h2 Limpeza e Desinfecção de Artigos Hospitalares
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Limpeza e Desinfecção de Artigos Hospitalares
Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas para realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos.
Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do paciente, disseminando a infecção hospitalar. As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de contato e do tipo de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e esterilizações.
As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a classificação feita por Spaulding. Há mais de duas décadas, os artigos hospitalares são classificados em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco de infecção do uso destes itens.
Os artigos críticos são aqueles destinados à penetração, através de pele e mucosas, que entram em contato com tecidos estéreis do corpo humano, isentos de colonização. Exemplos: agulhas, materiais cirúrgicos, cateteres cardíacos e outros.
Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas íntegras ou pele lesada. Exemplo: circuitos de terapias respiratória, endoscópios, tubos endotraqueais.
Os artigos não-críticos são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente ou não entram em contato com ele. Exemplo: o material usado para higienização, termômetro, esfigmomanômetro, oxímetro de pulso, comadre, papagaio, entre outros.
Para os artigos não-críticos basta a limpeza com procedimentos mínimos. Por limpeza entende-se a completa remoção da sujidade presente nos artigos, utilizando água, detergente e ação mecânica. Utilizando água morna e detergente enzimático potencializa-se a efetividade da limpeza.
Para os artigos semicríticos, além da limpeza, há a necessidade de complementar com a termodesinfecção ou desinfecção química de nível intermediário, no mínimo. A termodesinfecção faz-se por meio das lavadoras termodesinfectoras, que possuem programas que operam em temperaturas variadas como as de 70ºC, 85ºC, 92ºC, 95ºC, respectivamente, a um tempo de exposição decrescente.
A desinfecção química pode ser feita imergindo o material em soluções à base de glutaraldeído a 2% por 20 a 30 minutos, ou ácido peracético a 0,2% por 10 minutos, atendendo-se para indicações e contra-indicações para cada material. Estas duas soluções garantem a desinfecção de alto nível, ou seja, além de virucida, bactericida, fungicida e micobactericida, é também parcialmente esporicida. Já outros germicidas como o álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% e fenol sintético, são desinfetantes químicos sem ação esporicida, porém adequados para processar os artigos semicríticos, por serem desinfetante de nível intermediário (virucida, bactericida, fungicida e micobactericida).
Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito. Se o artigo for termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é seguro, rápido, econômico, não-tóxico, e que permite ser seguramente monitorizado. Se o artigo for termossensível, há que se recorrer à esterilização gasosa automatizada, por meio de óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio ou vapor à baixa temperatura com o gás formaldeído.
A limpeza é a remoção da sujidade do local, através de:
- Limpeza concorrente: Limpeza e/ou desinfecção quando o ambiente se encontra ocupado. É a limpeza diária que inclui a utilização de técnicas em todas as superfícies. Por ser uma limpeza de rotina é realizada quantas vezes forem necessária. A limpeza de leitos de ser rotineira.
- Limpeza terminal: Limpeza e/ou desinfecção após desocupação do ambiente ou mobiliário. É o momento de realizar uma limpeza cuidadosa e minuciosa.