou aprendizado externo. Ela enfatiza a importância do papel do professor na transmissão de conhecimento e no auxílio ao aprendiz na aquisição de novas informações e entendimento. Segundo ele, o ensino pressupõe um perfeito ato de conhecimento no professor, daí que seja necessário que o mestre possua conhecimento, que pode atuar no aluno pela via do ensino.


A visão política de Aquino traz consigo duas reflexões importantes. O autor entende que o homem é capaz de criar mecanismos eficazes de relação com os seres humanos, a fim de que se auxiliem e se complementem. Aquino fundamenta a política em uma concepção antropológica, o homem como animal sociável. Ele entende que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus. Essa condição de animal sociável e semelhança de Deus, confere ao homem um dinamismo que é capaz de conviver com as adversidades, capaz de arbitrar sobre a vida política. Em sua obra “De Regno”, Aquino afirma que o governo de um só, pode ser o pior dos governos ou o melhor. O autor diz que é pior quando pessoas não virtuosas assumem o governo. Ainda assim, é o melhor quando pessoas virtuosas assumem o governo, no qual ele próprio reconhece que isso é impossível. Daí o fato de ele apostar em um governo misto. Com base no pensamento do autor, temos uma visão única sobre a maneira em que o poder político deveria ser exercido. Com isso, classifica os diferentes tipos de governos e argumenta que a melhor forma de governo é a realeza, ou seja, um governo exercido por uma única autoridade, enquanto a tirania, um governo nas mãos de um tirano, é o que ele considera a pior forma de governo.

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