h2 Deglutição Infantil e Adulta: Características e Fases

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Características da deglutição infantil:

Ela ocorre antes do estabelecimento da oclusão, com maturação neuromuscular, posição ereta da cabeça e forças gravitacionais da cabeça e da mandíbula, em um intervalo de aproximadamente 15 meses, até a deglutição adulta.

Características da deglutição adulta:

Surgimento dos incisivos decíduos, surgimento dos primeiros molares decíduos, alteração do tônus dos músculos da mastigação, aprendizado dos movimentos mastigatórios, músculos faciais (articulação da voz e expressão facial), participação do nervo trigêmeo, dentes em oclusão, mandíbula em posição estável, língua – papila retroincisiva, ausência da mímica exagerada.

Fases da deglutição:

  • Voluntária: fase preparatória e fase oral.
  • Involuntária: fase faríngea e esofágica.

Como se inicia o reflexo da deglutição:

Inicia-se na fase oral, após a contração do músculo milo-hióideo, que dispara o processo da deglutição, e após movimentos ondulatórios da base da língua, que guiam o bolo alimentar, ocorrendo uma pressão intraoral posterior alta que estimula a mucosa da orofaringe, determinando a ação do reflexo da deglutição.

Sequência de fenômenos na fase oral da deglutição:

  1. Lábios aproximados passivamente.
  2. Ponta da língua se levanta, posicionando-se sobre a papila retroincisiva e depois desliza seguindo um plano determinado pelo palato duro.
  3. Contração do músculo milo-hióideo: dispara o processo de deglutição.
  4. Elevação maciça da parte anterior da língua contra o palato duro, empurrando o bolo alimentar para trás.
  5. A parte posterior da língua se dirige em sentido posterior e para cima abruptamente.
  6. Iniciam-se movimentos ondulatórios da base da língua: guiando o bolo para deslocamento posterior.
  7. Pressão intraoral posterior alta estimula a mucosa da circunferência orofaríngea, determinando uma ação reflexa: reflexo da deglutição.

Sequência de fenômenos na fase laringofaríngea da deglutição:

  1. Elevação do palato mole e úvula, fechando o orifício posterior das narinas, impedindo o refluxo do alimento para as cavidades nasais.
  2. As pregas palato-faríngeas são puxadas medialmente aproximando-se uma da outra, formando uma fenda sagital, exercendo uma ação seletiva sobre o tamanho do alimento que irá passar.
  3. Inibição da respiração e deslocamento da laringe (1 seg.): as cordas vocais da laringe se aproximam e a laringe é deslocada para frente e para cima. A epiglote desce e a glote se fecha. Esses dois efeitos impedem a passagem do alimento pela traqueia.
  4. Relaxamento do esfíncter hipofaríngeo ou esofágico superior: a elevação da laringe aumenta a abertura do esôfago, ocorre um relaxamento das fibras musculares desse esfíncter localizados nos 3 a 4 cm superiores da parede esofágica, permitindo a passagem do alimento.
  5. Início de contração da parede muscular da faringe, começando pela parte superior e propagando-se pela parte inferior sob a forma de onda peristáltica.
  6. Reiniciação da respiração: relaxamento do músculo palato-faríngeo e contração do esfíncter esofágico superior (impede a entrada de ar na inspiração e refluxo ou regurgitação do suco gástrico).

Sequência de fenômenos da fase esofágica da deglutição:

  1. Bolo alimentar chega ao esôfago.
  2. Relaxamento do músculo milo-hióideo.
  3. Hióide desce.
  4. Laringe volta à posição original.
  5. Abre a glote.
  6. Língua volta à posição de repouso.
  7. Mandíbula volta à posição de repouso: reinicia-se a respiração normal.

Receptores responsáveis pelo reflexo da deglutição: receptores pilares das fauces e receptores pré-epiglóticos.

Nervos responsáveis pela condução dos estímulos dos receptores até o centro da deglutição (via aferente): ambíguo, trigêmeo, facial, vago, hipoglosso, glossofaríngeo, vago, ramo maxilar do trigêmeo, trigêmeo, facial, glossofaríngeo, vago.

Nervos responsáveis pela resposta motora da deglutição (via eferente): trigêmeo, facial, glossofaríngeo, vago, acessório, hipoglosso.

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