h2 Dicas e Regras Essenciais Sobre o Uso da Crase
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CRASE: Para ocorrer crase, é necessária a presença de a (preposição) + a(s) (artigo).
REGRA PRÁTICA: Troque a palavra feminina por uma masculina correspondente:
Þ Se, antes da masculina, aparecer ao(s), coloque o sinal de crase antes da feminina;
Þ Se, antes da masculina, aparecer apenas a(s) ou o(s), não coloque o sinal de crase antes da feminina.
CASOS EM QUE NUNCA OCORRE CRASE
Þ Antes de nomes masculinos
Þ Antes de verbos
Þ Antes de pronomes pessoais. Ex.: Todos se dirigiram a ela.
Þ Antes dos pronomes esta(s), essa(s), quem, cuja(s). Ex.: Ninguém obedece a esta lei.
Þ Em expressões com palavras repetidas (porque entre as palavras repetidas não ocorre artigo). Ex.: O tanque se encheu gota a gota.
Þ Antes de nomes de cidades sem especificativo. Ex.: Eles pretendem ir a Paris.
Quando o nome da cidade apresenta um especificativo, pode ocorrer crase, desde que o termo regente exija a preposição a. Ex.: Eles pretendem ir à fascinante Paris.
CASOS EM QUE SEMPRE OCORRE CRASE
Þ Locuções adverbiais femininas que indicam tempo (Ex.: O rapaz veio à tarde), lugar (Ex.: Vire à esquerda) e modo (Ex.: O mecânico consertou o carro às pressas).
Þ Locuções prepositivas (à + palavra feminina + de): à espera de, à procura de, à moda de etc.
Þ Locuções conjuntivas (à + palavra feminina + que): à medida que, à proporção que etc.
Crase com Pronomes Demonstrativos e Relativos
1. Preposição a + pronome demonstrativo a(s).
Para verificar se, com esse demonstrativo, ocorre crase, use o seguinte critério prático: troque o substantivo feminino anterior ao a(s) por um substantivo masculino e observe se, antes do que (ou de), aparecer ao(s), coloque o sinal de crase no a(s).
Ex.: Esta estrada é paralela a que corta a cidade. (trocando) Este rio é paralelo ao que corta a cidade.
Como apareceu ao antes do que, a frase dada fica: Esta estrada é paralela à que corta a cidade.
2. Preposição a + aquele(s), aquela(s), aquilo.
Para haver crase com esses pronomes demonstrativos, basta que o termo regente exija a preposição a, uma vez que os demonstrativos já apresentam o a na sílaba inicial.
Troque:
Þ aquele(s) por este(s) / aquela(s) por esta(s) / aquilo por isto.
Se antes do este(s), esta(s), isto aparecer a, você deve usar crase no aquele(s), aquela(s), aquilo. Se não aparecer a, não ocorre crase. Ex.: Nós iremos aquele lugar. (trocando) Nós iremos a este lugar.
Como apareceu a, ocorre crase na frase proposta: Nós iremos àquele lugar. (a aquele)
Visitei aquela praia. (Visitei esta praia) / Fui aquela praia (a esta) -> Fui àquela praia.
Quem vem da crase no A, quem vem de crase pra quê? (cidade, estado, país e afins)
-Vou a Roma -> Vim de Roma (sem crase no a) / -Retornei a Austria -> Vim da Austria (com crase no à)
3. Crase antes do pronome relativo que, qual (quais).
Esse pronome relativo, quando se refere a um substantivo feminino antecedente, são sempre precedidos de a(s) (a qual, as quais). Para verificar se ocorre ou não crase nesse a(s), pode-se utilizar o seguinte critério prático: troque o substantivo feminino antecedente por um masculino equivalente. Só haverá crase (à qual, às quais), se com o masculino aparecer ao qual, aos quais.
Ex.: Aquela é a casa a qual me dirigi. (trocando) Aquele é o bar ao qual me dirigi.
Como apareceu ao qual, ocorre crase na frase proposta: Aquela é a casa à qual me dirigi.
Ex: comprei a blusa a que vc se referiu (trocando) comprei o cinto a que vc se referiu.
4. Crase diante das palavras casa e terra (-ESTOU)
Quando a palavra casa ou terra aparecerem sem especificativo, não haverá crase. (EX: Ele se dirigiu a casa / Os náufragos chegaram de manhã a terra)
Quando a palavra casa ou terra aparece com especificativo (novo, velho, abandonado...) haverá crase. (EX:
Terra oposto de agua e mar não tem crase. / Terra natal e planeta tem crase.
1) Narração é o ato discursivo que se compromete essencialmente com o acontecimento, procurando evidenciar a sua natureza progressiva.
Características da narração: sequência cronológica, sucessão de ações, dinamicidade. / Narra - contar -> ação - fato, história (real ou ficção) = Narração
1.1) ESTRUTURA DA NARRAÇÃO (ENREDO)
a) Equilíbrio: tudo está bem para os personagens.
b) Conflito (ou problema): ruptura do equilíbrio.
c) Tentativa de solução: o(s) personagem(ns) que está(ão) vivenciando o conflito tenta(m) solucioná-lo, sozinho(s) e/ou com a ajuda de outro(s) personagem(ns).
d) Desfecho: Quando a tentativa de solução resolve o conflito. (felizes para sempre)
1.2) DIFERENÇA ENTRE NARRATIVA E RELATO
Þ Narração: sequência de ações com conflitos.
Þ Relato: sequência de ações sem conflito.
2. DESCRIÇÃO: Consiste na apresentação de características de uma pessoa, de um objeto ou de um ser qualquer, inscrito num certo momento estático do tempo.
2.1) PERCEPÇÃO DOS PORMENORES DESCRITIVOS
a) Sensações visuais. / b) Sensações auditivas. / c) Sensações táteis. / d) Sensações olfativas / e) Sensações gustativas.
2.2) O PONTO DE VISTA DO OBSERVADOR
No ato descritivo, há sempre um observador (aquele que descreve) e um objeto (o ser em descrição). O observador está vinculado ao ser sob duplo aspecto: físico e psicológico.
- Ponto de vista físico: Trata-se da localização geográfica do observador em relação ao ser em descrição. Estar próximo, distante, acima, abaixo, fora, dentro são situações básicas que influirão, certamente, na ordem e na forma da enumeração descritiva.
- Ponto de vista psicológico: é a relação afetiva entre o observador e o ser.
a) Objetivo: total afastamento da opinião do observador em relação ao ser. Quando o observador procura retratar com fidelidade o ser em descrição. A descrição obedece à necessidade de representar o ser de maneira direta.
b) Subjetivo: o observador revela suas impressões sobre o ser. Permite que o seu estado emocional, os seus sentimentos e opiniões interfiram no processo descritivo.
2.3) DESCRIÇÃO X DEFINIÇÃO
Definição à dicionário (generaliza)
Descrição à detalhar e descrever um ser de uma espécie. (particulariza)