h2 Facilitação Medular e Fisiologia Articular
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Diferentes Tipos de Dor
Facilitação Medular
É a manutenção de polarização de interneurônios (pré-motor, motoneurônio, neurônio simpático pré-ganglionar).
A facilitação pode ser devido a um aumento de aferências segundo um circuito atordoado ou com mudanças que afetam os neurônios (ou seu entorno químico).
A facilitação pode ser mantida por uma atividade anormal do sistema nervoso central, sendo a disfunção somática (hiperatividade gamma - mantém espasmo, fixação) uma das causas.
Fisiologia Articular
EXPERIÊNCIA DE DENSLOW
Objetivo: Demonstrar que os segmentos medulares facilitados por uma disfunção somática vertebral têm um limiar de reflexo abaixo.
Método: 30 pacientes. Observou-se o limiar de 4 segmentos torácicos (T4-T6-T8-T10).
Material: Agulhas introduzidas nos músculos espinhais esquerdos a 5 cm das espinhosas, para realizar a EMG, e objeto mecânico para realizar pressões sobre a apófise espinhosa.
Resultados: Medida da pressão necessária a cada nível para produzir uma atividade muscular no miótomo. O nível normal de atividade muscular aparece por 7 Kg de pressão na espinhosa. Nível de disfunção, a atividade muscular aparece somente por 1 a 2 Kg sobre a espinhosa.
Fisiologia Articular
Exemplo - T6 em disfunção:
✓ Uma pressão de 2 kg sobre T6 produz uma atividade muscular no miótomo de T6.
✓ Para os níveis normais T4, T8 e T10, nenhuma atividade muscular nos miótomos correspondentes aparece com 7 Kg de pressão.
✓ No entanto, uma pressão leve em T4, T8 ou T10 produz uma atividade muscular no nível facilitado T6.
Fisiologia Articular
Conclusão
✓ A lesão inclui um polo de neurônios alfa do corno anterior da medula, que mantém um estado de facilitação permanente, de hiperexcitabilidade.
✓ Uma disfunção somática vertebral se associa a um segmento medular hipersensível, de receptividade excessiva aos influxos aferentes. Será um segmento medular para onde se converge as irritações, este submetido a um bombardeio a partir de outros segmentos medulares.
Fisiologia Articular
Consequências da facilitação
✓ Os segmentos facilitados serão mais ativos que os demais:
- As fibras musculares inervadas pelos segmentos facilitados terão um tônus aumentado, que produzirá modificações morfológicas, químicas e metabólicas (podendo se transformar em fontes de irritação crônica).
- O limiar de percepção de dor será diminuído.
Fisiologia Articular
- A facilitação simpática produz uma simpaticotonia que afetará a pele:
- Aumento de atividade sudorípara que diminui a condução elétrica da pele.
- Vasoconstrição que produz uma ausência de reflexo histamínico com a palpação da pele e zonas mais frias.
- Todos os tecidos que recebem uma inervação motora (músculos, vasos, glândulas) a partir do segmento facilitado estão expostos a uma excitação ou inibição.
Sinais Clínicos da Facilitação
- Dor à palpação do esclerótomo.
- Dermalgia reflexa no dermátomo.
- Desequilíbrio tônico agonista-antagonista dentro do miótomo (dores referidas e espasmos musculares - cordão miálgico na palpação; hipotonia dos músculos antagonistas aos espasmados).
- A facilitação da excitação-inibição das vias motoras produz assimetrias posturais.
Sinais Clínicos da Facilitação
- Toda atividade nervosa, por exemplo cortical, será canalizada para as zonas facilitadas. Neurônios eferentes dessas zonas irão descarregar de maneira intensa para o tecido que inervam.
Estes tecidos estarão em estado anormal:
- Perturbação da contractilidade dos músculos estriados.
- Perturbações circulatórias.
- Perturbações na viscero-motricidade.
Hipo/Hipermobilidade
As lesões vertebrais (zonas de Hipo e Hiper):
- Fixação da faceta de um lado que provoca hipermobilidade (reacional) do lado oposto.
- Fixação de uma faceta com hiper disco-somática (degeneração disco). Caso de lesão discal.
- Fixação do espaço disco-somático, com hiper reacional na parte posterior da vértebra (art. inter-apofisária).