h2 O Poder Real Absoluto e a Sociedade da República Holandesa
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Fundamentos do Poder Real Absoluto
O poder real absoluto assentava em quatro fundamentos essenciais:
- Sagrado: Porque provém de Deus, e o rei apenas exerce a vontade divina.
- Paternal: O rei deve satisfazer as necessidades do seu povo, proteger os fracos e governar brandamente, cultivando assim a imagem de "pai do povo".
- Absoluto: Porque toma as decisões com total liberdade e não tem que prestar contas a ninguém.
- Submetido à Razão: Ou seja, à sabedoria do rei, que era visto como possuidor de uma inteligência capaz de fazer o povo feliz.
O rei concentra em si toda a autoridade: legisla, executa e julga.
A Sociedade e a Estrutura Urbana da Holanda
A população holandesa era predominantemente urbana e a estrutura da sociedade apresentava um aspeto diferente do das restantes sociedades europeias:
- A sua nobreza era numericamente reduzida.
- A maior parte da sua população pertencia à burguesia, que dominava a vida económica e o aparelho político-constitucional.
- O nível de vida da sua população era dos mais elevados da Europa.
A República de Mercadores e a Prosperidade Económica
A burguesia holandesa teve um papel fundamental na formação de uma “República de Mercadores”. Isto foi possível porque a Holanda se desenvolveu extraordinariamente a nível económico e social, o que impulsionou o comércio mundial.
A prosperidade da Holanda assentou em duas vertentes principais:
- No incremento das atividades produtivas internas.
- No alargamento das redes marítimo-comerciais externas: a nível europeu (transporte de produtos) e a nível mundial (tráfico de produtos).
A burguesia capitalista das grandes cidades cultivava um espírito de tolerância e de liberdade.
O Poder Político Holandês
O poder político caracterizava-se por:
- Uma federação de estados (com primazia das províncias da Holanda).
- Um regime republicano e parlamentar.
- Administração do Estado a cargo da burguesia.
- Defesa do Estado a cargo da nobreza.
Hugo Grotius e a Legitimação do Domínio dos Mares
- Hugo Grotius rejeita a doutrina do Mare Clausum (Mar Fechado) e defende a doutrina do Mare Liberum (Mar Livre), legitimando o domínio dos mares para o comércio.
- Ação militar e comercial das companhias comerciais monopolistas (Companhia das Índias Ocidentais e Companhia das Índias Orientais).