h3: Contração Muscular e Reflexos: Um Guia Completo

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Contração muscular:

  1. Despolarização da membrana, liberação da Ach.
  2. Resultado da ação: abertura dos canais de Na e K gerando um potencial pós-sináptico despolarizante.
  3. Segue-se a excitação das regiões vizinhas da placa motora, e se o limiar é atingido, um potencial de ação (PA) se espalha por todo o sarcolema.
  4. Na tríade, que contém canais de Ca voltagem-dependentes, com a despolarização abrem-se os canais de Ca.
  5. Os receptores de rianodina são sensíveis à abertura dos canais L e estão ancorados na membrana do retículo sarcoplasmático (RS). Ao abrirem, liberam ainda mais Ca para o citosol, desta vez vindo do RS.
  6. As moléculas de Ca alcançam as moléculas contráteis. A troponina capta o Ca, alterando a conformação dos filamentos finos.
  7. Ocorre o afastamento da actina e tropomiosina, expondo o sítio de ligação desta, capazes de se ligar à miosina.
  8. Surgem as pontes cruzadas, que fazem deslizar a actina sobre a miosina, aproximando as linhas Z, encurtando o sarcômero e resultando na contração muscular.

Relaxamento muscular: A despolarização do sarcolema cessa e a concentração de Ca no interior do RS é restaurada por ATPase (bomba de Ca) da membrana do retículo, que transporta de volta os íons Ca do citosol para o interior do RS.

Reflexo Miotático: Origina-se nos receptores ânulo-espirais dos fusos neuromusculares. Em resposta ao estiramento de um músculo, e consequentemente estiramento dos fusos neuromusculares presentes nesse músculo, fibras sensitivas do grupo Ia levarão à medula espinal (ao tronco cerebral, no caso de nervos cranianos) potenciais de ação sinalizando a ativação dos receptores ânulo-espirais. O prolongamento central dessas fibras sensitivas projeta-se monossinapticamente sobre motoneurônios responsáveis pela inervação do mesmo músculo de onde partiu o estímulo, e também sobre motoneurônios que inervam músculos agonistas. O resultado do reflexo é a contração do músculo previamente estirado, e de seus agonistas.

Reflexo Miotático Inverso: O músculo realiza uma contração isométrica, que aumenta a tensão no tendão estimulando os aferentes Ib dos órgãos tendinosos de Golgi. Na medula, estes terminam em interneurônios inibitórios que causam o relaxamento do agonista, e em interneurônios que provocam contração do antagonista. O circuito básico é dissináptico, ou seja, inclui um interneurônio inibitório entre a fibra aferente e o motoneurônio do músculo agonista. O resultado do reflexo é a inibição do disparo de potenciais de ação (PAs) dos motoneurônios α e consequentemente o relaxamento do músculo agonista.

Reflexo flexor ou de retirada: Os músculos flexores de um membro reagem com uma rápida contração em resposta à ativação de nociceptores por estímulos potencialmente lesivos. Constitui-se em um reflexo polissináptico em que o prolongamento central da fibra sensitiva, ao penetrar na medula espinal (ou tronco cerebral), projeta-se sobre interneurônios que vão se encarregar de integrar a resposta reflexa. O resultado é a contração de músculos extensores e simultâneo relaxamento de músculos flexores do membro contralateral ao estimulado, o que contribui para se manter a sustentação antigravitária do organismo.

Reflexo de extensão cruzada: Interneurônios da circuitaria contralateral promovem uma reação inversa ao mesmo estímulo nociceptivo, ativando motoneurônios da musculatura extensora e inibindo motoneurônios da musculatura flexora. O resultado é a contração de músculos extensores e simultâneo relaxamento de músculos flexores do membro contralateral ao estimulado, o que contribui para se manter a sustentação antigravitária do organismo.

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