h2 A Descoberta da América e as Viagens de Colombo
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7.1. A Descoberta da América no final da Idade Média resultou da combinação de uma série de causas que favoreceram o processo de expansão, levando Colombo à América. Existiam novos fatores de ordem técnica, entre os quais o desenvolvimento da cartografia, instrumentos de navegação (astrolábio) e técnicas náuticas e de construção naval (navios, caravela). Na economia, iniciou-se um forte crescimento no comércio internacional, que precisava de metais preciosos e de um caminho rápido e seguro para as Índias, de onde vinham especiarias. Além disso, a Europa exigiu as suas razões políticas e ideológicas, porque Portugal e Castela, que acabavam de completar a Reconquista, viviam momentos de expansão. A isso se uniu o pensamento humanista, que promoveu a curiosidade científica. Cristóvão Colombo era um marinheiro genovês que foi à Corte Portuguesa, onde apresentou seu projeto de viajar para as Índias Ocidentais, mas os portugueses recusaram seu projeto, não em vão Bartolomeu Dias tinha contornado a África via Cabo da Boa Esperança. O mesmo projeto foi apresentado aos Reis Católicos, protegidos por monges franciscanos de La Rábida, e embora a princípio tenha sido rejeitado, pois estavam durante a guerra de Granada, foi finalmente aceite, assinando com eles as Capitulações de Santa Fé (1492), pelas quais recebeu a nomeação de almirante, vice-rei e governador das terras que fossem conquistadas, o direito de propor as posições da coroa nomeados e 10% dos lucros obtidos. A viagem começou em Palos em 3 de agosto de 1492 com três navios, duas caravelas, a Pinta e a Nina, e um navio, o Santa Maria, comandados, além de Colombo, pelos irmãos Martín Alonso Pinzón e Vicente Yáñez. Após uma escala nas Ilhas Canárias em 9 de setembro, seguiram para o Ocidente, em uma viagem facilitada pelos ventos alísios. Em 12 de outubro avistaram terra, chegando à ilha de Guanahani (agora Watling Island, nas Bahamas). Depois de tomar posse da ilha, seguiram a rota, explorando outras ilhas das Bahamas, Cuba e Santo Domingo, onde fundaram o forte de Natal com os restos mortais do Santa Maria, que havia encalhado, deixando vários marinheiros.
Em 16 de janeiro partiram para voltar, chegando em 4 de março a Lisboa, e viajaram para Barcelona, onde foram recebidos pelos Reis com todas as honras pela oferta de ouro, objetos exóticos e alguns índios. Após esta primeira viagem, o Papa pediu aos Reis Católicos para confirmar sua soberania sobre as terras descobertas. A Bula Inter Caetera confirmou a soberania espanhola de todas as terras descobertas e a serem descobertas a partir do meridiano 100 léguas a oeste dos Açores. Os portugueses não concordaram com essa decisão e, após muita negociação, foi assinado o Tratado de Tordesilhas (1494), que colocou a separação do futuro das posses portuguesas e castelhanas no meridiano 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Portugal ocupou territórios a leste desta linha e Castela, a oeste. O Brasil ficou, por esta divisão, dentro da zona portuguesa. Após esta primeira viagem, Colombo realizou outras viagens, onde o número de navios e expedições cresceu e iniciou um trabalho de colonização e evangelização dos índios, mas também continuou a exploração das Índias Ocidentais e da costa do Panamá e da foz do Orinoco, na tentativa de encontrar uma passagem para a China, o que nunca conseguiu. Mas o trabalho do governo de Colombo foi considerado muito pobre, e os reis nomearam o governador Francisco de Bobadilla, que, acusando Colombo de má gestão, o enviou para morrer em 1506. Após as viagens de Colombo, seguiram-se muitas outras, a colonização e a questão da evangelização. Vasco Núñez de Balboa foi o primeiro a atravessar o istmo do Panamá e descobriu o Oceano Pacífico, e muitos ocuparam o continente de norte a sul, continuando as viagens de exploração e conquista.