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Ergonomia no Trabalho: Análise e Otimização

O espanto do presidente da empresa (chefe disfarçado) ao ver as condições em que eram executadas as operações no chão da fábrica. Isso se deve ao erro de prescrição da tarefa por parte da organização, pois normalmente quem prescreve a tarefa não irá executá-la e, portanto, desconhece pontos críticos da tarefa. E também à falta de análises ergonômicas do trabalho para melhorar o conforto do operador para que se atinja o objetivo de forma favorável. A organização do trabalho (gerentes, supervisores e presidentes) que consideram alguns movimentos dos trabalhadores como “manias”. As manias são devidas às prescrições ascendentes nos quais os trabalhadores em seus postos de trabalho trocam informações a respeito da execução de alguns trabalhos que fogem das prescrições descendentes que a organização aconselha. Neste tipo de situação o operador fica impossibilitado de intervir nos objetivos e meios de trabalho para que seja realizada uma modificação das regulamentações de trabalho. Como não é possível agir sobre os objetivos ou sobre os meios de trabalho, o trabalhador tem que seguir as regulamentações e num primeiro momento atingir os resultados exigidos ao custo das modificações do estado interno, porém com o tempo o trabalhador sofrerá com agressões à sua saúde o que ocasionará em afastamentos do trabalho.

A Ergonomia considera adequado projetar os postos de trabalho considerando as medidas de 90% da população, nesse contexto um dos pressupostos iniciais é considerar o intervalo de 5% e 95%. Usar o percentil 5% e 95% significa atender ao maior número de pessoas dentro da organização.

Percentil 5% e 95%: O que significam?

O percentil 5% representa a medida mínima considerada para o projeto, enquanto o percentil 95% representa a medida máxima. Por exemplo:

• Medida Mínima (5%): Em situações onde é crucial que todos alcancem um determinado ponto, como a altura de um pedal de carro, é preferível considerar o percentil 5%. Isso garante que mesmo as pessoas menores consigam alcançar o pedal com conforto.
• Medida Máxima (95%): Em situações onde é importante que todos caibam em um determinado espaço, como a altura de uma porta, é preferível considerar o percentil 95%. Isso garante que mesmo as pessoas mais altas consigam passar pela porta sem problemas.

Fases da Análise Ergonômica

A fase de análise compreende na coleta de dados do contexto, suas condicionantes e determinantes. Existem três etapas:

1. Análise da Demanda: Determina os principais trabalhos que podem exigir uma intervenção ergonômica.
2. Análise da Tarefa: Determina os condicionantes que foram prescritos para a tarefa ser executada.
3. Análise da Atividade: Determina as determinantes da tarefa para que sejam encontrados os problemas para realização da tarefa.

Fase de Síntese

A fase de síntese compreende nas descobertas de problemas e soluções para o trabalho. São duas etapas:

1. Diagnóstico: Identifica fatores pontuais e globais.
2. Implementação: Indica possíveis soluções.