H2: Do Capitalismo Industrial ao Capitalismo de Acesso
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A Nova Cultura do Capitalismo de Acesso
A transformação de recursos culturais em experiências e entretenimentos pagos marca a nova fase do capitalismo.
Acesso é Mais Importante que a Propriedade
Na era da produção industrial, o importante era adquirir propriedade. Agora, o foco é assegurar o acesso às experiências vividas.
Cultura e experiências compartilhadas migram para o âmbito econômico. O motivo dessa mudança é a mescla da cultura (vista como commodity) com a comunicação.
Acesso e Inclusão
O acesso e a inclusão são definidos por recursos financeiros e não por critérios intrínsecos (tradições, religião, sexo, etc.).
A Transição do Capitalismo
O modelo evoluiu de Capitalismo Industrial para Capitalismo Cultural e, finalmente, para o Capitalismo de Acesso.
As Três Esferas de Acesso
As esferas de acesso são:
- Econômica (que domina cada vez mais);
- Política;
- Cultural.
Perspectivas Sociológicas
Weber
Weber definiu 3 esferas: econômica, político-jurídica e social-cultural. O capitalismo alterou essa dinâmica, fazendo com que a esfera político-jurídica passasse a ser modificada pela econômica.
Durkheim
Durkheim defendia a não-autonomia da esfera econômica, que estaria inserida na social. Para ele, o mercado é um fato social (moral e ética) e, para funcionar, precisa de uma instituição social.
No Século XX, o Direito de Adquirir (EUA) era considerado mais importante que a liberdade pessoal (como o voto). Exemplo: imigrantes.
Nota Histórica: Até o Século XIX, Consumo era sinônimo de desperdício. Tuberculose era referida como consumption.
A Commodificação da Criatividade
Visão dos Séculos XVIII e XIX
Neste período, artistas eram vistos como uma expressão do mundo cultural. A Arte era o caminho para a autorrealização, representando a libertação do trabalho e do acúmulo material.
- Criatividade versus Produtividade Industrial
- Subjetividade versus Objetividade
O capitalismo transformou essa visão: ele acabou com os estoques acumulados e permitiu que a criatividade e a autorrealização pudessem ser compradas no mercado sob a forma de produtos e serviços atribuídos à cultura. Fabricantes agora produzem lembranças (que o consumidor vivencia) e não apenas bens físicos.
Manifestações do Capitalismo de Acesso
Turismo e Commodificação
O turismo está cada vez mais voltado para o mercado e menos para o aspecto cultural. Locais pagos (igrejas, museus, etc.) têm seus lucros concentrados em grandes multinacionais.
Há um crescente interesse na preservação natural e cultural dos lugares.
Shoppings e Experiência
Os shopping centers são o local de compra do acesso à experiência, trazendo a cultura diretamente ao mercado. O futuro está associado a simulações.
Questão Central do Século XXI: Quem deve ser incluído ou excluído da sociedade?
A Economia do Entretenimento
Cultura = Experiência Compartilhada. As empresas que mais crescem são as de entretenimento.
Exemplo: O cinema mostrou aos imigrantes uma visão idealizada de como a América deveria ser, vendendo a experiência da cultura americana.
O Show Business Global
Todo negócio é Show Business: o produtivo cede espaço ao criativo. O modelo cultural americano se expande globalmente.
Neste novo paradigma, funcionários são medidos pelo desempenho e não mais pela produção.