h2 A Crise Econômica e o Esplendor Cultural no Século XVII

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9.4 - A Evolução Econômica e Social
Desde o início do século até 1680, a economia enfrentou uma fase de depressão. Dois fatores principais contribuíram para isso:
1. A crise demográfica causada pelas três epidemias de peste, a expulsão dos mouros (1609-1611) e as baixas taxas de natalidade.
2. O estresse econômico gerado pela guerra contínua, que resultou em dívidas para as finanças públicas, falências contínuas e variações monetárias.
O comércio também entrou em recessão devido à concorrência francesa no Mediterrâneo, à competição inglesa e holandesa no Atlântico e ao esgotamento das minas americanas. O resultado da crise comercial foi o declínio na circulação de bens.
As manifestações dessa crise incluem o declínio da produção agrícola, a diminuição nos rebanhos, a crise da indústria têxtil espanhola e o acúmulo de comércio exterior com a América. A partir de 1680, iniciou-se uma recuperação econômica.
Nesse contexto, surgiram os árbitros, como Fernández de Navarrete e Martinez de la Mata, que entenderam que o declínio era resultado de erros que poderiam ser corrigidos com uma boa governança.
A crise do século XVII afetou todas as classes sociais. O aumento no número de nobres, mas o declínio da população, levou a uma diminuição nas receitas senhoriais, e a nobreza foi obrigada a pedir empréstimos. Também aumentou o número de religiosos.
A burguesia investiu seu capital na terra. O campesinato foi o setor mais afetado, com um endividamento crescente e o ressurgimento do banditismo.
A cidade também foi afetada por essa situação, com um crescente exército de malandros e mendigos.


9.5 - Esplendor Cultural: A Idade de Ouro
O período entre 1492 e 1681 representa o auge da cultura e da arte espanhola, conhecido como a Idade de Ouro.
Caracterizado pela exaltação nacional, um caráter popular dirigido às massas, uma defesa da tradição, a arte como um bem social, valores conservadores e religião.
Entre os teólogos, destacam-se Suarez e Francisco de Vitoria (no direito). Na literatura, Fray Luis de León, Garcilaso, Cervantes e Quevedo. Na arquitetura, Juan Gomez de Mora. Na escultura, Montanes e Mena. Na pintura, Zurbarán e Velasquez.
É a idade dourada da cultura espanhola.

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