H2: O Processo Digestório: Do Início ao Metabolismo da Glicose

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O Processo Digestório

Principal função: prover o organismo de água, nutrientes e eletrólitos.

Complexo mecanismo para identificar, preparar, separar, absorver os nutrientes e eliminar os resíduos.

Funções:

  • Sensitiva: características físico-químicas
  • Mecânica: fragmentação, trituração
  • Química: umidificação e secreções
  • Absortiva: incorporação dos nutrientes

Boca

Início do processo digestório

Principal função: mastigação: prepara o bolo alimentar para recepção gástrica

Secreção da amilase salivar → digestão de CHO, atividade bactericida, umidifica a boca para facilitar a fala e a deglutição.

Esôfago

Ondas de peristaltismo são responsáveis por transportar o alimento → função motora.

A Deglutição

A língua empurra o bolo contra o palato mole e para trás da boca, acionando o reflexo de deglutição. A epiglote se fecha, impedindo a passagem do bolo para a via aérea. O alimento se move para baixo no esôfago.

Estômago

Órgão que recebe o alimento umidificado e em partículas reduzidas.

Sua acidez diminui a carga bacteriana dos alimentos.

Funções: reservatório, mistura e parcial digestão do alimento.

Hormônio Gastrina

Liberado pelas células G através do contato dos nutrientes do alimento com o estômago.

Produzido quando estamos com fome.

Estimula as células parietais e principais → aumento da produção de HCL e pepsina.

Estimula corrente pancreática, biliar e a contração da musculatura lisa de muitos segmentos do sistema digestório.

Intestino Delgado

Duodeno

Contém células desenvolvidas para resistir ao suco ácido (proteção por muco e bicarbonato).

Função: mistura do bolo alimentar com secreção biliar e pancreática.

Hormônio Secretina

Liberado pelas células S (mucosa do duodeno e jejuno). Encontrada como pró-secretina.

Hormônio Colecistoquinina (CCK)

Liberado pelas células I (duodeno e jejuno).

Fibras solúveis, PTN e GOR → aumentam a secreção.

Intestino Grosso

Principal função: absorção de água, sódio e outros minerais.

Remove cerca de 90% do líquido.

Excreção

Funções:

  • Eliminação do que não é assimilado pelo organismo;
  • Restos de alimentos não digeridos – Fezes;
  • Resto do metabolismo de nutrientes, drogas e outros – (eliminação renal).

Lactose: duodeno e no jejuno proximal

Maltose: jejuno e íleo proximal

Sacarose: jejuno distal e íleo.

Os carboidratos são predominantemente absorvidos no jejuno proximal.

Dois mecanismos:

  1. Transporte co-ativo de sódio:
    • transporta a glicose contra seu gradiente de concentração (baixa [ ] extracelular, para alta [ ] intracelular);
    • íons de sódio a favor do gradiente de [ ] → fornece energia para o transporte;
  2. Difusão facilitada:
    • realizada por carreadores específicos (GLUT);
    • GLUT → proteínas localizadas na membrana celular;

Via Catabólica: Quando o corpo necessita de energia → utilização da glicose para gerar ATP.

Via Anabólica: Quando não há necessidade de energia → o excesso de glicose é estocado na forma de glicogênio no fígado e nos músculos.

Glicólise: acontece no citossol (hialoplasma)

  • via do catabolismo da glicose
  • etapa preliminar necessária para a liberação de energia disponível da molécula de glicose

Grupamento fosfato é o responsável pela geração de energia vinda da glicose;

  • ATP (Adenosina trifosfato) → 3 fosfatos
  • ADP (Adenosina difosfato) → 2 fosfatos
  • NAD (Nicotinamida adenina dinucleotídeo)
  • transporta elétrons
  • gera 3 ATP
  • naturalmente encontrada nas células

Descarboxilação Oxidativa do Piruvato: acontece na mitocôndria

  • condição aeróbia
  • vitaminas envolvidas como co-enzimas:
  • Tiamina (B1): TPP (Tiamina pirofosfato)
  • Riboflavina (B2): FAD (Flavina adenina dinucleotídeo)
  • Niacina (B3): NAD
  • Ácido Pantotênico (B5): Coenzima A

O Fígado: Exerce papel regular sobre os CHO da dieta (agente glicostático);

  • Depois de absorvidos, os CHO chegam ao fígado pela veia porta;
  • As células hepáticas convertem frutose e galactose → glicose;
  • Converte excessos de glicose em estoques (glicogênio) e reverte esse estoque à glicose quando há necessidade → manutenção dos níveis de glicose sanguínea.

Ciclo de Cori:

  • Ativado em situações onde há fornecimento limitado de oxigênio (ex. músculo durante exercício vigoroso) → o piruvato é reduzido a lactato.
  • Quando o oxigênio torna-se novamente disponível, o lactato é reoxidado no fígado → gerando glicose novamente.

Glicogenólise:

  • Quebra do glicogênio em glicose, ocorre no fígado e músculos.
  • utilizada quando há necessidade de glicose no organismo;
  • a glicose é produzida a partir dos depósitos existentes de glicogênio (fígado);

Síntese de glicogênio a partir de glicose.

  • utilizada sempre que o nível de glicose no sangue estiver acima do normal.

Gliconeogênese ou Neoglicogênese:

Formação de glicose partindo de fontes que não sejam CHO → Aminoácidos, Glicerol e Lactato

  • é o reverso da glicólise;
  • o fígado tem capacidade enzimática de fazer a Gliconeogênese;

Importância da Manutenção da Glicemia:

  • tecidos dependem de glicose;
  • SNC tem como principal fonte de energia a glicose → consegue atravessar a barreira hematoencefálica.
  • Glicemia jejum = 70 a 99mg/dL
  • Glicemia pós-prandial = 140 a 150mg/dL

Fontes de glicose sanguínea

  • Absorção de carboidratos da dieta
  • Degradação do glicogênio hepático/muscular (glicogenólise)
  • Gliconeogênese a partir de aminoácidos
  • Gliconeogênese a partir do glicerol
  • Gliconeogênese a partir do lactato

Remoção de glicose sanguínea

  • Captação celular contínua para a produção de energia
  • Síntese de glicogênio hepático (glicogênese)
  • Síntese de lipídeos no fígado e no tecido adiposo (lipogênese)
  • Eliminação renal, quando o limiar renal é excedido.

Regularização Glicemia

Tiroxina (T4)

  • Produzido pela glândula tireóide;
  • ↑ metabolismo basal (estimula o metabolismo muscular e hepático);
  • ↑ velocidade do metabolismo basal;
  • ↑ absorção intestinal de carboidratos → ↑ [glicose] sanguínea
  • ↑ glicogenólise e a gliconeogênese hepáticas

Adrenalina

  • Produzida pela medula da adrenal;
  • Principais estímulos para a produção de adrenalina: medo, luta, dor, stress, ansiedade, hipoglicemia, exercício intenso → necessidade de glicose
  • Estimula a degradação do glicogênio hepático → glicose sanguínea;
  • Inibe a síntese de glicogênio;
  • Promove a degradação do glicogênio muscular → lactato

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