h3: Administrando para o Futuro: Análise da Obra de Drucker
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ADMINISTRANDO PARA O FUTURO: Os Futuros Que Já Nos Cercam.
DRUCKER, P. F. Administrando para o Futuro: Os futuros que já nos cercam. Editora Pioneira. São Paulo. 1992.
A presente obra tem como objetivo mostrar as mudanças na administração para o futuro, destacando as alianças, reformulações das empresas e os desafios para a gerência.
O livro apresenta 242 páginas, dividido em 4 partes. Utilizou-se a quarta parte, que vai da página 181 à página 183, para ser resenhado.
A obra relata que a tendência para o futuro próximo é contratar externamente todas as atividades de trabalhos administrativos, de manutenção e de apoio, sendo a única maneira de se conseguir produtividade nesses trabalhos.
Os investimentos são altos para os funcionários de escritório, assim como em maquinários para os trabalhadores na produção, mas a produtividade nos trabalhos administrativos é desanimadora. Com a transferência para trabalhos externos, espera-se que se tornem mais produtivos e, consequentemente, sejam levados mais a sério.
Por existir pouco incentivo à produtividade nas atividades internas, perde-se o interesse de evoluir e produzir mais. Com isso, os gerentes acabam contratando mais pessoal para esse setor se tornar mais produtivo. O contratante externo sabe que, se desempenhar um trabalho de qualidade e eficiente, não será substituído por um concorrente.
Nas organizações, as inovações são desesperadamente necessárias. Cada tarefa, cada função, tem que ser analisada e depois configurada. É preciso redesenhar praticamente todas as ferramentas dentro de uma organização. O pessoal deve ser treinado, exigindo dedicação a um objetivo, e essa dedicação é muito mais característica de um empreendedor externo do que de um chefe de dentro da organização. E isso só irá acontecer quando esses trabalhos de apoio forem realizados por empresas autônomas, pois na organização, as pessoas não querem ter e nem resolver esses tipos de problemas.
Porém, se os trabalhos administrativos, de manutenção e de apoio forem feitos por um contratante externo, ele poderá oferecer oportunidades, respeito e visibilidade. Assim, as organizações têm uma pessoa responsável a cuidar desse setor e, assim, os próprios funcionários terão chances de crescer e subir de cargo, sem precisar ficar contratando mais pessoal cada vez que surge um problema que pode ser resolvido ali mesmo dentro da organização.
Analisando os estudos acima, podemos perceber que as organizações estão enfrentando grandes problemas na produtividade em trabalhos administrativos, de manutenção e de apoio, por não ter algo inovador e incentivador. Até mesmo a produtividade não aumenta por ser um cargo que não tenha tanta concorrência dentro da administração.
Percebe-se que a solução para esse tipo de problema é contratar um profissional externo, sendo essencial para ter uma alta produtividade e retomar a produção sem precisar estar a todo momento substituindo pessoal. É preciso oferecer melhores oportunidades, incentivos, treinamentos e cursos para o pessoal desses setores citados. Mudanças sempre são necessárias dentro de uma organização.
Infelizmente, o chefe que está dentro da organização acaba não enxergando onde está o problema e a melhor forma é contratar, sendo que ali dentro da empresa mesmo tem alguém com potencial para exercer um cargo com responsabilidade e, assim, dar lucros à empresa. Dessa forma, vejo como um ponto positivo ter alguém de fora que veja e solucione esses tipos de problemas com o próprio pessoal que já existe na empresa, oferecendo oportunidades de crescimento e incentivos. Assim, a empresa só tem a produzir cada vez mais.
Recomenda-se o texto acima para gerentes e chefes de organizações para adquirirem conhecimentos mais profundos na área administrativa.
Peter F. Drucker doutorou-se em Direito Público e Internacional na Alemanha, enquanto trabalhou como editor sênior responsável pela área de relações internacionais do jornal "The Frankfurter General-Anzeiger". Em 1933, trabalhou como economista para um banco de investimento, em Londres. Cinco anos depois, dava aulas de Filosofia e Política no Colégio Bennington, em Vermont, Nova Inglaterra, e mais tarde foi professor de Gestão na New York University. A primeira obra de Drucker foi “The End of Economic Man”, publicada em 1939. Escreveu um total de 39 livros, junto com inúmeros artigos acadêmicos. Entre seus livros destacam-se: “A Sociedade Pós-Capitalista” (1993), “Administrando em Tempos de Grandes Mudanças” (1995) e “Desafios Gerenciais para o Século XXI” (1999). Peter Drucker passou os últimos 30 anos de sua carreira na Universidade de Claremont. Peter Drucker faleceu em Claremont, na Califórnia, no dia 11 de novembro de 2005.
Adelita de Freitas, acadêmica do Curso de Administração da Cesreal - Centro de Ensino Superior de Realeza-PR.