h2 Sintomas, Tratamentos e Neoplasias Pediátricas

Classificado em Medicina e Ciências da Saúde

Escrito em em português com um tamanho de 9,06 KB.

INTOX: Síndromes: #anticolin (qc: boca seca, pele seca, rubor facial, midríase, íleo paralítico, desorientação, hipertermia, retenção urinária; causas: anti-histamínicos, atropina, escopolamina, ipratrópio, oxibutinina); #colinérgica (lacrimejamento, sialorreia, sudorese, miose, broncorreia, incontinências, vômito, bradicardia, tremor, miofasciculação, piloereção; causas: carbamatos e organofosforados); #simpaticomimética (ansiedade, vômitos, taquicardia, tremor, convulsão, midríase e sudorese; causas: cocaína, teofilina, anfetamina, pseudo-efedrina); #extrapiramidal (coreia, atetose, hiperreflexia, hipertonia, rismo, opistótono, rigidez e tremores; causas: haloperidol, fenotiazínicos); #narcótica (depressão respiratória, coma, miose, bradicardia e hipotermia; causas: heroína, codeína e propoxifeno); #hipnótico-sedativa (confusão, estupor, depressão respiratória, delirium, letargia, disartria e hipotermia; causas: BZD, anticonvulsivantes, antipsicóticos, barbitúricos, etanol e fentanil) | Lavagem gástrica: o + precoce possível +- 30min; sonda + calibrosa possível; decúbito lateral esquerdo; SF 0,9% - 10-15ml/kg/vez (máx 300ml); até o líquido sair claro; contra ind: derivados de petróleo, ácidos e álcalis | Carvão ativado: 1g/kg dose (max30-100g?) em SF 0,9%-25g/100ml; pode ser repetida a cada 2-6h até sair pelo reto; usar laxante (sorbitol, manitol) para evitar constipação intestinal; contra ind: íleo paralítico, obstrução intestinal, situações que podem ser usados antídotos orais como o paracetamol; ferro, lítio, potássio, etanol, ácidos e álcalis | Diurese forçada: SF0,9%; Furosemida: 1 a 2mg/kg/dia; Manitol 0,5g/kg/dose (4/4 ou 6/6h) | Alcalinização da urina: Bicarbonato de sódio: 1-2mg/Kg(2/2h); manter pH urinário >7,5; indic: isoniazida, salicilato, fenobarbital | Antídotos: organofosforados/carbamatos -> atropina e pralidoxima; digitálico -> anticorpo monoclonal Fab; fenotiazínico/metoclopramida -> biperideno (akineton); cumarínicos -> complexo protrombínico e vitK; BZD -> flumazenil; opióides -> naloxona; ferro -> deferoxamina

CONV: 1) febril: + comuns 6m-5a (pico +-18m); pode ser simples (isolada, breve menos de 10 min e generalizada) ou complexa (focal, múltipla e prolongada +10min); conduta inicial: na crise (diazepam EV retal), prevenção (barbitúricos, diazepam e valproato), outros (fenitoína ou carbamazepina não são úteis em prevenir recorrência das crises febris), antitérmicos, PUNÇÃO LOMBAR (afastar infecção SNC – sempre menor que 12 meses, considerar entre 12-18 meses, não é necessário entre 18m-5a sem dados sugestivos na história/exame físico, sempre realizar no 1° episódio de crise febril complexa ou letargia persistente ou antibioticoterapia prévia | 2) ausência: ocorre + em crianças e adolescentes; vários episódios repetidos de 5-15seg, ficam parados, com olhar vago, sem alterações respiratórias; o EEG típico da ausência simples é descarga generalizada de ponta-ondas de 3-4Hz | 3) síndrome de West: tríade (parada ou regressão do desenvolvimento neuropsicomotor + tipo especial de crises convulsivas que são os espasmos + EEG com traçado de hipsarritimia); espasmos flexores, extensores ou mistos que duram 5-10seg; início das crises antes de 1 ano em 90% dos casos (pico entre 4-6m); 80-90% dos pacientes terão retardo mental | 4) crises neonatais: refletem doença de base; etiologia: asfixia perinatal, hemorragia intracraniana, distúrbios metabólicos, infecção intracraniana, isquemia cerebral, síndrome de abstinência de drogas; tipos: sutis (movimentos dos olhos, pedalar, nadar, apneias), tônicas, clônicas, mioclônicas | 5) crise tônico-clônica generalizada e estado de mal epiléptico: crises convulsivas com duração de 30min ou +, ou crises subentrantes; manejo: estabilização -> diazepam -> fenitoína -> fenobarbital -> midazolam ou tiopental

