h2 Caracterização e Precipitação de Proteínas: Reações e Técnicas

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4ª AULA: Caracterização de Proteínas

Objetivo: No final desta aula, o(a) aluno(a) estará familiarizado(a) com as propriedades físico-químicas das proteínas, bem como com as técnicas de reações de identificação das mesmas.

1. Reação de Biureto

Fundamento teórico: O sulfato de cobre em meio alcalino reage com as substâncias que contêm duas ou mais ligações peptídicas, dando um complexo de coloração característica (púrpura). O íon fornecido por uma solução diluída e alcalina de CuSO4 se complexa com os grupos (-NH) das ligações peptídicas. A intensidade da cor obtida é proporcional ao número de ligações peptídicas.

Técnica:

Tubos | Amostra/Concentração | Volume (mL) | Reativo de Biureto

1 | Água destilada | 1,0 | 1,0 mL - azul claro

2 | Glicina 0,05 M | 1,0 | 1,0 mL - azul claro

3 | Sol. de proteína | 1,0 | 1,0 mL - roxo (clara de ovo diluída)

Agitar bem os tubos e observar os resultados obtidos e explique-os.

2. Reações de Precipitação de Proteínas

Objetivo: Verificar a influência dos sais, ácidos e solventes orgânicos sobre soluções de proteínas.

2.1 Reações de Precipitação com Desnaturação

Fundamento teórico: A exposição das moléculas proteicas a agentes como calor, extremos de pH, metais pesados, ácidos, detergentes, soluções concentradas de ureia, solventes orgânicos, radiações ultravioleta, etc., faz com que a maioria delas apresente modificações físicas conhecidas como desnaturação. O calor pode desnaturar a maioria das proteínas. Os ácidos como ácido pícrico, ácido tânico, ácido fosfotúngstico, ácido sulfossalicílico, podem precipitar as proteínas que possuem cargas positivas, formando complexos insolúveis. Solventes orgânicos como o etanol, éter etílico e acetona abaixam a constante dielétrica das soluções aquosas de proteínas, diminuem também sua capacidade de solvatação, causando perda de solubilidade, as proteínas sofrem uma ação desidratante. Em pH situado no lado alcalino do seu ponto isoelétrico, algumas proteínas combinam-se com cátions de metais pesados, como acetato de chumbo e nitrato de prata, formando derivados proteicos insolúveis.

Material e Reagentes:

  • Solução de proteína (clara de ovo) sem diluir para item a e diluída 10x com salina (NaCl 0,9%) para itens b, c, d e e
  • Ácido tricloroacético a 10%
  • Acetato de chumbo a 5% ou nitrato de prata 0,1 N
  • Álcool etílico absoluto
  • Ácido pícrico

Técnica:

a) Colocar em tubo de ensaio 2 mL de proteína (clara de ovo in natura) sem diluir e aquecer em banho-maria a 100ºC. Observar e concluir. Branco intenso; sólido; desnaturado

b) Em um tubo de ensaio, pipetar 1 mL da solução de proteína diluída e adicionar 1 mL de ácido tricloroacético. Observar e concluir. Branco intenso; liso com brumas; desnaturado

c) Em um tubo de ensaio, colocar 1 mL da solução de proteína diluída e adicionar 1 mL de acetato de chumbo. Observar e concluir. Líquido com precipitado; desnaturado

d) Em um tubo de ensaio, colocar 1 mL de solução de proteína diluída e adicionar 3 mL ou mais de álcool etílico (etanol). Observar a formação do precipitado e concluir. Branco precipitado com 2 divisões e mais concentrado

e) Em um tubo de ensaio colocar 1 mL da solução de proteína diluída e adicionar 1 mL de ácido pícrico (ácido tóxico). Observar e concluir. Amarelo intenso; líquido com precipitado

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