h2: Testes de Proteína na Urina: Biuret, Bradford, Ácido Acético

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Teste de Biureto: Detecção Qualitativa de Proteínas na Urina

O Teste de Biureto é um método qualitativo para detectar a presença de proteínas na urina.

Reagentes:

  • Solução 0,1 molar de citrato de sódio
  • Solução 0,2 molar de bicarbonato de sódio
  • Solução 0,1 molar de sulfato de cobre

Procedimento Básico:

  1. Pesar 2 gramas de Sal Eno (contém citrato de sódio, bicarbonato de sódio e ácido cítrico, atuando como tampão de pH) e adicionar água destilada.
  2. Sacudir até diluir completamente.
  3. Adicionar a solução de sulfato de cobre (responsável pela coloração), diluindo sempre, até a solução ficar azul (Reagente de Biureto).
  4. Separar duas amostras (tubos A e B).
  5. Em cada tubo de vidro, colocar 2,5 mL do Reagente de Biureto.
  6. Adicionar 200 microlitros da amostra de urina A ao tubo A e 200 microlitros da amostra B ao tubo B.
  7. Adicionar 20 gotas de hidróxido de sódio (10 molar).

Interpretação:

  • Se a solução permanecer azul (Paciente A): Resultado negativo para proteinúria.
  • Se a solução ficar roxa (Paciente B): Resultado positivo para proteinúria (presença de proteína).

Este é um teste qualitativo (indica apenas presença ou ausência) e é considerado um método barato.

Teste de Bradford: Quantificação de Proteínas (Curva Seriada)

O Teste de Bradford é um método quantitativo, mais caro e sensível, que utiliza um reagente específico e a construção de uma curva seriada para determinar a concentração de proteínas.

Procedimento (Curva Seriada em Placa de Microtitulação):

  1. Numa placa de microtitulação, adicionar 190 microlitros do reagente de Bradford ao primeiro poço (ponto 1 da curva).
  2. Nos demais poços da série (ex: poços 2 a 7), adicionar 100 microlitros do reagente de Bradford.
  3. No primeiro poço, adicionar 10 microlitros de uma solução padrão de proteína com concentração conhecida (ex: 1 mg/mL). O volume total será 200 microlitros.
  4. Homogeneizar o conteúdo do primeiro poço.
  5. Transferir 100 microlitros do primeiro poço para o segundo poço. Homogeneizar.
  6. Transferir 100 microlitros do segundo poço para o terceiro, e assim sucessivamente para todos os poços da série (diluição seriada 1:1).
  7. Observar o degradê de cores (tipicamente do azul para o marrom, dependendo do reagente e concentração). Esta é a curva padrão.

Análise da Amostra:

  1. Em um poço separado, adicionar 95 microlitros do reagente de Bradford.
  2. Adicionar 5 microlitros da amostra de urina do paciente.
  3. Comparar a cor desenvolvida com a curva padrão para determinar a concentração de proteína.

Exemplo de resultado: Se a cor da amostra corresponde ao poço 4 da curva padrão, e este ponto representa 125 mg/mL, então a concentração de proteína na urina do paciente é de 125 mg/mL.

Teste do Ácido Acético Glacial: Identificação do Tipo de Proteína

Este teste ajuda a identificar o tipo de proteína presente na urina, utilizando Ácido Acético Glacial e aquecimento com bico de Bunsen.

Procedimento:

  1. Aquecer a amostra de urina em um tubo de ensaio sobre o bico de Bunsen.
  2. Observar se ocorre turvação do meio.
  3. Se houver turvação, adicionar Ácido Acético Glacial (aproximadamente 10 gotas) com um gotejador.
  4. Observar as alterações na turvação.

Possíveis Resultados e Interpretação:

  • Ausência de turvação (mesmo após aquecimento): Negativo para as proteínas detectáveis por este método.
  • Ocorre turvação que persiste após adição do Ácido Acético Glacial: Indicativo de albumina.
  • Ocorre turvação que desaparece com a adição de Ácido Acético Glacial: Indicativo de proteína fosfatada.
  • Ocorre turvação que desaparece com formação de espuma após adição de Ácido Acético Glacial: Indicativo de proteínas carbonatadas.

Exemplo de resultado: Se a amostra aquece, fica turva, e a turvação some após adicionar o ácido acético, a resposta é: presença de proteína fosfatada.

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