h2 Linguagem e Arte: Signos, Sintaxe e Pensamento

Classificado em Psicologia e Sociologia

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ITEM 8: A Linguagem e a Arte.

1. O Signo e seus Componentes.

Signo é tudo aquilo que colocamos no lugar de algo para representar e comunicar. Isso inclui todos os sinais que os humanos usam, tanto na linguagem quanto na arte, matemática, etc. Em signos linguísticos, podem ser diferenciados:

  • Um significante: o "notável", sejam os sons (fonemas), gráficos (letras), ou o arquivo do signo.
  • Significado: o que o signo representa. Este significado pode ser um objeto (referente) ou um "conceito mental".

2. Sintaxe, Semântica e Pragmática: O que Estudar?

  • A sintaxe observa combinações de significantes.
  • A semântica foca no estudo do significado dos signos linguísticos.
  • A pragmática se preocupa com o uso da linguagem em termos da relação estabelecida entre o contexto, o enunciado e os atores, ou seja, analisa como os falantes produzem e interpretam as declarações no contexto.

3. Definição do Sistema: A Linguagem como um Sistema.

Um sistema de signos é um conjunto de elementos, neste caso, os sinais, relacionados de acordo com certas normas ou regras que trabalham unidos em relação uns aos outros.

4. Características da Linguagem como um Sistema: Dupla Articulação, Criatividade, Convencionalidade, Deslocamento, Auto-referência.

  • Eles têm duas articulações, pois estão organizados em dois níveis: um de elementos (sons, letras...) e outro de unidades de significado (palavras). Os primeiros são combinados para formar unidades significativas.
  • Criatividade: Esta função importante significa que os sistemas linguísticos permitem a formação de inúmeras novas declarações. A linguagem é o domínio privilegiado da inesgotável capacidade humana de invenção.
  • Convencionalidade: A relação entre o significante e o significado dos sinais é arbitrária. Os sinais são convencionais, no sentido estrito de que não são naturais.
  • Deslocamento: É possível comunicar eventos, fatos, sentimentos... que não se limitam ao espaço e ao tempo do estado dos interlocutores.
  • Auto-referência: A linguagem é auto-referencial, e a linguagem pode falar sobre si mesma, e que a razão humana também é reflexiva. Isso resulta em linguagem e metalinguagem.


5. Pensamento e Linguagem: Levantando a Questão.

O pensamento está ligado à linguagem de forma que pensamos que a linguagem nos permite, ou a linguagem é modificada e adaptada para o pensamento?

6. Pensamento e Linguagem: Teorias Linguísticas.

  • Para alguns autores, a linguagem determina o nosso modo de compreender a realidade. De acordo com Sapir-Whorf: "A realidade é, em grande medida, construída sobre os hábitos de linguagem da comunidade; portanto, diferentes comunidades vivem em mundos diferentes. Tudo isso significa que o mundo em que vivem os homens é resultado da língua que falam, pois isso afeta a interpretação que o mundo tem."
  • Outros autores acreditam que, embora a linguagem influencie como vemos o mundo, um falante pode ser libertado dos preconceitos herdados de sua linguagem, a fim de compreender a realidade como ela é.
  • Alguns autores argumentam que o pensamento não pode se desenvolver sem a linguagem, além de que todo o pensamento é "pensar em língua", porque pensamos com a linguagem.
  • Outros autores, como Piaget, argumentam que a linguagem é um exemplo da inteligência humana. Distinguem entre um pensamento linguístico e um não-linguístico, chamado inteligência sensório-motora, que é a capacidade de resolver problemas através do comportamento.

8. A Linguagem dos Animais: A Teoria de Aristóteles.

Os animais têm uma voz, sons, apenas para comunicar e expressar sentimentos, emoções... Embora, como disse Aristóteles: "O ser humano tem o 'logos' (razão)." Portanto, o ser humano é o animal que "fala raciocinando": portanto, diz-se que os seres humanos têm uso da linguagem razonante.

9. O Idioma da Etologia Animal.

A etologia animal nos diz que os animais se comunicam através de sistemas de signos. Alguns deles são sinais fonéticos (sons). Existem sistemas de signos que são geneticamente programados (abelhas). Sabemos que alguns animais superiores têm seus próprios sistemas de signos não-genéticos, e sabemos que eles variam de uma espécie para outra.

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