H3: Franquismo Pós-1945: Etapa Católica e Crise Econômica
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Etapa Católica do Franquismo (Pós-1945)
Aparecimento do mercado negro (fora da lei). Em 1945, o governo substituiu os ministros falangistas pelos católicos, promovendo mudanças políticas que visavam uma aparente abertura democrática e a necessidade de aceitação externa. Seguiram-se as seguintes Leis Fundamentais de Franco:
Leis Fundamentais de Franco
- A Carta dos Espanhóis (Carta de los Españoles): Promulgação de uma declaração de direitos e deveres.
- Lei do Referendo Nacional: Procedimento distorcido e sem garantias de voto direto para a ratificação popular de textos jurídicos considerados transcendentais.
- Lei de Sucessão à Chefia do Estado: Confirmou o caráter permanente da liderança de Franco e a sucessão.
Não se procedeu à restauração regulada da linha de sucessão Bourbon. O ditador nomearia uma pessoa que, após a sua morte, assumiria o título de "Rei", desde que fosse do sexo masculino, espanhol, maior de 30 anos, católico e jurasse as leis fundamentais e os princípios do Movimento.
- Lei dos Princípios Fundamentais do Movimento Nacional: Suaviza as legislações fascistas anteriores, mas mantém o caráter autoritário e antidemocrático.
Recuperação e Crise Econômica
A recuperação e abertura econômica iniciaram-se com uma fase lenta, coincidindo com a ajuda dos EUA e com a mudança na política econômica solicitada. Houve uma abertura da economia ao comércio internacional, incentivando importações e reduzindo as intervenções estatais.
Em 1957, a Espanha estava à beira da falência, com reservas cambiais empobrecidas e um grande déficit comercial. Era necessária uma nova política econômica, o que levou a uma nova mudança de governo.
A Oposição a Franco (Interna e Externa)
Finalizada a guerra, desenvolveram-se conspirações contra Franco. A oposição monárquica e a Falange não implicavam perigo imediato. O PCE (Partido Comunista Espanhol) formou a União Nacional, e o Partido Socialista (PSOE) e a Aliança Nacional Republicana tentaram uma aproximação com D. Juan de Borbón.
A incompreensão do conflito entre o PSOE e o PCE impediu a ação coordenada da oposição. A repressão governamental após a Guerra Civil sufocou facilmente as atividades clandestinas dos partidos e sindicatos antifranquistas.
A oposição externa era composta por milhares de profissionais, técnicos e monarquistas especializados exilados.
O Acordo com D. Juan de Borbón
A oposição monárquica, organizada em torno da figura de D. Juan de Borbón, logo abandonou o confronto com o regime. Desde 1948, após várias entrevistas pessoais entre Franco e D. Juan, este optou pelo entendimento com o ditador (facilitado pela Lei de Sucessão).
Como resultado, D. Juan enviou seu filho, Juan Carlos, para estudar na Espanha, onde completou os estudos cercado por conselheiros militares e tutores nomeados por Franco.