NEOPL: Epidemiologia: leucemias, tumores de SNC, linfomas, neuroblastomas e tumor de Wilms
LLA: doença maligna caracterizada pela proliferação de células imaturas na MO e posterior liberação no sangue | LLA + comum (entre 3-5 anos) | Quadro clínico: hepatoesplenomegalia, palidez, febre, dor óssea, adenomegalia (linfonodo considerado normal: cervical, inguinal e axilar/móveis, indolores, não aderidos, consistência elástica <1.5cm), sangramento e astenia | Diagnóstico: mielograma; hemograma (anemia, trombocitopenia, leucocitose com neutropenia, blastos), raio-x de tórax e de ossos longos
TU SNC: + frequente 1ª década, com pico aos 5 anos, ligeiro predomínio no sexo masculino | + frequentes são astrocitoma (cerebelo, hemisfério cerebral) e meduloblastoma (cerebelo) | Quadro clínico: cefaleia, vômitos, irritabilidade, astenia, ataxia, aumento anormal da cabeça | Cefaleia: tríade (cefaleia matinal, vômitos e papiledema); evolução inferior a 6 meses; matinal, acorda a criança associada a vômitos; presença de alterações neurológicas; alterações da visão; recorrente, alterações das características | Diagnóstico: TC, RNM
LINF ÑH: brasil 3-6a, países desenvolvidos 7-12a | Classificação: linfoma de Burkitt (linhagem B -> abdominal); linfoma Linfoblástico (linhagem T -> mediastino) | Associação: com vírus Epstein-Barr | Quadro clínico: massa abdominal + frequente. QID; ascite, dor, vômitos, invaginação intestinal; tosse, estridor, dispneia, edema de pescoço e face; o LÑH pode dobrar de tamanho em 24h e tornar-se extremamente grave em 1-2 semanas de evolução | Diagnóstico: exame físico, raio-x de tórax e seios da face, US de abdômen, mielograma coletado em 2 áreas, estudo histológico do tumor, exame de LCR, DHL, função renal, ácido úrico, função hepática
LINF HOD: + frequente abaixo dos 12 anos nos países em desenvolvimento | Quadro clínico: linfadenopatia cervical indolor (+3-6 semanas), febre de origem indeterminada (+15 dias), suor noturno e perda de peso (+10% em 6 meses) | Associação: principal com Epstein-Barr; Herpes vírus tipo 6; CMV | Diagnóstico: anamnese + exame físico; histopatológico (células de Reed-Sternberg), hemograma (hemofilia pode estar presente em 15%), VHS
NEUROBLAST: tumor maligno do SNS; principalmente menor de 5 anos, média ao redor dos 2 anos; pode apresentar regressão espontânea; casos avançados tem baixo potencial de cura | Localização: principalmente abdominal 70% (medula da adrenal 40% e gânglios retroperitoneais 30%), gânglios do mediastino, gânglios cervicais, gânglios pélvicos | Quadro clínico: variam de acordo com área acometida # abdominal: diarreia, hipertensão arterial, sudorese, taquicardia (pela produção de catecolaminas); massa abdominal dura, normalmente originária da adrenal, que pode ultrapassar linha média, de superfície irregular e indolor; astenia, falta de apetite, náuseas, dor óssea, dor abdominal, emagrecimento e febre; # mediastino posterior: cresce silencioso e somente quando é volumoso e/ou com comprometimento pulmonar pode causar quadro respiratório; # gânglios paravertebrais: pode comprimir a medula, causando paralisia nos membros, dor, perda de controle da eliminação de fezes e urina | Metástase: principalmente ossos; MO e fígado | Diagnóstico: principal é dosagem de ácido vanil-mandélico (VMA) e ácido homovalínico (HVA) na urina; histopatológico; anamnese + exame físico; hemograma, provas de função hepática e renal, DHL e ferritina; raio-x de tórax e esqueleto, US abdômen e pélvica, TC, Iirm, cintilografia com Tc99
TU WILMS: maligno de origem renal, maioria entre 1-5 anos, pode ter relação genética; está associado a certas anomalias congênitas: hemi-hipertrofia, aniridia, anomalias do trato urinário | Quadro clínico: + específico é a hematúria, hipertensão arterial, vômitos e a massa é normalmente unilateral, indolor, firme, de superfície lisa e não ultrapassa a linha média; massa abdominal na topografia renal observada pela mãe na rotina, em geral a criança está em bom estado geral | Diagnóstico: US, TC de abdômen, RX de tórax para identificar metástase pulmonar, EAS, histopatologia | Metástase: principalmente pulmão; fígado e cérebro

Entradas relacionadas: